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Em busca de aventura pelo interior do Paraná e São Paulo
#1
Após passar uma semana estudando um roteiro
de terra para ir de Jaboticabal até Ilha comprida,
no litoral Sul de São Paulo, com saída prevista
para as 5:00 hs da matina da sexta, 14 de novembro,
uma ligação as 15:30 hs da quinta-feira iria
jogar por terra toda a programação feita
nos mínimos detalhes. A programação era rodar
pelo menos uns 200 km de terra, objetivando
fazer escolinha para encarar os 850 km de terra
entre Assis no Brasil e Cuzco no Pero, caso
realmente essa aventura se realize no mês de
janeiro de 2009.

Bom, joguei fora a programação e arrumei as tralhas
na correria, pois tinha que rodar 500 km para
chegar por volta de 23:00hs em Maringá, Paraná.
As 17:30 hs lá estava eu de motoca preparada e
botamos as catracas pra girar. Chuva, como chovia.
Chovia de cima, chovia de lado, chovia fora e
dentro da minha calça zebra... na correria para
sair no horário e não me atrasar, esqueci de pegar
as botinhas impermeáveis. Ai descobri que a minha
bota era impermeável e eu não sabia... toda a água
que entrava não saia nem a pau...rs.

Debaixo de uma tromba d'água de pingos que doiam
no braço, passei por Taguatinga, Itápolis, Borborema,
e tome chuva...em cafelândia uma tal de H2O molhou
a buzanfa e eu comecei a ficar incomodado...passei
por Marília, chuva, e em Assis, parei para abastecer,
ajustar e lubrificar a corrente.

De tanque cheio e já de nadegas enrrugadas (imagino...)
toquei por uma rodovia em reformas, trajeto "orriver"
Para ajudar, o kbçudo do frentista do posto onde
abasteci me disse que não era pra Tarumã e depois
Sertanópolis, que teria de ir para Maracal e depois
Porecatú... te juro que ser fosse mais perto eu iria
voltar lá pra tatuar o mapa de São Paulo na mão dele...

Bom, rodei uns 80 km a mais, passei pela tal Maracal
errei a entrada para Porecatu, mas por sorte foi só
uns 500 metros, onde um posto policial me salvou a vida.
Passando por Jaguapitã e cerca de 480 km já distante
de Jatoticabal.... parou de chover. Abriu uma lua
linda, linda mesmo, nem parecia que a 15 minutos
eu estava debaixo de um chuveiro a duzentos...

Só então pude fazer o meu primeiro registro da
viagem molhada, eita chuva molhada!!

[Imagem: jaguapit7.jpg]

[Imagem: jaguapitx8.jpg]

Finalmente, Maringá, cidade onde eu nunca tinha estado
antes. Linda cidade, muito bem cuidada, avenidas largas,
muito bem iluminadas e sinalizadas. O centro é muito
show, e a catedral é maravilhosa. Aqui um registro
feito ainda na quinta-feira a noite.

[Imagem: maringa91.jpg]

[Imagem: maringa6.jpg]

Fiz o meu social com os alunos da pós-graduação da
UEM (Universidade Estadual de Maringá) e no outro
dia cedo, fiz mais um turismo por Maringá, tirei
novas fotos da Igreja, agora durante o dia...

[Imagem: maringa1.jpg]

E, finalmente, começou a minha aventura. Fiz um roteinho
muito superficial tentando traçar uma rota entre
Maringá e Ilha Comprida, tentando rodar por terra.
Descobri que entre Castro e Eldorado tinha terra,
então era por ali que o aventureiro aqui iria pilotar sua sahara.

Saí da linda Maringá (pretendo voltar pra conhecer com calma),
Sarandi, Marialva, Mandaguarí, Jandaia do Sul, Cambira
e finalmente uma cidadezinha legal, Apucarana. Não
resisti e fotografei um ponto de ônibus de Apucarana,
achei a idéia muito show, muito inteligente.

[Imagem: bone08.jpg]

[Imagem: IMG_0709.jpg]

Se vocês não sabem, Apucarana fica no interior do Paraná
mas te leva para Califórnia...rs, está ai a prova...

[Imagem: IMG_0712.jpg]

Olhando no mapa depois, descobri que perto de Santa Fé
tem uma outra cidade no estado do Paraná que se chama
Flórida... seria o Paraná um Estados Unidos disfarçado?????
Será que estamas sofrendo uma invasão ianque????
Perto de Maringá tem uma cidadezinha chamada Ourizona...
kct de agulha, vai ser estranho assim lá no Paraná sô.

