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TATW - Viagem a Machu Picchu - Setembro / 2010
#41
Abraços e uma ótima viagem.
Aguardamos ansiosos os relatos do percurso.
Se puder, aumenta o tamanho das fotos no Photo bucket para podermos visualizar melhor.
Abraços.
"Se alguém cortar a frente:
Não bato......eu atravesso"
  [Imagem: logo_maniacos_3D1.gif][Imagem: BannerFaixa-1.jpg]
[Imagem: assinaturaSM5niver2-1.jpg]
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#42
É..... :roll:

A essa hora já deve estar longe.... espero! Big Grin

Que faça uma boa viagem, na companhia e segurança de DEUS! Wink

Piske
Mobilete 50cc 83 > Monareta S50 85 > Honda XL 125cc 87 > Sahara 91 > Hyosung Cruise II 125cc 98 > Sahara 97 > Sundown Web 100cc 2003 > Yamaha Virago 250cc 97 > Biz 100cc 2002 > XT660 2006 > Sahara 1999
XMax 250 2021; Biz 100 2004
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#43


12-09-2010

Arrumei as malas na moto as 04:30 da matina, as 5:10 já estava na estrada. Todo o percuroso foi bom, pena que nao consegui chegar em Dionisio Cerqueira, faltaram 70km e acabei por dormir em Marmeleira. A cidade é mais ou menos, nao tinha muita coisa para escolher, pelo menos o hotel era barato, 38 moedas. Nesse dia nenhuma surpresa na estrada, nem chuva, nem muito calor. Amanha vou levantar cedo e tocar para a Argentina.
A moto se comportou bem até aqui, sem novidades, velocidade de cruzeiro do dia 110 - 120km/h, o pilto também nao sofreu muito dores localizadas nas regioes de sempre.


13-09-2010

O dia nao comeca como o previsto, soh consigo acordar as 06:00, fui cuidar da moto as 6:30, verifiquei o oleo eeeeee, havia 800ml de oleo menos no motor... so marcava o final da agulha do medidor, lembro que o companheiro Cicero Paes ficou na argentina com a shara por que o oleo baixou e ele nao viu. Agora é um ponto de atencao meu também. Completei o oleo e lubrifiquei a corrente, bora para a fronteira, cheguei as 08:30, fiz os tramites, e passei para o outro lado sem pegar nenhum papel da moto em nenhum dos lados, espero que nao precise de nada disso na proxima fronteira. Perguntei ao Capitao Juan Rodriguez se precisa de algum papel e ele disse nao... vejamos...

A estradas os primeiros 300 km de argentina foram muito bons, mas pouco antes de chegar em Posadas comecou a chuva, munido das jaqueta, luva, calca e bota IPERMEAVEIS. segui o enterro sem parar para botar capa de chuva, depois de 20km de posadas, comecou um temporal, a impermeabilidade foi cedendo, cedendo, ateh que ensopou tudo, eu andei mais 40km assim, esperando encontrar um posto para entao colocar a capa de chuva, mas jah nao mais aguentava o fim e encontrei uma budega no meio do nada e lah parei. Tomei um cha quente, comi ovo com pao, torci a camise e vesti a jaqueta da capa de chuva. Segui com chuva ateh pouco antes de corrientes. Durante esses 300k muito vento lateral, tambem nao eram patagonicos, mas exigia esforco constante e quando cruzava caminhao, vinha aquela ja na cara, delicia, numa dessas um hermano que vinha na mao oposta, atras de um caminhao, nao me viu atraves da nuvem de agua levantada pelo caminhao e me fez reduzir e quase encostar a moto no mato, mas no fim ele recuou e desistiu de ultrapassar.

Consegui chegar no destino hoje e compensar o atraso de ontem, cheguei aqui no final da tarde, ainda deu para parar numa oficina e trocar a agua, digo, oleo.

Abs a todos


**** sem fotos, internet horrível, computar do sofrível e hotel escolhido lastimável!!!


Responder
#44
.

Legal Toledo... continua nos mantendo informado da viajem...

Abraçooooooooooooooooooo

.
[Imagem: RSyQlcl.jpg] .....[Imagem: GKQ6w7Y.jpeg]..... [Imagem: f80ZTIH.jpeg]
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#45
É ISSO AI TOLEDO NOS MANTENHA INFORMADO.



