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TATW - Viagem a Machu Picchu - Setembro / 2010
#61
Marião Escreveu:.

toledo Escreveu:Óleo do motor segura mais 500km? está com 2000km hj
Toledo, eu só faço troca com o óleo perto dos 3.000km de uso, então tá tranquilo.

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O que não pode é deixar faltar o óleo!!!

No mais, troque sem medo aos 3000km! Smile

Psk
Mobilete 50cc 83 > Monareta S50 85 > Honda XL 125cc 87 > Sahara 91 > Hyosung Cruise II 125cc 98 > Sahara 97 > Sundown Web 100cc 2003 > Yamaha Virago 250cc 97 > Biz 100cc 2002 > XT660 2006 > Sahara 1999
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#62
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eduardo cintra Escreveu:http://www.xt600.com.br/manuais/tctrocaoleo.html
Dá uma olhadinha como as variáveis influenciam no tempo de troca.
Fiz a tabela... a minha marcou a troca a cada 3.300km... mais que o indicado pelo fabricante!!!

Então Edu, o mecânico que conversei uma vez sobre óleo comentou que motos refrigeradas a ar, na estrada estão mais "tranquilas" pois conseguem ter a refrigeração na boa... o contrário acontece na cidade, onde não se desenvolve muita velocidade, se troca de marchas mais vezes e existem os semaforos, onde a moto perde a refrigeração quando espera abrir o sinal. Seguindo esse raciocínio, o que acho condizente, a troca seria ao contrário do que o mecânico falou com vc... a troca seria mais cedo para quem anda muito na cidade.

Tá bom o bate papo... assim a gente talvez chegue a uma opnião comum.

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Piske... concordo com sua colocação... é só não faltar óleo... aí trocar com 3.000km. Wink

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[Imagem: RSyQlcl.jpg] .....[Imagem: GKQ6w7Y.jpeg]..... [Imagem: f80ZTIH.jpeg]
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#63
Marião Escreveu:.

Piske... concordo com sua colocação... é só não faltar óleo... aí trocar com 3.000km. Wink

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É meu amigo....

Eu na verdade faz tempo que não troco o óleo da moto!
Só completando! ! !

Quando fomos prá MG e SP no começo do ano, fazíamos a verificação a cada 150/200km, quando abastecíamos.
A maioria das vezes era necessário completar, com uma mínima quantidade!
Claro que não é normal, num motor que está 100%, mas no nosso caso, é o que tá valendo!

Enquanto não faltar óleo, tá bom!

Psk
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#64


Pessoal, quando eu voltar eu responderei a todas as perguntas.

19-09-2010

Já que será feriado segunda aqui no Chile, e o pessoal do forum disse que o óleo aguenta, resolvi ir para o Peru e arrumar a moto na segunda em Monquegua.

Saí cedo e caí na estrada em direçao a Arica na fronteira com o Peru, a estrada é muito sinuosa, sempre subindo e descendo motanhas com o penhasco do lado, as cruzes na estrada mostram que diversos já tiveram o infortunio de cair neles. A tolerancia de erro nessa estrada é menos que 5m, nao existe acostamento e muitas vezes tambemnao a guard-rail. A paisagem é sempre a mesma, deserto. Poucos antes de chegar a Arica aparecem alguma coisa verde, indicando que existe agua no local, em um determinado trecho no meio do deserto apareceu um monte de arvores, e ficou assim durante uns bom quilometros, eram arvores meio arbustivas, mas já era alguma coisa.

Quando cheguei em arica, comi alguma coisa e segui para a fronteira com o Peru, para sai do Chile é necessário um papel Relacion de Pasajeros, mesmo quando está sozinho, já havia lido isso aqui no forum e acabei nao me atentando para o fato. Cheguei na guiche na fronteira e me pediram essa porcaria e eu nao tinha, o policial disse que eu teria que voltar a Arica, 20km, para comprar o tal papel. Perguntei a todos que estavam na fila se alguem tinha para vender e um taxista me deu uma guia.