Passei por Marilândia do Sul e comecei a ficar de pilha
com os pedágios para moto no Paraná. Ninguém merece,
rodar 80 km e pagar R$ 3,40 de pedágio...Cheguei a
Mauá da Serra e a coisa começou a ficar interessante.
Sai de rodovias mais largas, terrenos mais planos,
muita plantação de soja, para entrar em estradinhas
mais estreitas e relevo mais dobrado. Após alguns
quilômetros muito agradáveis, cheguei a Ortiqueira
onde resolvi fazer mais um clique.

[Imagem: Ortigueira-PR.jpg]

Parei, fotografei e mandei um torpedo para o Valdeir
solicitando o telefone do Rodrigues I. Domingues de
Telêmaco Borba. Ele demorou pra responder e eu peguei
o trecho pra Telêmaco. Na entrada pra cidade, como
meu destino era Castro, parei, olhei o celular e nada
de resposta. Resolvi tocar pra Telêmaco e tentar
descobrir alguma coisa...

... saharento que se preza leva sua sahara pelo menos
uma vez na vida em uma autorizada honda, então, bastava
eu ir a uma e me recorrer ao cadastro do infeliz...


Entrei na marginal de Telêmaco, hum??? rs...
Fui ao centro, achei a Honda. Conversei com o atendente.
Quinze minutos depois (liga computador, abre o windows,
abre o programa, procura por Rogério... até que encontra).
Celular, bato um fio e uma mulher atende... "Boa tarde
senhora, esse número é de Rogério?..." NÃO... tu-tu-tu...

"... obrigadu moçu, muitu agradicidu viu...!!!
Dr. Rogério I. Domingues, estive na sua cidade,
foi sem avisar, nem eu sabia que ia passar ai,
mas aqui está o registro que eu sei onde tu se esconde.

[Imagem: telemacoborba.jpg]

Abasteci a moto em Telêmaco e peguei pra Tibagi.
Estradinha muito divertida, e uma linda Igreja em Tibagi.

[Imagem: TibagiPR.jpg]

Depois de Tibagi tem o parque estadual do Guartelá
e um tal Canyon do Gartelá que eu fiquei curioso em conhecer.
Mas não deu, pois se fosse explorar o parque furaria o
meu esquema de dormir em Eldorado. Tirei foto no Portal
e toquei em frente.

[Imagem: IMG_0720.jpg]

E cheguei em Castro. Linda cidadezinha, gostei. Tem um
centro histórico muito limpinho e muito bem cuidado.

[Imagem: IMG_0721.jpg]

E uma linda igreja também...

[Imagem: castro.jpg]

Ai acabou a brincadeira. Daqui pra frente vinha
a diversão de gente grande. Fui tirar impressões dos
moradores locais de como chegar em Cerro Azul.
Depois de bater papo com pelo menos umas cinco pessoas
e não conseguir informação de valor, fui tentar
comprar um mapa e nada. Então, finalmente encontrei
um senhor que conhecia a região. De cara tentou
me fazer desistir, que era longe, muitas estradas,
que eu iria me perder... blá blá blá... fui convencendo
ele até que me deu algumas dicas suficientes para
que eu conseguisse chegar a Cerro Azul.

Saí então em busca de uma estradinha que estava
sendo arrumada pelo exército e a encontrei.
Depois, o desafio era encontrar um vilarejo de
nome pouco comum, Socavão, também achei. Tal
vilarejo te recebe com um belo de um cemitério
na entrada da currutela... passei sem dar bola nem pelota...rs

Seguindo em frente agora o desafio era não se perder
em meio as inúmeras bifurcações e ramificações da
estradinha de pedra. Segui sempre pela mais batida
e quando não tinha o que fazer, seguia sempre pra esquerda.

Em alguns trechos a estradinha melhorava um pouco e ficava assim...

[Imagem: IMG_0731.jpg]

[Imagem: IMG_0732.jpg]

Os únicos seres viventes nas imediações eram esses de quatro patas.

[Imagem: IMG_0733.jpg]

E a moto já estava passando de roxa para amarela...

