TATW - Viagem a Machu Picchu - Setembro / 2010

[pastor_edu]

Comecei a ler esta narrativa, com a esperança de que não acha-se mais um relato "lugar-comum" e frases "clichê" do tipo "terceiro mundo", "comida ruim" e "povo burro" de quem não entende que não existe cultura melhor do que outra, apenas cultura diferente.
Não sei por que lugares do Brasil voce tem andado ou que lugares privilegiados voce costuma frequentar. Eu por aqui, vejo e frequento o "terceiro mundo" todos os meses do ano. E sim, aqui também ha povoados que celebram a chegada da eletrificação (e não ficam na cordilheira dos andes com todos os desafios de engenharia que isso implica) é só acompanhar o programa do governo estadual do Mato Grosso do Sul e de outros estados, chamado "Luz para todos" .
Neste exato momento estou assistindo a Globo noticiandoa a prisão de inumeros policiais rodoviarios federais por corrupção ativa, verdadeiras quadrilhas (não há presença do estado aqui?) , troco o canal e vejo reportagem sobre a pobreza endêmica no norte, nordeste brasileiro. A reportagem relata sobre lugares sem agua potavel. Ah, eu nao consigo comer buchada (prato muito apreciado no ND) mas, nao considero pessoa "atrazada" quem gosta e come. É apenas uma cultura diferente.
Chamar os habitantes de uma cultura diferente (e também não existe cultura perfeita, todas elas estão sujeitas à corrupção humana) de pessoas "burras" ou para ser mais específico, como voce chamou, de "o peruano é burro" , num relato que deveria unir os povos é no minimo falta de bom senso.
Só para lembrar alguns ou informar outros, Mario Vargas Llosa, um "peruano burro", recebeu o Prêmio Nobel de Literatura de 2010.
Lamento que voce tenha falado tão pouco das coisas interessantes de uma cultura diferente e tenha se detido tanto nas "negativas". Mas, essas viagens rapidas tem essa desvantagem. Não temos tempo de procurar a verdadeira alma de um povo.