SAÚDE E PAZ
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#46

14-09-2010

Hoje o dia comecou baguncado, eu estava com uma preguica grande de levantar, consegui chegar na moto as 07:00 , fui sair as 07:30. Aproveitei que a chuva se foi e parei para tirar fotos num mirante no rio paraná, proximo da ponte de Corrientes, nessa hora coloquei o capacete no parapeito do mirante, me atrapalhei com alguma coisa e o capacete caiu lah em baixo, na areia, perto do rio... 8-) 8-) 8-) 8-) 8-)

Pensei que tinha perdido o capacete, dali nao dava para descer, tinhas uns 10m de altura, ja estava pensando em comprar outro, mas encontrei uma escadaria que leva na margem e consegui resgatar o capacete e viseira sem danos.

Sai de Corrientes e segui pela interminável ruta 16, pela manha o frio estava castigando muito e minha luva e jaqueta ainda estavam molhadas de ontem, o corpo ateh que resistiu, mas as maos estavam congelando e doendo, claro que relutei uns 70km para parar e colocar a luva termica por baixo da luva de protecao. Nao adiantou, logo molhou a termica tambem, mais 70km de resistencia em parar, e dessa vez coloquei a luva cirurgica, mas o sol ja estava esquentando o dia, mas resolveu um pouco o frio. A questao e que a luva estava no fundo da mochila, e esta estava presa na moto, para nao tirar a mochila fui revirando tudo, resultado 800km com a mochila inclinando no banco e me encomodando e eu parando para remendar.

Na ruta 16, nao tem muito o que se ver, e o que vc ve, ve muitas e muitas vezes, os kilometros nao passam, eu olhava a cada 3 km para o hodometro, mas durante esses interminaveis 700 km de reta, cruzei com diversas manadas de boi, cabritos e ovelhas, eu acho que eles nao tem dono, suponho ate que sejam manadas selvagens e independentes Confusedhock: . Tem que reduzir sempre para evitar uma colisao com eles.

Ainda na ruta 16, e comum ver aguias no canto da rodovia ou sobrevoando, ontem ainda na ruta 12 vi uma cena muito bela, uma aguia estava levantando voo e quando ela estava ao meu lado, notei que ela tinha uma cobra nas patas, mas a cobra escapou e caiu de uns 3m de altura, quando ela escapou, a aguia emitiu um som, de aguia, e manobrou voltando para pegar a presa, eu nao vi o final da historia, mas agradeco por ter visto um essa parte. Sao cenas como essa que faz valer a pena rodar 600km numa estrada reta. Outra ocorrencia curiosa na ruta 16, vc sempre cruza com bando de passarinhos que estao sobrevoando a rodovia e aparentemente eles gostam de fazer isso, tanto lugar para eles irem e eles ficam justamente na pista, dai vc se aproxima e eles levantam voo, quando vc esta bem proximo, alguns parecem que vao acerta o capacete, os mais ousados voam na sua frente e quando esta proximo a colidir com ele, ele desvia e sai, nessa da para ver com detalhes as penas do passarinho. 8-) E fui com eles toda a extensao da rodovia, as vezes eles sumiam, mas logo voltavam.

Hoje o planejamento era parar em Joaquim V Gonzales, mas quando parei para comer na cidade que eu acreditava ser Joaquim V Gonzales, apesar do horario o sol ainda raiava, perguntei ao frentista e ele me disse que o sol se punha as 20:00. Decedi continuar tocando em frente e vim parar em Salta, e amanha vou para Jujuy, parei aqui pois ja estava anoitecendo.

Vale comentar o fato ocorrido em Joaquim V Gonzales, pedi informacao aos habitantes da cidade e eles me informaram que havia um restaurante logo ali na esquina, depois de conversar um pouco com eles me despedi e fui ateh o lugar indicado, parei a moto na frente e entrei. Confusedhock: Confusedhock: Confusedhock: Rapaz, eram umas 17:00 da tarde e diversas mesas do restaurantes, que tinha umas 7 meses, estavam ocupadas por bebados locais, varias e varias garrafas de quilmes 1L em cima das mesas. Pensei, agora deu no aro, mas continuei entrando, comprimentei com aceno o pessoal e escolhi uma mese de frente para a porta e de frente para todas as mesas, um amigo me ensinou que nunca se senta de costas para a porte e nesse caso tao pouco para os bebados. Pedi o prato e fiquei ali na minha, torcendo para o prato chegar logo, claro que o forasteiro de cordura era motivo de olhares desconfiados e curiosos, numa situacao normal eu estaria tranquilo, mas com os caras cheio de cerveja, qualquer motivo poderia ser motivo. Eis que entao levanta um deles e vem conversar, ufa, so conversa, mas o cara estava travado, foi dificil estabelecer um dialogo com o embriagado, ele me explicou diversas vezes que no vermelho eu devo parar e no verde seguir. Isso durou uns 10 minutos, ate que chegou o prato, eu estava morto de fome e comecei a comer e ouvindo o bebado, tomei a atitude padrao e soh fui concordando e dependendo da reacao dele mudava de resposta e descordava. Dai, do nada, o cara comeca a chorar e bater na mesa, e eu tentando comer, fui so dizendo - Es muy dificil, e ahora o q va hacer?
afinal, se ele estava chorando devia ser uma coisa ruim.