Preenchi e passei para o lado do Peru, logo depois chegaram dois argentinos, BMW GS 1200 e BMW F 650 (monocilindrica). Ficamos um bom tempo nos tramites da fronteira do Peru, 2h +-, e resolvemos seguir juntos para Monqueguá, perguntei a eles se estavam andando devagar e disseram que sim, entao ia dar a sahara acompanhar.

Quando entrei no Peru percebi que estava definitivamente no Terceiro Mundo, uma pobreza muito grande no país, carros velhos, caminhoes velhos, onibus velhos carregados de gente e pertences, e povoados sem infra-estrutura. Em pleno ano de 2010 havia uma placa do governo comemorando a elitrificaçao de uma cidade.

Os postos de combustivel sao precarios também, aqui eles vendem tres tipos de gasolina 84 octanes, 90 octanes e raramente 95 octanes, nas cidades maiores é possível encontrar 90 e 95, nas menores só 84.Até agora só coloquei 90 e 95, o consumo parece bom.

Chegamos em monquegua no comecinho da noite, e ficamos num bom hotel, e depois saímos para comer algo tipicamente Peruano, que me pareceu igual a um Yakssoba sem macarrao.

O óleo da moto nao baixou e a suspensao dianteira continua vazando, mas funcionando. Amanha os argentinos vao para Cuzco, pelo trecho reduzido que botei aqui no forum, me disseram que tem um trecho de rípio, terra, cascalho. Eu tenho a opçcao de seguir com eles ou de ficar aqui e arrumar a moto.

Veremos.


20-09-2010

Resolvi seguir com eles, principalmente por causa do trecho de rípio. Saímos perto das 8:30 do hotel, andamos cerca de 70km por estrada boa, porém travada por curvas e mais curvas, logo após os 70km apareceu uma placa para PUNO, ali começava o trecho de terra. Logo nos primeiros paramos para soltar o para-barro da 650 q estava vibrando e batendo em tudo. Seguimos, 1200 a frente, eu , e 650 atrás, após uns 500m vejo um poerao e o Mathias da 1200 se levantando e sacudindo a poeria, ele caiu para o lado de dentro da curva, se fosse para o lado de fora, ele ou a moto poderiam ter rolado montanha abaixo. Assim seguimos com mais cautela, passamos por várias bifurcacoes da estrada sem sinalizacao, comum a falta dela nesses lados. O GPS da 1200 foi muito útil e nos indicou o caminho a ser seguido, logo a decisao de acompanhar os argentinos hoje, se mostrou correta. Durante o percurso de aprox. 5km muita terra e cascalho solto, que dificultava e muito a pilotagem, também tivemos que atravessar um pequeno corrego, o que foi muito divertido. Chegamos no final do trecho e voltamos ao asfalto. Muitas curvas com a areia na pista, por vezes encobrindo tudo, obrigando-nos a reduzir para diminuir os riscos.

Estavamos em Puno as 14:00, comemos e continuamos para Cuzco, o trecho era curto 350km, deviamos chegar proximo da 19:00, engano, chegamos as 21:00, depois de muitas horas conduzindo no escuro, o bom é que a estrada está boa e bem sinalizada, de Puno a Cuzco, parte é no planalto e parte em serra, o final é serra, muitos cachorros solto e vários deles atropelados pelo caminho.

Nos ultimos 150km minha suspensao dianteira desistiu, a bengala esquerda deve estar seca, lombadas dentro da cidade a 40km faz a traseira jogar para a direita. Avisei aos hermanos que estava com problema e q precisamos reduzir um pouco. Tocamos mais devagar até Cuzco, que nao chegava nunca, mas felizmente chegamos aqui.

A Matilde foi guerreira, cumpriu sua missao do dia, amanha vou procurar um lugar para arruma-la, aqui já vi Strada, NX200 e Broz, devo achar o Reten, nome do retentor em espanhol.