[Imagem: IMG_0734.jpg]

A tarde já vinha caindo e eu descobri que estava
muito mais longe de Cerro Azul do que eu achava.
O tiozão que me deu informação disse que Cerro
estava a 70 km de distância, que o caminho era
passando por Socavão e depois uma outra currutela.
Mas, eu já tinha rodado umas duas horas e meia,
mais de 50 quilômetros, e ao chegar na segunda
currutela, me disseram que teria mais 67 km pra
chegar em Cerro, o jeito foi apertar o pé pra
não escurecer na estrada, hora de terra, hora de
pedra, hora de saibro, liso igual quiabo.

Seguindo em frente, encontrei um pequeno povoado
que mais se parecia aquelas casinhas enfiadas
na mata do filme do Bradock. Pela igrejinha
abaixo dá pra se ter uma idéia do que eu estou falando.

[Imagem: socavao1.jpg]

Se a vida naquele recanto de mundo é difícil,
a paisagem compensa. O estilo de vida sossegado
também não deve incomodar aquele povo. A bolsa
caiu? Mercado financeiro? Pô dotô, nóis aqui
não se interessa por isso não. Por falar em
paisagem, quem não gostaria de ter alguns
palmos de terra num recanto desse...

[Imagem: IMG_0748.jpg]

Um pouco mais à frente, encontrei a senhora
vaca que ficou viúva do boi que o Edinho Zoológico
matou na sua colisão durante o Iron Butt de 2007.
Olhem a cara de tristeza do bicho, a cabeça baixa,
o olhar perdido, orelhas penduradas... lamentável... rs

[Imagem: IMG_0740.jpg]

E essa é a cunhada, também desconsoada da vida a coitada...

[Imagem: IMG_0744.jpg]

E segui cortando a floresta, vez e outra recortada
por alguma propriedade rural e belas, muito belas
paisagens.

[Imagem: IMG_0739.jpg]

Bom, ai chegou o crepúsculo e eu ainda estava a mais
de 40 quilômetros de Cerro Azul. Pra atrasar um
pouco mais, em uma baixada com uma ponte, eu
em velocidade incompatível, acabei comprando um
pedaço da estrada, recordações da sahara ficaram
no local pra marcar território. Bom, rodando novamente
cheguei finalmente a Cerro Azul, também um vilarejo
dos mais simples do mundo... pensa num lugar parado,
mais parado que água de poço. Alguém pra morrer de
susto naquele lugar deve levar uns três dias...rs

[Imagem: CerroAzul.jpg]

Com o relógio do painel da moto marcando mais de
20:30hs, me informo e ainda tenho que rodar quase
40 km de pedra pra chegar em Tunas do Paraná, e então
pegar para Adrianópolis, uma cidadezinha com mais de
um mercado... O percurso de Cerro até Tunas não fui
muito agradável. Estava cansado, ombro e perna doloridos,
o polegar da mão direita incomodava bastante. Para
completar, a estadinha era estreita, com pedras enormes
que a todo momento tiravam a moto da trajetória, sem
contar as pedradas na canela. Alcancei um caminhão
que me deu uma canseira danada pra me deixar ultrapassá-lo.
Comi tanta poeira que acho que poderia abrir uma olaria...rs

Enfim, após quase 200 km de muita poeira e buracos,
asfalto. E que asfalto. A rodovia de Tunas para Adrianópolis
é simplesmente maravilhosa, irretocável, agradabilíssima.
Aproveitei a excelente sinalização e condições da pista
para radicalizar nas centenas de curvas dos mais de
60 quilômetros até chegar em Adrianópolis.

Quando cheguei em Adrianópolis, não tinha muito o que fazer,
a cidadezinha me pareceu meio morta, sem graça. Resolvi
me informar e tocar até Apiaí. E o fiz, bhãn, bastou sair
do Paraná e entrar em São Paulo que a qualidade do asfalto
caiu drasticamente. A estrada continuava divertida,
mas o pavimento impedia uma pilotagem mais agressiva.
De consolo, uma enorme e maravilhosa lua cheia, amarela,
insistia em ficar na frente da minha bolha, entre meus dois
retrovisores. Tão maravilhosa era a lua que volta e meia
passava a ser perigosa, pois seu encanto me fazia
esquecer da pista sinuosa, por duas vezes andei comendo
faixa da mão contraria por ficar contemplando
demasiadamente o encanto que a luva me proporcionava.
Até parei para tirar uma foto, mas não ficou boa.

Quando cheguei a Apiaí já eram 23:00hs. Fiquei
decepcionado ao descobrir que tinha que rodar mais
40 km de terra até Iporanga e mais 72 pra chegar a
Eldorado, programação inicial. Resolvi então pernoitar.
Sem ter uma pousada ou hotelzinho com garagem, pentelhei
o recepcionista até ele me deixar guardar a moto
no hall de entrada do hotel, está ai a prova...