A choradeira durou 5 minutos, ai ele resolveu ir embora e sai do restaurante / buteco.

Terminei de comer e me mandei.

Outro fato que ia esquecendo, num dos trechos eu ja tinha rodado 120km e nada de posto, dai baixei de 6000 rpm para 5000 rpm - +- 90km/h , para econimizar alguma coisa, a reserva iria entrar nos 150km, dai teria no maximo mais 60km. E toda cidade que aparecia, nao era cidade, eram vilarejos com casas de barro e ruas de terra, quando eu estava no 150km resolvi entrar num desses vilarejos, Estacion Tigre é o nome do lugar, uma terra esquecida por pelo Estado, parei para pedir informacao para um cidadao e este ficou bastante assustado, ele me informou onde teria combustivel, era a casa de uma mulher, casa de barro mas com uma grande antena da Direct TV e alem da criacao de criancas, ela tambem tinha criacao de galinhas, para completar a renda vendia combustivel e outras coisas para o lar, 6 pesos o litro, contra 4 pesos do posto. Comprei 5L e de quebra levei o galao de 5L. Voltei para a estrada e 20km depois achei um YPF, mas valeu comprar os 5L da mulher.

Abs a todos



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#47


DIA 15-09-2010

Me atrasei como de costume para levantar e partir de Salta, acho que sai perto das 08:00, depois de colocar um pouco de óleo e lubrificar a corrente. O trecho de Salta, é Jujuy sem novidades. parei no YPF para abastecer, eu pensava que as estradas Argentinas eram iguais as do sudeste do Brasil, onde voce sempre tem a opcao de parar num restaurante convidativo na beira da estrada, engano, nao encontrei um com cara amigavel, ou com pessoas que pararam seu carros neles, resta entao a deliciosa e nutritiva comida do YPF #:-( #:-( #:-( . Abasteci a moto em Jujuy e coloquei 5l de agua no galao q consegui ontem, como nunca havia carregado ele e amarrado na moto, nada mais justo do que testar, enquanto quebrava a cabeca para prender o galao na moto, papei com o pessoal que tb estao na estrada, a principio estao sempre a te apoiar.

Sai de Jujuy e fui em direcao a punamarca, neste trecho é possível ver melhor os Andes, mas a mais 400km de distancia já dá para ver. Fui andando e as montanhas aproximando, aproximando, e quando vi, estava em Punamarca, entrei na cidade e perguntei a um cidadao onde tinha posto de gasolina, ele disse para eu continuar subindo que teria em Ticara, mas nao achei tal cidade, nem placa para ela, já bem me alertava minha irma que na Argentina nao há sinalizacao, e é bem verdade. Continuei subindo e subindo e subindo e quando vi estava no topo dos Andes, até encontrei outro viajante solitário num KLR 650, quando ele viu a ratoeira da Sahara, nem esperou eu chegar perto, já foi gritando e perguntando BRASIL? BRASIL? BRASIL?. Pois é, nessas estradas eu também gosto de ver brasileiro e motociclistas, me dá uma tranquilidade, e ele me contou que estava vindo da California, há 4 meses na estrada, o site dele é <!-- w --><a class="postlink" href="http://www.balaio.com.br/moto">www.balaio.com.br/moto</a><!-- w --> , e que tinha quebrado no trecho do deserto de Jama e havia sido resgatado por cegonheiros paraguaios, ficou três dias em Susques e informou que la nao havia desde entao, comprou 10L de um particular e resolveu voltar, porque nao mais suportava ficar lá.