21-09-2010

Agora sao 9 da manha aqui em cuzco, como chegamos tarde, resolvi ficar no hotel que nos foi indicado por outro grupo de viajantes na fronteira do peru. A diaria aqui é de 45 doletas, se fosse só por 3 dias estava bom, porém, a populacao está fazendo um PARO, tipo de passeata, e a cidade e estradas estarao fechadas, no minimo pelo dia de hoje, podendo se extender até amanha. Nao se vai e nao se chega de Machu Picchu, logo estou preso aqui em Cuzco, sem uma loja aberta. Eu ia arrumar a moto hoje, mas vou ter que adiar. Ficarei mais dias aqui em cuzco para poder arrumar a moto e fazer os passeios.

Assim voltarei pela Bolívia ao Brasil, o trajeto será:

Cuzco - PUNO - 400km
PUNO - COCHABAMBA - 608km
COCHABAMBA - Santa Cruz de La Sierra - 472km
Santa Cruz de La Sierra - Corumba -628km
Corumba - Andradina - 798km ( aqui pode ser que eu pare antes )
Andradina - Rio Preto - 239km
Rio Preto - Barueri - 495km

Sabém das condiçoes das estradas da bolivia e mato grosso do sul?



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#65
Beleza Marcel.

Estou acompanhando por aqui e pelo Clube XT 600.

Também estou reproduzindo seus posts nos Tornadeiros.

<!-- m --><a class="postlink" href="http://www.tornadeiros.com.br/viewtopic.php?t=8396">http://www.tornadeiros.com.br/viewtopic.php?t=8396</a><!-- m -->

Abraços e suerte.
MOTO:
Mobi 81; DT180 83; XLX250 85; Dakar 88; XLX250 85; Elefantre 89; DT200 95; XT600 97; Falc 00; Biz 99; NX200 99; Torn 02; XR 200 96; Tenere 600 90; Torn 06; XT66 08; Falc 06; Torn 05; Fazer250 05; XT66 05; Falc 01; Falc 08; XT66 08; G650GS 10; F800GS 10
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#66


Agradeco a ajuda de todos voces, com base no que disseram vou voltar pela bolívia. Quando eu chegar em Santa Cruz eu vejo o que faco, vou sair daqui no sabado para chegar em Santa Cruz ainda na semana, assim terei a opcao do trem.

22-09-2010

Continuo estacionado em Cuzco, acordei as 08:00 e fui desfrutar do café da manha no hotel, assim sai na rua para ver como estava a movimentacao dos populares perto das 08:30. Os protestos estavam piores que ontem, muito mais gente, como nao havia possibilidade de sair com a moto naquele momento, voltei ao quarto e dormi.

Acordei as 10:00 decidido a passar pelos PAROS, já que vi algumas motos de locais o fazendo, bem verdade que as vezes nao deixavam e até atiravam pedras. Pois bem, ordenei as recepicionistas que abrissem as portas do hall do hotel, pois eu sairia com a moto, tentaram alertar mas eu nao dei ouvidos. Sai com a moto e parei na escadas da calcada que levam a rua, neste hora um policial se aproximou e disse:

- O senhor nao pode sair com a moto, tem manifestacao, aquele bolinho nao vai te deixar passar.
- Eu nao posso mais esperar vou assim mesmo.
- Eles podem até te agredir!
- Tá bom!
- É por sua conta e risco
- Sim senhor.

E ai eu parti com a Matilde pelas ruas tomadas por populares do paro e nao. Fui andando e desviado das pedras que espalharam pela rua, e evitando os aglomerados de manifestantes, mas num determinado momento o CHOQUE local me obrigou a ir numa outra direcao, já que na que eu seguia o tempo estava fechado e comecando a azedar, pois bem desci a rua indicada pelo choque e parei num posto para perguntar como chegar na rua que eu queria. O caminho era continuar descendo a rua, mas assim q comecei a descer formou-se outro PARO a 30m na minha frente e um deles com o microfone pedindo para voltar, desligar a moto, e participar do paro, voltei ao posto e observei. Durante os 5min que observei uns outros locais de moto tentaram passar e foram repelidos pelos manifestantes.