[Imagem: IMG_0757.jpg]

Comi um sandubão, tomei uma Skol gelada e dormi igual
uma "preda". Mas falei tanto, tanto, mas tanto na orelha
do celular no dia seguinte quanto ele me despertou que
não sei como ele não se divorciou de mim... O café da
manhã foi derrubadinho, leite, bolachas e suco de laranja.
Botei mais 5 litros de gasosa na moto, ajustei a folga
da corrente novamente, não lubrifiquei, e peguei o trecho.
Em Apiaí não achei uma igreja legal, então fotografei
essa rotatória ai, na saída para Ribeira.

[Imagem: IMG_0758.jpg]

E lá vamos nós rodar novamente. Novamente estradinha de
terra e algumas lindas paisagens pela frente.

[Imagem: IMG_0784.jpg]

Logo mais à frente, finalmente os primeiros indícios
de que estava chegando em um de meus objetivos, visitar
as cavernas locais do parque local.

[Imagem: cavernas83.jpg]

[Imagem: IMG_0759.jpg]


Já dentro do Parque Estadual Petar, meu primeiro contato
foi com o Vale do Betary. Esse vale se formou a cerca
de 225 a 50 milhões de anos, quando as placas tectônicas
se movimentavam devido a atividade vulcânica, formando
inclusive a Serra do Mar. A região conta com mais de 60
cavernas, sendo um dos maiores sítios cársticos do Brasil.

[Imagem: IMG_0760.jpg]

[Imagem: IMG_0762.jpg]

Proximo ao Vale do Betary tem uma estradinha maravilhosa,
tendo uma escarpa recheada de flores a direita e o vale
a esquerda. A dúvida cruel são várias. Para um bom leonino
como eu que quer tudo, as vezes acaba ficando sem nada...
O que fazer, o que não fazer, acelerar e curtir a estradinha???
Andar devagarinho e imitar o tarado da serra (Mo@cyr) pra ficar vendo
as florzinhas??? Ou colar os olhos a esquerda e ficar
contemplando o Vale do Betary? Nenhuma delas, vamos fazer
as três ao mesmo tempo, resultado, o flexível do freio
dianteiro me estoura em uma curva e dou o maior susto
em um matuto local que calmamente preparava uma cana
para chupar, sentadinho em um banco...

[Imagem: IMG_0764.jpg]

[Imagem: IMG_0769.jpg]

Oriundo de informações que tirei de uma curta amizade que
fiz em Apiaí enquanto lanchava na porta do hotelzinho,
descobri que o núcleo Santana dentro do Parque Petar
é o ó-do-boró-bodó... circuito de lindas cavernas
e demais atrativos naturais. Me interessei por conhecer,
mas não deu. Tem que ser monitorado por um guia, que
custa R$ 80,00 a diária, fato que não me apeteceu...
Tirei uma foto da entrada do núcleo e fui embora.
Ficou a esperança de voltar com mais 7 amigos para fazer
a visita, pois o guia leva até oito pessoas.

[Imagem: IMG_0782.jpg]

E finalmente, eis que estou em Iporanga. Tento meu celular
e nada de sinal no local. Me informo sobre como chegar
na Caverna do Diabo. Me disseram que a estrada estava
em reformas, fiquei meio preocupado. Que nada...
Caros leitores, não morram sem fazer o percurso entre
Iporanga e Eldorado. São 70 quilômetros de uma ma-ra-vi-lho-sa
rodovia na margem direita do Rio Ribeira, de paisagem
irretocável. Aqui um registro de que estive em Iporanga.

[Imagem: Iporanga.jpg]

A estrada é sinuosa, mas como segue o rio, todas as
curvas são suaves. O relevo é dobrado, montanhoso,
mas como a estrada segue o rio, não tem sobe e desce...
Volta e meia, entre a estradinha e o rio, aparecem
plantações de banana, brindando os viajantes com o
gostoso cheirinho de bananas, bananas, bananas, me
fazendo recordar dos tempos de criança de quando
eu vivia no interior de Mato Grosso.
O lugar é turístico, tem várias pousadas na região,
então vale a pena ir conhecer, podem ir sem pestanejar.

[Imagem: IMG_0786.jpg]

Oba, meio dia, um sol maravilhoso. Eu e minha sahara
estamos a 5 km de um dos lugares mais famosos do local.