Disse que eu também, nao tinha combustivel para passar de Susques, nisso apareceu um carro argentino com outro loco gritando BRASIL a 4200m de altura. Era um respeitavel emprendedor do setor hoteleiro da quebrada de Humanhaca, sabendo da falta de combustivel na qual me encontrava. logo ofereceu o tanque do carro, de certo aceitei, mas a modernidade tem seu impecilios, o filtro na boca do tanque nao deixou a mangueira chegar na gasolina.


Lembrando que até esse momento eu estava carregando meus 5L de água desde de Jujuy 8-) 8-) 8-) 8-) 8-), esvazei o galao e peguei dois litros na KLR e segui com o enterro.

A moto até entao estava boa, tinha falhado só um pouquinho nos últimos metros da subida, e o frio nem estava tanto assim e só senti o mau das alturas quando chilenos mascando folha. E assim fui tocando até chegar em Susques. Susques é mais uma cidade esquecida, para nao ter nada lá, falta muito, é deprimente, pense num lugar no meio do nada, coloque casas de barro seco, ruas de areia seca também, uma igreja, uma alfandega e um banco, eu nao entendi como a cidade vive.

Procurei por combustivel na cidade e nao encontrei, na estrada, 3km depois de susques tem dois hoteis, mais amigaveis e do lado de um deles, há um posto, qu também nao tinha combustivel. Nesse eu encontrei 9 carros brasileiros que estavam voltando de Sao Pedro, mendiquei 5L de combustivel e tive a sorte de um deles ser a gasolina, uma TR4, mas o azar do tanque ficar no meio do carro, entao a mangueira nao alcancou.

Como eu já estava sem perpectiva, dei um litro para um local que vinha empurrando a scooter pela estrada. Voltei um pouco para almocar no outro hotel prox. a susques, perguntei por quarto e a dona disse que nao tinha nada disponível, voltei a susques e consegui comprar 5L de um particular, paguei 40 pesos.

Com os 4L qu tinha na reseva, + os 5L comprados eu podia prosseguir para Jama que estava a 120km, o consumo tinha sido de 15km na altitude. Assim o fiz, toquei para Jama.

Andei 46km, e a moto entrou na reserva, esta de 4L, ou seja o consumo havia caído para menos que 10L, o vento era forte contra, o frio incomodava e a perpecitava era de ficar sem combustivel no meio do deserto. Nesta estrada os carros passavam contra a cada 10min no minímo , e nenhum tinha me utrapassado desde que sai de Susques, eu só tinha uma certeza, ia ficar na estrada, no meio do nada. Numa tentativa de melhorar as coisas tirei o filtro de ar e andei mais 10km, pior coisa, a moto ficou horrível e o consumo ficou galático. Parei novamente e coloquei o filtro, eu estava 50Km do Paso de Jama, prox. abastecimento, e 60 km de Susques, ou seja, a melhor opcao era tocar em frente.

Para colocar o filtro, parei numa cidade, como dizia sinalizacao, mas na cidade so havia uma casa, e na casa uma senhora, e a senhora nao tinha combustivel. Decidi ficar ali na estrada e mendigar combustivel, se nao conseguisse até o cair da noite, tinha mais 2h de luz do sol, iria abrigarme do frio e do vento, numa das construcoes vazias da casa da senhora. Consegui para um carro que vinha de Jama, o cara se comoveu com a minha situacao e sabendo ele que a noite a temperatura vai a Zero e o vento diminui a sensacao térmica, se prontificou a voltar a Jama (50km) e voltar até mim e me entregar o combústivel. Mas nao era ele quem estava dirigindo, coisas desses casais modernos, era a patroa quem estava no piloto, e ela nao queria andar mais 100km, ele discutiu um pouco com ela, mas eu notei que o macho ali nao era ele, e antes que ela terminasse com ele e ficasse eu ele no meio do nada, falei que tentaria outro carro ou caminhao, e eles foram embora.

Eu decidi andar até secar o tanque, a mulher do cara me mostrou que a possibilidade de ajuda seria tao maior quanto mais perto do posto eu estivesse.

Assim fui indo e contando os KM, até chegar a 22km do Paso de Jama, onde secou tudo e parou, parou e eu olhei para os lados e nada. Nada, entao resolvi empurrar a moto, adivinha? Consegui nada, nada faria com que eu empurrase aquela moto contra o vento por 22km.