Vi outros motoqueiro passando por outro lado da avenida. Liguei a moto e fui na direcao, logo em seguida outro PARO, meia volta na moto, encontrei um policial de moto, ele muito educado parou e eu perguntei como chegar na rua tal, ele questionou o motivo, eu respondi que precisava arrumar a moto, ele entao disse que me levaria a um amigo dele que ficava logo ali depois do paro, disse que era para eu o seguir. Assim fui indo escoltado pelo policia, e os manifestantes, intimidados pela presenca do braco armado do estado, nao ousaram agredir com pedras.

Cheguei na oficina e logo o proprietario da oficina comecou a trabalhar na moto, trocou o oleo, desmontou a suspensao, trocou o rententor, conforme o indicado por vcs do clube XT600, trocou uma pastilha do velocimetro e moto as 14:00 estava pronta, tudo por 200 soles, confesso que nao sei o valor exato em reais, mas é menos que 200 reais.

Voltei ao hotel, o paro já havia cessado e só restavam as pedras no caminho, e organizei o passeio em machu pitcchu para amanha e sexta feira ao custo de 130 doletas, 2d e 1n com hospedagem incluso.

Abs a todos.


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#67


23-09-2010 e 24-09-2010

Bom, acordei cedo para caramba na quinta-feira, a van passou no hotel as 05:00 da manha, é acho que foi isso, em direçao a Machu Picchu \Big Grin/ \Big Grin/ \Big Grin/ , escolhi o passeio de carro 2d e 1n. Começamos a andar em direçao a Aguas Calientes, a agencia disse que seriam 2h +-, rssss, em 2h estavamos fazendo a primeira parada, mais 1h e 30min, a van para na estrada, pq tinha um bloqueio por obras. Perguntaram ao motorista quanto faltava e se ainda tinha muitas curvas na estrada, ele respondeu, falta pouco, daqui para frente só estrada. Nota-se que até entao estavamos andando numa serra asfaltada, cheia de curvas, indo para lá e para cá dentro da van nas curvas fechadas.

Depois de 1h esperando, liberam o trafego, e seguimos, qual a surpresa quando constatamos que a estrada, na verdade era de terra e as curvas continuavam, só que agora sem o Guard-Rail e quase uma única pista. O motorista que já nao vinha devagar continuo na mesma velocidade e ainda fazendo ultrapassagens quando dava, dai os argentinos discutiram com o motorista para ir mais devagar, esse meio contrariado deu uma melhorada, mas logo depois comecou a serra, dessa vez na estrada de terra, cheia de pedras, rios, e do lado um grande penhasco. E assim foi durante umas 3h ou 4h, tenho q admitir que o motorista era bom, com certeza fazia o caminho varias vezes no mes, nao derrapou em nenhuma curva, mas ao lado de um barranco de incontável metros, nao há como nao ficar tenso. Antes de chegar em aguas calientes paramos em Santa Rita, acho, bem proximo a aguas calientes, juntou eu, os argentinos e mais dois brasileiros de Rio Claro, irmaos, e comecamos a beber cuzquenhas, foram muitas cuzquenhas, dai voltamos para Van e as curvas mortais, estavam engracadicimas.
No trem para aguas calientes, mais cerveja!!! Chegamos em Agua Calientes e mais cerveja, depois fomos durmir, o bom de dormir bebado foi que nao ouvi os argentinos roncarem, PT.
Acordamos a duras penas as 04:00 para ir a Machu Picchu, mais 30 min de onbibus, dessa vez mehor que o motorista da van.

M.P. é bem legal, é impressionante, pena que estava muito cheio, dizem que vao limitar a visitacao diária, acho uma boa proposta. Fiquei em M.P até as 11:00 e deci de onibus para A.C. O trem para van partiria as 13:20, cheguei em A.C. almocei e fui ver a passagem de trem para nao ter que voltar com o loco do motorista da van, mas nao teve jeito, o trem sai tarde e custava 60 doletas, vamos com o loco mesmo. Eu estava com sono da pingaiada do dia anterior e de acordar cedo, entao voltei dormindo e nao vi muita coisa.