[Imagem: IMG_0787.jpg]

Saindo da rodovia que margeia o rio Ribeira, basta
subir cinco quilômetros por uma estradinha paradisíaca
para se chegar no núcleo Caverna do Diabo.

[Imagem: diabo91.jpg]

Após pagar R$ 8,00 e esperar uma hora e meia, pois
as visitações são monitoradas e de número restrito
de pessoas, lá estou eu de câmera na mão, louco para
relembrar os meus tempos de segundo grau, quando
eu fazia parte de um grupo que explorava cavernas,
lá no Mato Grosso... quanta diferença...

...Por mais que se fotografe bem, por mais que se
pegue o melhor ângulo, nenhuma foto é capaz de retratar
fielmente a beleza do lugar... só indo conhecer pra
se ter a real noção do quanto é lindo e gigantesco...


Essa é uma estalagmite de 7 metros de altura e
7 milhões de anos, se entendi bem o que o guia disse.

[Imagem: Martinez-CavernadoDiabo.jpg]

E seguem mais algums fotos da caverna que tem 7 quilômetros
de extensão, mas só 600 metros é aberto para visitação ao público.

[Imagem: MartinezCavernadoDiabo.jpg]

[Imagem: diabo0845.jpg]

[Imagem: diabo19.jpg]

[Imagem: diabo28.jpg]

[Imagem: diabo817.jpg]

[Imagem: diabo820.jpg]

[Imagem: diabo821.jpg]

[Imagem: diabo837.jpg]

Feliz da vida com o passeio, voltei para a estrada para
percorrer os 40 km que faltavam para chegar a Eldorado.
Descansei, abasteci, liguei pro Marião em Ilha Comprida,
fotografei e desci sentido Jacupiranga.

[Imagem: Eldorado1.jpg]

[Imagem: Eldorado.jpg]

Em Jacupiranga, parei só o suficiente para essa foto
e para fazer amizade com duas simpáticas mocinhas que
estavam na pracinha. "...Boa praia gatinho...", foi a
saldação de uma delas quando me despedi...UUUUUUUUUUi...rs

[Imagem: jacupiranga.jpg]

De Jacupiranga eu peguei para Pariquera-açu, preocupado
porque não conhecia a estrada e achava que era serra,
e eu sem freio dianteiro, difícil que só para conduzir a moto.
Me enganei, nada de serra, estrada muito gostosa por sinal.
Em Pariquera-açú mais uma foto para registrar a presença
no local.

[Imagem: Paraque-acu.jpg]

Depois de Pariquera-açu, lá estava eu em Iguape, procurando
a tal ponte que me levaria à Ilha Comprida. Nenhum lazarento
me disse que eram duas pontes, eu achava que era só uma.
Estou eu lá procurando placa para Av. Cambuí e nada.
Então descubro que ainda estou em Iguape; então, aproveitei
para fotografar....

[Imagem: Iguape5.jpg]

[Imagem: Iguape4.jpg]

[Imagem: Iguape6.jpg]

E finalmente, depois de passar nos quatro lados do quarteirão
da casa do Marión mamute de Porto Feliz, cheguei no reduto
dos maníacos que já estavam todos meio 13 de tantas
ampolas de Skol que já tinham tomado. A Simone, coelho de
araque, eu percebi que além das ampolas de Skol tinha
também sempre um copão de conhaque do lado, ai zizuis...

Troquei figurinha com os amigos, abraços e beijos,
uma refrescada a base de cevada, devorei dois pedaços
de bife, proziei mais um pouco, as 22:00hs resolvemos descer pra
feirinha, o Justiceiro e eu. Demos uma volta por lá,
compramos uma batida de 1 litro, tomamos enquanto batemos
uma longa conversa. Já eram quase 3 da manhã quando
convidei ele pra fotografar na praia e lá fomos nós
brincar com as motos na areia, e não é que as fotos
ficaram legais...

[Imagem: IMG_0868.jpg]

[Imagem: IMG_0869.jpg]

[Imagem: IMG_0870.jpg]

[Imagem: IMG_0872.jpg]


Esse ai não toma jeito mesmo...

