Em busca de aventura pelo interior do Paraná e São Paulo - Versão para Impressão +- Sahara Maniacos (http://www.saharamaniacos.com.br/forumn) +-- Fórum: MOTO GRUPO SAHARA MANÍACOS DO BRASIL (http://www.saharamaniacos.com.br/forumn/forumdisplay.php?fid=6) +--- Fórum: Diário dos Maníacos (as) aventureiros (as) (http://www.saharamaniacos.com.br/forumn/forumdisplay.php?fid=20) +--- Tópico: Em busca de aventura pelo interior do Paraná e São Paulo (/showthread.php?tid=2052) |
Em busca de aventura pelo interior do Paraná e São Paulo - Martinez - 18-11-2008 Após passar uma semana estudando um roteiro de terra para ir de Jaboticabal até Ilha comprida, no litoral Sul de São Paulo, com saída prevista para as 5:00 hs da matina da sexta, 14 de novembro, uma ligação as 15:30 hs da quinta-feira iria jogar por terra toda a programação feita nos mínimos detalhes. A programação era rodar pelo menos uns 200 km de terra, objetivando fazer escolinha para encarar os 850 km de terra entre Assis no Brasil e Cuzco no Pero, caso realmente essa aventura se realize no mês de janeiro de 2009. Bom, joguei fora a programação e arrumei as tralhas na correria, pois tinha que rodar 500 km para chegar por volta de 23:00hs em Maringá, Paraná. As 17:30 hs lá estava eu de motoca preparada e botamos as catracas pra girar. Chuva, como chovia. Chovia de cima, chovia de lado, chovia fora e dentro da minha calça zebra... na correria para sair no horário e não me atrasar, esqueci de pegar as botinhas impermeáveis. Ai descobri que a minha bota era impermeável e eu não sabia... toda a água que entrava não saia nem a pau...rs. Debaixo de uma tromba d'água de pingos que doiam no braço, passei por Taguatinga, Itápolis, Borborema, e tome chuva...em cafelândia uma tal de H2O molhou a buzanfa e eu comecei a ficar incomodado...passei por Marília, chuva, e em Assis, parei para abastecer, ajustar e lubrificar a corrente. De tanque cheio e já de nadegas enrrugadas (imagino...) toquei por uma rodovia em reformas, trajeto "orriver" Para ajudar, o kbçudo do frentista do posto onde abasteci me disse que não era pra Tarumã e depois Sertanópolis, que teria de ir para Maracal e depois Porecatú... te juro que ser fosse mais perto eu iria voltar lá pra tatuar o mapa de São Paulo na mão dele... Bom, rodei uns 80 km a mais, passei pela tal Maracal errei a entrada para Porecatu, mas por sorte foi só uns 500 metros, onde um posto policial me salvou a vida. Passando por Jaguapitã e cerca de 480 km já distante de Jatoticabal.... parou de chover. Abriu uma lua linda, linda mesmo, nem parecia que a 15 minutos eu estava debaixo de um chuveiro a duzentos... Só então pude fazer o meu primeiro registro da viagem molhada, eita chuva molhada!! Finalmente, Maringá, cidade onde eu nunca tinha estado antes. Linda cidade, muito bem cuidada, avenidas largas, muito bem iluminadas e sinalizadas. O centro é muito show, e a catedral é maravilhosa. Aqui um registro feito ainda na quinta-feira a noite. Fiz o meu social com os alunos da pós-graduação da UEM (Universidade Estadual de Maringá) e no outro dia cedo, fiz mais um turismo por Maringá, tirei novas fotos da Igreja, agora durante o dia... E, finalmente, começou a minha aventura. Fiz um roteinho muito superficial tentando traçar uma rota entre Maringá e Ilha Comprida, tentando rodar por terra. Descobri que entre Castro e Eldorado tinha terra, então era por ali que o aventureiro aqui iria pilotar sua sahara. Saí da linda Maringá (pretendo voltar pra conhecer com calma), Sarandi, Marialva, Mandaguarí, Jandaia do Sul, Cambira e finalmente uma cidadezinha legal, Apucarana. Não resisti e fotografei um ponto de ônibus de Apucarana, achei a idéia muito show, muito inteligente. Se vocês não sabem, Apucarana fica no interior do Paraná mas te leva para Califórnia...rs, está ai a prova... Olhando no mapa depois, descobri que perto de Santa Fé tem uma outra cidade no estado do Paraná que se chama Flórida... seria o Paraná um Estados Unidos disfarçado????? Será que estamas sofrendo uma invasão ianque???? Perto de Maringá tem uma cidadezinha chamada Ourizona... kct de agulha, vai ser estranho assim lá no Paraná sô. Passei por Marilândia do Sul e comecei a ficar de pilha com os pedágios para moto no Paraná. Ninguém merece, rodar 80 km e pagar R$ 