Cheguei no hotel as 22:00, sai para comer, e voltei cedo para dormir.

25-09-2010

Dia de começar a voltar, para mim é sempre díficil finalizar coisas, e a volta da viagem e terminar algo, entao enrolei e enrolei, é algum tipo de bloquio mental. Consegui levantar e arrumei as coisas, fiz o check-out e ainda tive que pagar metade da porta de vidro que quebrei no primeiro dia, é nao contei, eu sei. Depois de andar 12h de moto, o hotel ainda queria que eu enchergasse uma porta de vidro, sem macaneta e sem sinalizacao, com a parte de fora escura e dentro claro... rssss... fui de cabeca, tudo a baixo! A brincadeira ficou em 400 soles, dividi meio a meio com o hotel, para nao ter dor de cabeca.

IMPORTANTE - NAO RECOMENDO O HOTEL EL ROSARIO PARA NINGUEM, ISSO NAO É JEITO DE TRATAR UM CLIENTE.

Bom, sai as 10:00 e toquei para puno, o caminho é bom , só a 60km de Juliaca que os asfalto fica cheio de remendos. Numa das cidades que cruzei, um cachorro resolveu atravessar a rua, mas ninguém quis parar para ele passar, a carreta que veio na mao contraria, nem reduzio, a van que ia um pouco a minha frente acelerou um pouco mais, e entao o bixinho assustado sem saber se ia ou se vinha foi atropelado pelo caminhao. O peruano é assim, burro, é a palavra que melhor resume esse povo, pelo menos do interior, a ausencia do estado favorece isso, e o povo é vítima, depois o cachorro, esse se juntou a infinitos que se ve morto na estrada. Mas por algum motivo nao atropelam vacas ou llamas, de certo sagrados para eles também, será?
Esse foi o terceiro atropelamento que precenciei por essas terras, na ida para cuzco uma van pegou um cachorro, nem sequer tentou parar ou mudar de pista, o coitado saiu rolando pela pista e se levantou com o que sobrou de força arrastando as patas traseiras, para salvar sua vida. O outro foi cuzco, o semafaro abriu, verde é verde aqui, foi mae e criança voando para o lado contrário, sorte que havia polícia na esquina, senao acho q a taxista brigaria com os dois. E aqui as coisas sao assim, o transito baguncado, cada um faz o que bem entende, mas a populacao é até que gentil e simpática, os policias sao muito bem treinados e atendem bem ao turista.

Cheguei em Puno e única vontade que tenho é de chegar no Brasil, tenho a esperança de km melhores na Bolívia. Nao vou visitar as ilhas flutuantes do lago titicaca, estou cansado de mizéria e desgraça. Quero voltar e ficar um tempo recluso no estado de Sao Paulo, lá as coisas sao melhores, nem parece terceiro mundo.

Amanha toco para Cochabamba.

Abs a todos


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#68
Pois é meu amigo Toledo, difícil não se surpreender ou se indignar com as diferenças encontradas em nossas andanças por outros paízes ou mesmo por nosso próprio país. Temos que aprender a ceitar algumas dessas coisas, pois muitas vezes fazem parte de sua cultura, quanto a outras, claro que não tem jeito de aceitar, mas vale sim como aprendizado.
Muito bom seu relato, pena que faltam as fotos, mas acredito que isso se deva aos computadores ruins que encontramos pelo caminho.

abraço e bom retorno
[Imagem: assinaturasm5niver2.jpg][Imagem: selo6niver.jpg] [Imagem: 81798708.gif]

“Há uma alma que paira sobre duas rodas. Não tem idade, credo, idioma nem fronteira. Une desconhecidos no simples ato de compartilhar a sensação de cortar o vento com o rosto e viver de braços abertos”.
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#69


26-09-2010


O objetivo do dia é chegar a Cochabamba na Bolívia, o fato de poucos andarem na Bolívia e a falta de relatos no clube me faz dormir com muita ansiedade nesta noite, acordei cansado.