[Imagem: IMG_0874.jpg]

Voltamos pra casa do marión, onde proziamos mais um pouco
e resolvemos ir dormir lá pelas 4 da madruga. Descobri
que o tio Pedrão-RC estava desmatando um pedaço da
Mata Atlântica que não sei como foi parar dentro da
barraca dele... cruz credo, como que a estagiária
consegue dormir do lado daquele bugio...rs
Aquilo não é um ronco, é uma poluição sonora sem precedentes...rs

Acordei as 7 e meia do domingo. O tempo estava fechado.
Tomamos café da manhã, fizemos uma gambitech no meu
freio dianteiro e fomos rodar na praia, sentido Cananéia.

[Imagem: IMG_0891pretoebranco.jpg]

[Imagem: IMG_0898edge.jpg]

[Imagem: IMG_0900pb.jpg]

[Imagem: IMG_0894sepia.jpg]

[Imagem: MVI_08971.jpg]

[Imagem: MVI_0897a.jpg]

Os maníacos Edinho Zoológico, Broxado e Evandro
seguiram mais alguns quilômetros para chegar em
Cananéia, Justiceiro e Eu voltamos pela mesma
praia sentido Ilha Comprida. Entrei por várias
vezes com a moto no mar, só parei quando ela
me avisou que não aguentava mais.... puf...
um tranquinho pra pegar, rodamos até chegar
na Ilha e resolvi então entrar no mar sem a moto.

Pulamos umas ondinhas, ooooo águinha suja sô...
e voltamos pra casa do tio Marion, um almoço
em família, uma volta da motoca do Edgard,
um sarro com a sahara ônibus do Justiceiro,
proza ouvindo os "cunvercê" do Bob e as risadas
do Marião... sem falar na mulher enganchada
no gancho da rede, vou te contar em Anna...
uma hora e meia tentando fazer minha moto pegar,
e finalmente chegou a hora das despedidas.
Marião meu querido, obrigado pelos momentos
de alegria e descontração proporcionados.

A volta foi terrível, muita, mas muita chuva
na BR 116, caminhões, visibilidade complicada,
velocidade alta, eu sem poder usar bem o freio
dianteiro... mas tudo transcorreu bem.
No Anel Viário Mario Covas me desgarrei do
Bob e da Simone e toquei sozinho para pegar
a Bandeirantes. Ainda tive um probleminha
em Campinas. Meu pinhão quebrou um dente,
imagino, deve ter incavalado... imagino...
e literalmente moeu o pinhão. Por sorte
não quebrou a corrente, nem se quer os roletes.
passei a rodar a 40 km/h e resolvi abortar
a viagem de retorno pra Jaboticabal ainda
a 300 km de distância. Dormi, comprei outro
pinhão na segunda-feira cedo e acabei de chegar.

Experiências:
-Primeira vez que fiz um longo percurso no fora da estrada,
foram mais de 200 quilômetros de puro desbravamento
-Conhecer a Caverna do Diabo, local único
-Rodar na praia e entrar no mar com a moto, loucura misturado com poder
-Ver uma baleia morta na areia e a natureza se encarregando da limpeza
-Ter um pinhão quebrado no meio da madrugada e longe de casa
-Tomar um capote em pista de saibro e sair ileso, graças a Deus

Estatísticas:
2.119 km rodados
R$ 241,49 em gasolina (96,5 litros)
R$ 14,20 de pedágios
R$ 8,00 para entrar na Caverna do Diabo
R$ 25,00 por um pernoite em Apiaí

A aventura, essa não tem preço...
A qualquer hora, neste mesmo bat-canal,
mais uma peripécia deste que vos escreve.

Bons ventos a todos.
Martinez.
SaharaMANÍACOS, prazer em viajar.
Moto não tem idade, tem dono. Honda NX 350 Sahara/99
Não basta ter sahara, tem que ser maníaco!!!
[Imagem: cachoeiracopy.jpg]
Responder
#2
Confusedhock:
Citação:2.119 km rodados

Confusedhock:

Eu comecei a leitura achando que fosse um passeiozinho... :twisted:

Parabéns Martina! As fotos estão ótimas e o relato ...
eu vou ler tudo ainda.. rss...
Mas o que li até agora me agradou muito.

Show!

Abç
Responder
#3
Caraca, tu escreve hein!!!

Show o relato... agora fiquei com vontade de fazer igual... tô sempre p0or essas bandas aí de baixo, mas quase sempre cde coxinha!! Espero conseguir uns dias pra fazer um trajeto parecido com esse. Mas não vou conseguir fazer um relato assim não... sou ruim com as palavras.



Tio, aprendi com o Edinho. Compre um mapa nacional com espiral... aí tu marca onde já passou com a Sassá e não fica perdido assim como ficou na aventura... num depende de ninguém te explicando os caminhos. Tô com o meu... gostei da idéia...