3,40 de pedágio...Cheguei a Mauá da Serra e a coisa começou a ficar interessante. Sai de rodovias mais largas, terrenos mais planos, muita plantação de soja, para entrar em estradinhas mais estreitas e relevo mais dobrado. Após alguns quilômetros muito agradáveis, cheguei a Ortiqueira onde resolvi fazer mais um clique. Parei, fotografei e mandei um torpedo para o Valdeir solicitando o telefone do Rodrigues I. Domingues de Telêmaco Borba. Ele demorou pra responder e eu peguei o trecho pra Telêmaco. Na entrada pra cidade, como meu destino era Castro, parei, olhei o celular e nada de resposta. Resolvi tocar pra Telêmaco e tentar descobrir alguma coisa... ... saharento que se preza leva sua sahara pelo menos uma vez na vida em uma autorizada honda, então, bastava eu ir a uma e me recorrer ao cadastro do infeliz... Entrei na marginal de Telêmaco, hum??? rs... Fui ao centro, achei a Honda. Conversei com o atendente. Quinze minutos depois (liga computador, abre o windows, abre o programa, procura por Rogério... até que encontra). Celular, bato um fio e uma mulher atende... "Boa tarde senhora, esse número é de Rogério?..." NÃO... tu-tu-tu... "... obrigadu moçu, muitu agradicidu viu...!!! Dr. Rogério I. Domingues, estive na sua cidade, foi sem avisar, nem eu sabia que ia passar ai, mas aqui está o registro que eu sei onde tu se esconde. Abasteci a moto em Telêmaco e peguei pra Tibagi. Estradinha muito divertida, e uma linda Igreja em Tibagi. Depois de Tibagi tem o parque estadual do Guartelá e um tal Canyon do Gartelá que eu fiquei curioso em conhecer. Mas não deu, pois se fosse explorar o parque furaria o meu esquema de dormir em Eldorado. Tirei foto no Portal e toquei em frente. E cheguei em Castro. Linda cidadezinha, gostei. Tem um centro histórico muito limpinho e muito bem cuidado. E uma linda igreja também... Ai acabou a brincadeira. Daqui pra frente vinha a diversão de gente grande. Fui tirar impressões dos moradores locais de como chegar em Cerro Azul. Depois de bater papo com pelo menos umas cinco pessoas e não conseguir informação de valor, fui tentar comprar um mapa e nada. Então, finalmente encontrei um senhor que conhecia a região. De cara tentou me fazer desistir, que era longe, muitas estradas, que eu iria me perder... blá blá blá... fui convencendo ele até que me deu algumas dicas suficientes para que eu conseguisse chegar a Cerro Azul. Saí então em busca de uma estradinha que estava sendo arrumada pelo exército e a encontrei. Depois, o desafio era encontrar um vilarejo de nome pouco comum, Socavão, também achei. Tal vilarejo te recebe com um belo de um cemitério na entrada da currutela... passei sem dar bola nem pelota...rs Seguindo em frente agora o desafio era não se perder em meio as inúmeras bifurcações e ramificações da estradinha de pedra. Segui sempre pela mais batida e quando não tinha o que fazer, seguia sempre pra esquerda. Em alguns trechos a estradinha melhorava um pouco e ficava assim... Os únicos seres viventes nas imediações eram esses de quatro patas. E a moto já estava passando de roxa para amarela... A tarde já vinha caindo e eu descobri que estava muito mais longe de Cerro Azul do que eu achava. O tiozão que me deu informação disse que Cerro estava a 70 km de distância, que o caminho era passando por Socavão e depois uma outra currutela. Mas, eu já tinha rodado umas duas horas e meia, mais de 50 quilômetros, e ao chegar na segunda currutela, me disseram que teria mais 67 km pra chegar em Cerro, o jeito foi apertar o pé pra não escurecer na estrada, hora de terra, hora de pedra, hora de saibro, liso igual quiabo. Seguindo em frente, encontrei um pequeno povoado que mais se parecia aquelas casinhas enfiadas na mata do filme do Bradock. Pela igrejinha abaixo dá pra se ter uma idéia do que eu estou falando. Se a vida naquele recanto de mundo é difícil, a paisagem compensa. O estilo de vida sossegado também não deve incomodar aquele povo. A bolsa caiu? Mercado financeiro? Pô dotô, nóis aqui não se interessa por isso não. Por falar em paisagem, quem não gostaria de ter alguns palmos de terra num recanto desse... Um pouco mais à frente, encontrei a senhora vaca que ficou viúva do boi que o Edinho Zoológico matou na sua colisão durante o Iron Butt de 2007. Olhem a cara de tristeza