Saí cedo do hotel, até que era um bom hostal, fica na avenida principal de puno, proximo ao terminal ferroviario, é um prédio pintado com tinta, entao é fácil de achar.

Sair de Puno para Desaguadero, nao é das tarefas mais simples, mas com pergunta ali e aqui consegui, depois de uns 30min. Na estrada o lago Titicaca vai ornamentando o caminho e sou obrigado a parar algumas vezes para tirar fotos. Evito tirar fotos nas estradas pq o pessoal resolve ultrapassar bem no local onde estou parado, sempre me assusto.

Ando umas 2h até a fronteira, ufa, estarei livre do Peru, hahahaha, entao seja bem vindo a bolivia, é o que a placa diz. Pergunto ao policial boliviano onde é a aduana, ele só me diz para seguir reto uns 5 quarteiroes, e fui andando, desaguadero do lado da bolívioa é feio, mais feio que Susques, Puno e Tocopilla juntos. Chego nos 5 quarteiroes e nada de aduna, pergunto a uns caminhoneiros que estavam sentado na rua, onde fica a aduana? Fica ali no asfalto a esquerda, mas vem cá, voce já foi na imigracao??? Respondo que nao, entao ele me diz para voltar e passar na imigracao, o caminhoneiro. Assim faco, meia volta e bora achar a imigracao. O processo foi rápido , logo voltei a buscar pela aduana, a qual eu achei e tinha uma fila enorme de caminhoes. Cheguei no posto e fiquei observando para entender como as coisas se procediam, e é mais ou menois assim:

Os escritórios sao containers ou casas de placa de aço, tudo amontoado no meio da areia. Alguém abre a porta por dentro, sai e tenta fecha-la novamente, se ninguem do lado de fora impedir, a porta se fecha e o ciclo recomeça. Se alguém do lado de fora consegue segurar a porta e mante-lá, todos correm para dentro, mas alguns serao expulsos, se quem entrou nao fechou a porta, para que outros pudessem entrar, ouve-se gritos do oficiais da aduana para que a porta seja fechada.

Durante o período de observaçao e aprendizagem, chegaram mais dois carros brasileiros, uma Ranger que estava a 30 dias na estrada e um classe A, ambos a turismo e voltando a, agora por mim amada, terras tupiniquins.

Numa dessas aberturas da porta, consegui entrar, e falar com o oficial, mas ele disse que nao era com ele, que era com o outro, falei com o outro, e tambem nao era com ele, mas que eu falasse com o primeiro. Ai me voltei ao primeiro e disse que o outro disse que era com ele, o primeiro, daí esse disse que atendia em 10 minutos. Voltei para fora e fiquei a conversar com os brasileiros e um caminhoneiro, tempo depois consegui entrar novamente, me voltei ao primeiro oficial que tinha conversado, e ele disse que a uma terceira oficial iria me atender, assim ele o fez, me atendeu e fui liberado em 5 minutos.

Perdi umas 2h na fronteira Peru e Bolivia, segui para La Paz e pude notar que o asfalto da bolívia nao é tao bom quanto o do peru, mas cumpre a funçao, mas a pouca sinalizaçao de placas e precarias sinalizaçoes na pista, como faixas e olho de gato, por vezes somem por completo. A quantidade de cachorros aqui também é grande, mas muito poucos atropelados, uns 90% a menos que no Peru, como nao sao vítimas aqui, alguns vários tentaram correr atrás de mim, uns chegando muito perto, isso a 100km/h. Ao mesmo tempo que era perigoso, também tinha uma certa beleza, porque os cachorros desperavam a uma certa distancia e vinham em velocidade para cima da moto, quase que uma caçada em plena savana africana 8-) 8-) 8-) 8-)

Pouco antes de chegar em La Paz, se avista gelo no topo das cordilheiras, algo raro até o momento, vi muito pouco em algum lugar do peru. Alguns km mias e chego em LA PAZ, e é uma coisa muito ruim voce chegar em La Paz, é tao feio e complicado quanto Juliaca no Peru, trato de me salvar do transito maluco e sigo para Cochabamba. Em La Paz, o semaforo é enfeite e o pedestre nao tem vez, o vermelho é verde, assim como amarelo é verde, tem que passar se der para passar e se nao der, faça dar, é insano. Por aqui, assim como em todas as outras cidades do Peru, salvo Cusco, nao se pinta casas, nao senhor, existe muita areia voando pela rua, e isso deixa tudo sujo, entao vamos usar cores escuras nas roupas e deixar o tijolo a mostra, é algo que me incomoda a visao, penso que a Suvenil nao tem planos para cá.