Abraçoooooooooooooooooooooooooooo!!! Wink
[Imagem: ZX2wgtg.jpg][Imagem: RSyQlcl.jpg] [Imagem: 36JJt6z.jpg] [Imagem: cehfaUi.jpg]
Responder
#4
Eta cabra aventureiro!!

Parabens pelo paseiozinho.. 2 mil kms rsrsrs

O Paraná é fantatico! Conheço varias cidades lá. Tenho uns primos em Maringa. Cidade adoravel. E a cidade de nome California, achei ironico quando passei lá uma vez vindo de Curitiba prá Maringá.


É o nosso Brasilzão..


abraço
Responder
#5
Martinez Escreveu:-Ter um pinhão quebrado no meio da madrugada e longe de casa

Pinhão quebrado?...como consegue essas façanhas garoto?
Parabéns pelo passeio... em janeiro vou me aventurar por essas estradas da região... ou sentido Paraná ou Mato Grosso.

Abração,
Rá-1000-ton
=================================================================
Responder
#6
Smile
Martina:
Belo passeio, viajei com o relato, viajei denovo, rememorando
passagens por alguns desses lugares.

Olhando meu avatar, dá para ter uma ideia de como era a estrada,
ora maravilhosa, entre Eldorado e a Caverna do Diabo, cujo acesso
era uma pirambeira de terra solta molhada. E eu de moto street.

Porque a fixação em igrejas? Lembrei de também ter fotografado
esta igreja de Maringá. As fotos ficaram bonitas,imponentes.

A foto que mais gostei, parece-se com as que tiro viajando,
foi a da árvore à beira da estrada, na qual está a moto,
e a estrada levando ao infinito. Linda!

VC passou em Tunas, sem saber que lá há um parque, era estadual,
com 3 cavernas muito interessantes. Desci de Apiaí para Curitiba por
essa estrada, que era toda de terra, em Dez 92, quando fiz um
roteiro por diversas cavernas. Um roteiro cavernoso. Tongue

Deve ser um trajeto bem interessante para fazer mais devagar.

Marião:Desde que surgiu esse Guia de Estradas com espiral
que levo um na viagem, aberto na página do trajeto que estou
fazendo, dentro do meu casaco ou à mão. Mais do que útil.
Melhor que só o GPS porque se tem visão do conjunto e opções.
Motociclismo é uma doença crônica,contagiosa e incurável!.
[Imagem: Diversos2011279.jpg]
Responder
#7
Hamilton Escreveu:
Martinez Escreveu:-Ter um pinhão quebrado no meio da madrugada e longe de casa

Pinhão quebrado?...como consegue essas façanhas garoto?,
Não sei meu querido.
Ajustei a folga da corrente em Apiaí.
Rodei 200 km pra chegar em Ilha Comprida.
Depois rodei mais uns 50 km na areia da praia, sentido Cananéia.
Na hora de ir embora, fiz questão de olhar atentamente a relação,
até o Bob me ajudou, levantando a roda. O Paulinho girou o pneu
para que eu pudesse passar a graxa.
Passei graxa generosamente, como venho fazendo sempre.
No meio da Regis, depois de andar 120 km, voltei a ajustar a corrente,
ou seja, estava pedidno ajustes a cada 320 km aproximadamente.

Mas, cerca de 150 km adiante, na altura de Campinas, senti a moto
dar uma "prendida". Como estava chegando em um pedágio,
fui reduzindo, reduzindo, passei pelo pedágio e percebi que tinha
algo errado, quando apertei a embreagem a moto parou rapidamente.
A corrente estava esticada no máximo. Cutuquei ela com o pé e nem
se mexeu... fui botar a mão nela e o que consegui foi uma queimada
no dedo, de tão quente que estava. Fiquei sem entender o que tinha
acontecido, pois eu tinha ajustado a folga anteriormente mas tinha
certeza de que tinha deixado os 30 mm recomendados.

Daí vi que o pinhão estava completamente deformado.
Não sei exatamente o que aconteceu, mas alguns dentes
estavam quebrados e a corrente não mais encaixava adequadamente,
ficava encavalando sobre o que restou, deixando a corrente mais tensionada.