Fiquei ali parado e pensando, tinha mais 30min de sol, conclui que quando o sol fosse embora eu tambem iria, largaria a moto, pegaria a mochila e os galoes, porque nessa hora eu já tinha 2 galoes vazios, o segundo eu consegui com o cara de susques. E continuaria caminhando até o Paso de Jama, que levaria umas 5h, se eu nao conseguisse carona.

Quando estava comecando a desenhar o plano de abandonar a moto, consegui parar um caminhao, vazio, mas nao era cegonha e nem paraguaio. Era um argentino, mas ele aceitou colocar a moto na carreta e me dar carona até Susques, só que nao conseguimos subir a moto na carreta, a inclinacao da rampa era muito alta e nao tinhamos como subir a moto. Nisso ia ficar a ver navios novamente, mas consegui convence-lo a me dar uma carona até Jama. Assim foi, deixamos a moto e a carreta no meio do nada e voltamos com o cavalo, do caminhao. Paguei os 15l de diesel que a crianca gastou para andar 42km e abasteci a Matilde, toquei pela noite adentro, com vento, frio e falha no motor até o Paso de Jama, onde tem um YPF, que novamente tive que comer, e dormir, porque nao tinha quartos disponiveis no YPF. Entao dormir no vestiario do posto, com direito a chave para trancar a porta, mictorio, duas opcoes de sanitarios e 4 pias, mas nenhuma cama, o jeito foi estender a toalha no chao, e dormir, tirei só o protetor de coluna, para suportar o frio do ar,e da ceramica, só com a santa cordura mesmo.

A noite foi triste, dormia 1h ou 2h, acordava com frio pq tinha saído da toalha, ou com dor. E fui levando assim até as 6h da manha.


16-09-2010

Quando sai do vestiario e fui tomar café no amado YPF. Tentei ligar a moto e nada, sorte que o frentista amigo, sabia das coisas e jogou uns 50l de agua quente no cambio, carter. Ai a moto pegou, enchi os galoes com 10L de gasolina e toquei para Sao Pedro, sao 170km de distancia de Jama, com 140Km no meio do deserto, de novo, com vento frio, que parecia cortar as maos, mesmo com luva, luva termica e cirurgica, maldito o dia que economizei 55 reis na luva de esqui. Puto, agora sofre, pensava comigo, cada KM que andava, com medo da moto quebrar pela falta de ar, 140 KM aguniando com cada engasgada que dava por falta de ar no pistao, e engasgava muitas vezes por KM, eu estava a 4200m de altitude, e aquela estrada continuava a subir morro, até onde vai subir? Eu indagava, bravo com os engenheiros! A motinho ia 80 -90km/h falhando, na subida ela pedia para reduzir, chegava aos 60km/h, dizendo nao vai dar 50km, e tome marcha para baixo, ufa, chegou no topo do morro, eu soltava um palavrao, outro morro? para que outro morro? Esse nao vai dar, pensava, ai outro lado dizia, TOLEDO, pensamento positivo PALAVRAO, e passava o morrinho com varias engasgadas. Era isso que fazia eu esquecer do frio nas patas, e quando lembrava que estava para perder os dedos, exagero, eu pensava, por que eu estou aqui? para que? e assim fui tocando.

Enfim chegou na melhor parte dos últimos 800KM , uma descida interminável de 30KM que leva a cidade de Atacama, que delicia foi descer aquilo, pela primeira vez nessa viagem eu tirei uma foto com sabor de vitoria, a foto da placa de BEM VINDO A SAO PEDRO DO ATACAMA.

Vou ficar aqui hj e amanha, amanha vou ver os geisers do tatio e ve se troco o oleo da ratoeria.

Hoje to curtindo um descanso depois destes 4 dias de trabalho.


Abs a todos
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#48
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Caraca Toledo.... que aventura... tá show seu relato. E legal saber que tá conseguindo passar batido pelos problemas...

Esperamos mais relatos... e que tal uma fotinho???

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[Imagem: RSyQlcl.jpg] .....[Imagem: GKQ6w7Y.jpeg]..... [Imagem: f80ZTIH.jpeg]
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#49
TOLEDO, O CAMINHO É ESSE SE FORTALEÇA NAS DIFICULDADES, NO RESTANTE DEUS AJUDA, QUANDO VOLTAR VAI TER QUE NOS CONTAR A SUA VIAGEM PESSOALMENTE HEHE.



SAÚDE E PAZ
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#50
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