Saindo de La Paz, é hora de subir a cordilheira pela quinquagésima vez nessa viagem, eu já nao sinto o mau da altitude a dias, e a moto até que está melhor, e eu também já nao me importo com as falhadas dela, vamos subindo e subindo, e ainda bem que a cordilheira aqui é verdinha, há muito poucas arvores, mas pelo menos existe arbustos e matos, e cachorros, sim cachorros. Estava a 4200m de altitude e o animal sai correndo atras de mim, me questiono de onde vem tanta energia, já que ele estava a 20km de qualquer cidade e no topo da cordilheira, nao sei como eles sobrevivem e se multiplicam. Mas o interessante é que sao muitos, mas todos sozinhos, nao forma matilhas, se formassem poderiam caçar e abater qualquer motoqueiro.

Comecei a descer a cordilheira perto das 16:30, o sol estava refletindo no retrosivos como se fosse o farol de carro, muito interessante. Pouco interessante era o fato de ser quase 18:00 e eu ainda estar descendo a cordilheira, sem sinalizaçaao na pista e dependendo do farol da moto.

Terminei de descer e cheguei em Cochabamba perto das 19:00, procurei um bom hotel e lá fiquei.

27-09-2010

Saio cedo mais uma vez, dessa vez como bastante do café da manha para poder chegar em Santa Cruz cedo. Assim que consigo cair na estrada surpresa, PARO, sim, outro protesto, conversei com o policial e ele disse para eu seguir em frente, pelo meio do PARO, e ir pelas beiradas. Fui desviando e conversando com os descontentes e passando, assim perdi pouco tempo com o imprevisto.

Pensei que nao mais subiria montanhas, mas tive que subir novamente. Subi por montanhas com pastagem e parei no meio de uma floresta tal qual vi no goolgle maps. Na estrada que vai cortando a floresta, um trafego significativo de caminhoes e carros, naquela parte pela qual passei do Peru, nada se produz, nada se transporta, é vazio. Na Bolivia se transporta bastente coisas, deve produzir bem, na floresta muitos rios e alguns povoados ou restaurante de estrada. O trajeto me lembrou bastante da Rio Santos, hoje me senti em casa, a Bolivia é a que mais se assemelha do Brasil que conheço. sudeste e sul. O fato de ir por dentro da mata e sentindo os diversos odores, vendo plantas e passaros, recarrega a energia, a exuberancia da natureza aqui da vontade de continuar viajando. Nos trechos percorridos na Argentina, Chile e Peru a natureza é discreta e pouco se mostra enquanto vida.

Penso que percorreria novamente a Bolivia com a Sahara falhando seu unico cílindro, mas nao percorreria o deserto do atacama novamente nem com uma KTM Adventure. O deserto nao é um lugar favorável nem para ficar parado em pé, venta muito e é frio. Aqui no meio do mato, com pouco de esforço eu acho água, penso novamente.

Continuo seguindo até começar a regiao povoada com algumas cidades, comeca uma neblina que me acompanha por 300km até quase Santa Cruz de La Sierra, no caminho várias cidades sem combustivel, mas eu tinha 10L nos galoes, entao foi tranquilo. No meio da neblina o calor começa a se tornar insuportável, tive que parar para tirar forro da jaqueta e segunda pele. Enquanto eu fazia isso eu pingava, lembrei de uma piada do Espanta, que diz que o cabloco antes de morrer e ir para o inferno, ele faz estágio em Joao Pessoas, para se acostumar com a temperatura. Nesta parte da bolívia também está quente, é um mormasso impressionante, havia me esquecido como era o calor, como era estar nos trópicos.