Folguei um pouco, deu pra rodar, mas se forçasse um pouco pulava tudo.
Levei uma hora e meia pra ir de Campinas a Limeira, onde pernoitei.
Estava tão preocupado no outro dia cedo, pois tinha compromisso
na UNESP as 8:00hs que nem me lembrei de pedir o pinhão velho
para fotografar. Quando consegui achar uma loja aberta e trocar,
montei na moto e sai voando... Big Grin

Hamilton Escreveu:Parabéns pelo passeio... em janeiro vou me aventurar por
essas estradas da região... ou sentido Paraná ou Mato Grosso.

Abração,

Meu querido, se em janeiro eu não for pro Peru, podemos rodar juntos,
o destino não importa...
SaharaMANÍACOS, prazer em viajar.
Moto não tem idade, tem dono. Honda NX 350 Sahara/99
Não basta ter sahara, tem que ser maníaco!!!
[Imagem: cachoeiracopy.jpg]
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#8
:roll: :roll: :roll: Martinez vc gosta mesmo de se aventurar!!!
Conheço quase tds as cidades por qual vc passou Cerro Azul,
Maringá, eu vou até mais Ubiratan, Sta Terezinha, Araucaria,
São Mateus do Sul, conheço bem o Paraná. Sou ex-atleta e fui
guia de turismo por 10 anos, amo Paraná.
Meus parabéns por essa aventura maravilhosa, bjs. Big Grin Big Grin Big Grin
 Quanto mais conheço o ser humano, mais amo minhas cachorras!!
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#9
Martinez Escreveu:Meu querido, se em janeiro eu não for pro Peru, podemos rodar juntos, o destino não importa...

E quando vem me visitar?... Na semana passada passei em Jaboticabal, indo para Ribeirão Preto. Tinha até intensão de parar mas foi numa correria de dar gosto... saí de Araçatuba as 5 da matina para chegar em Ribeirão para uma reunião as 9h. Achei que fosse conseguir sair logo após o almoço mas me enrolei e acabei saindo tarde de lá e ainda tinha que assinar uns papeis na escola.
Mas não estamos tão longe assim...hehe

Abraços,
Rá.
Rá-1000-ton
=================================================================
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#10
iacimar Escreveu:Smile
Martina:
Belo passeio, viajei com o relato, viajei denovo, rememorando
passagens por alguns desses lugares..
E tem algum lugar que tu não passou minha querida Iaci???? Big Grin

iacimar Escreveu:Olhando meu avatar, dá para ter uma ideia de como era a estrada,
entre Eldorado e a Caverna do Diabo, cujo acesso
era uma pirambeira de terra solta molhada...
Hoje ela está asfaltada. Tem um trecho de uns 40 km
que está uma lindesa, asfalto novinho. O restante
ainda está sendo reformado, mas continua bom.

iacimar Escreveu:Porque a fixação em igrejas?
Eu tenho uma teoria que diz o seguinte:

Quando estiver viajando e chegar em uma cidadezinha,
ou uma currutela, onde nada apetece as lentes de sua câmera,
procure pela Igreja Matriz, pois seguramente será o
melhor registro que fará do local.

Normalmente a Igreja é o lugar mais bem cuidado da cidade,
mais limpo, mais visitado, portanto, dificilmente se
perde tempo procurando um lugar legal em uma cidade
desconhecida para guardar de recordação, basta ir direto na igreja matriz.

iacimar Escreveu:A foto que mais gostei, parece-se com as que tiro viajando,
foi a da árvore à beira da estrada, na qual está a moto,
e a estrada levando ao infinito. Linda!.

Acho que é essa né? Sim, quando vi a árvore, mentalizei a foto antes mesmo de fazer o click. Big Grin
[Imagem: IMG_0731.jpg]

iacimar Escreveu:você passou em Tunas, sem saber que lá há um parque, com
diversas cavernas. Um roteiro cavernoso. Tongue
Deve ser um trajeto bem interessante para fazer mais devagar.
Sim, comentamos isso na Ilha, eu, o Justi, o Edinho, broxado e companhia.
Como hoje não é mais permitida a visitação sem ser monitorada por
um guia local, fica praticamente inviável a visitação sozinho.
Um guia cobra R$ 80,00 por uma diária, independente se estiver
guiando uma ou oito pessoas. Pretendemos voltar no Parque Petar sim.

Obrigado pela contribuição ao meu relato de viajem. Big Grin

Bjão.
SaharaMANÍACOS, prazer em viajar.
Moto não tem idade, tem dono. Honda NX 350 Sahara/99
Não basta ter sahara, tem que ser maníaco!!!
[Imagem: cachoeiracopy.jpg]
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