Sigo os interminaveis km na neblina até chegar próximo a Santa Cruz, a uns 70km da cidade, começam pequenas cidades com elevado desenvolvimento agropecuario e alguma coisa industrial, é por isso que o povo de Santa Cruz quer independência do resto da Bolìvia. " Achei o ^ (tio)". A desenvolvimento promovido pelas grandes fazendas, faz a pista duplicar, desde a Argentina, indo para Salta que eu nao via esse tipo de pista.

Chego em Santa Cruz e me dirijo para a estaçao de trem, procuro um hotel na frente, achei um hotel com garagem. Só nao é pior do que o que eu fiquei em Corrientes, mas tá de frente para estacçao e eu preciso achar quem tranporte a moto, descarrego a moto e tiro a cordura, por baixo da calça de cordura e forro térmico, ainda tinha uma calça de sarja, acho que é esse o nome do tecido, minha mae pode precisar. Estava todo molhado de suor, como roupa limpa para mim é luxo, resolvo sair com essas pingando de suor, para secar. Logo encontro os transportadores que estao ao lado da estaçao de trem e onibus.

Entendo que o tramporte da moto vai ser feito por onibus, é, no bageiro mesmo, e me custara algo proximo de 400 bolivianos, a passagem no onibus leito mais 220 bolivianos. Conformado com a idéia, vou comprar o ticket do trem para amanha ao 12:00, para chegar em Porto Suarez as 08:00 da quinta. A moto irá de onibus as 18:00 para chegar em Porto Suarez as 08:00 da quinta também. Dada a conhecidencia, eu compro a passagem do trem e fico de voltar amanha para entregar a moto. De passagem nas maos me vem o pensamento, e se a moto nao embarcar, você vai ficar em Porto Suarez sem moto e vai ter que voltar para Santa Cruz para resolver o possível imprevisto, afinal a moto pode nao caber no bagageiro do onibus. Entao peço a um taxista para me mostrar as transportadoras por caminhao, e nao há, se tem caminha vai de caminhao senao vai de onibus.

Resolvi entao que vou com a moto, no onibus, pelo menos vou conseguir ter paz nos pensamentos, sei que eu nao saberia lidar com o fato de eu nao ter visto a moto sair no onibus, afinal o trem parte ao 12:00 e a moto as 18:00. E tao pouco suportaria a ideia da moto chegar em Porto na quinta as 08:00 e eu na sexta as 08:00. Vou de onibus.

Depois de tudo isso volto para o hotel e tomo banho, eu estava porco, depois do banho, já a noite, saí para comer, pergunto ao taxista quanto era para me levar ao centro, esse disse que nao iria ao cento, muito transito, de pronto os demais também disseram, muito transito, 19:00h +-. O jeito entao foi comer neste buraco próximo da estaçao, é só voce imaginar a rodoviaria do tiete com as pessoas e comércio que estao ao redor. Comi num lugar onde tinha frango assado, com arroz e batata frita. Tava bom, claro, depois de 10h sem comer. A mesa do jeito que largaram ficou, sentei e ela continou suja, tirei a sujeira para o lado e sobraram as marcas de copo. A mosca pousou na mesa e ficou meio ensebada, daí perdeu sua natural destreza, acertei ela com um peteleco e ela deslizou grudando até o canto da mesa, donde peguei o pode te maionese e a esmaguei, o garçom veio, pediu licensa, e levou o pote de sal, maionese e oleo para a outra mesa, já que nao havia o suficiente para todas, e lá se foi a mosca.

Agora é noite e o calor continua, pedi o quarto com ar condicionado quando vi a situaçao dos outros quartos.

Amanha vou levar a moto até a loja da transportadora, engana-se voce se pensa que a loja da trasportadora é apresentável, parece uma barraca de feira. Mas dizem que é confiável, e na frente delas se vê de tudo, moto, colchao, cimento, bolacha....


Abs a todos

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#70
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