do bicho, a cabeça baixa, o olhar perdido, orelhas penduradas... lamentável... rs E essa é a cunhada, também desconsoada da vida a coitada... E segui cortando a floresta, vez e outra recortada por alguma propriedade rural e belas, muito belas paisagens. Bom, ai chegou o crepúsculo e eu ainda estava a mais de 40 quilômetros de Cerro Azul. Pra atrasar um pouco mais, em uma baixada com uma ponte, eu em velocidade incompatível, acabei comprando um pedaço da estrada, recordações da sahara ficaram no local pra marcar território. Bom, rodando novamente cheguei finalmente a Cerro Azul, também um vilarejo dos mais simples do mundo... pensa num lugar parado, mais parado que água de poço. Alguém pra morrer de susto naquele lugar deve levar uns três dias...rs Com o relógio do painel da moto marcando mais de 20:30hs, me informo e ainda tenho que rodar quase 40 km de pedra pra chegar em Tunas do Paraná, e então pegar para Adrianópolis, uma cidadezinha com mais de um mercado... O percurso de Cerro até Tunas não fui muito agradável. Estava cansado, ombro e perna doloridos, o polegar da mão direita incomodava bastante. Para completar, a estadinha era estreita, com pedras enormes que a todo momento tiravam a moto da trajetória, sem contar as pedradas na canela. Alcancei um caminhão que me deu uma canseira danada pra me deixar ultrapassá-lo. Comi tanta poeira que acho que poderia abrir uma olaria...rs Enfim, após quase 200 km de muita poeira e buracos, asfalto. E que asfalto. A rodovia de Tunas para Adrianópolis é simplesmente maravilhosa, irretocável, agradabilíssima. Aproveitei a excelente sinalização e condições da pista para radicalizar nas centenas de curvas dos mais de 60 quilômetros até chegar em Adrianópolis. Quando cheguei em Adrianópolis, não tinha muito o que fazer, a cidadezinha me pareceu meio morta, sem graça. Resolvi me informar e tocar até Apiaí. E o fiz, bhãn, bastou sair do Paraná e entrar em São Paulo que a qualidade do asfalto caiu drasticamente. A estrada continuava divertida, mas o pavimento impedia uma pilotagem mais agressiva. De consolo, uma enorme e maravilhosa lua cheia, amarela, insistia em ficar na frente da minha bolha, entre meus dois retrovisores. Tão maravilhosa era a lua que volta e meia passava a ser perigosa, pois seu encanto me fazia esquecer da pista sinuosa, por duas vezes andei comendo faixa da mão contraria por ficar contemplando demasiadamente o encanto que a luva me proporcionava. Até parei para tirar uma foto, mas não ficou boa. Quando cheguei a Apiaí já eram 23:00hs. Fiquei decepcionado ao descobrir que tinha que rodar mais 40 km de terra até Iporanga e mais 72 pra chegar a Eldorado, programação inicial. Resolvi então pernoitar. Sem ter uma pousada ou hotelzinho com garagem, pentelhei o recepcionista até ele me deixar guardar a moto no hall de entrada do hotel, está ai a prova... Comi um sandubão, tomei uma Skol gelada e dormi igual uma "preda". Mas falei tanto, tanto, mas tanto na orelha do celular no dia seguinte quanto ele me despertou que não sei como ele não se divorciou de mim... O café da manhã foi derrubadinho, leite, bolachas e suco de laranja. Botei mais 5 litros de gasosa na moto, ajustei a folga da corrente novamente, não lubrifiquei, e peguei o trecho. Em Apiaí não achei uma igreja legal, então fotografei essa rotatória ai, na saída para Ribeira. E lá vamos nós rodar novamente. Novamente estradinha de terra e algumas lindas paisagens pela frente. Logo mais à frente, finalmente os primeiros indícios de que estava chegando em um de meus objetivos, visitar as cavernas locais do parque local. Já dentro do Parque Estadual Petar, meu primeiro contato foi com o Vale do Betary. Esse vale se formou a cerca de 225 a 50 milhões de anos, quando as placas tectônicas se movimentavam devido a atividade vulcânica, formando inclusive a Serra do Mar. A região conta com mais de 60 cavernas, sendo um dos maiores sítios cársticos do Brasil. Proximo ao Vale do Betary tem uma estradinha maravilhosa, tendo uma escarpa recheada de flores a direita e o vale a esquerda. A dúvida cruel são várias. Para um bom leonino como eu que quer tudo, as vezes acaba ficando sem nada... O que fazer, o que não fazer, acelerar e curtir a estradinha??? Andar devagarinho e imitar o tarado da serra (Mo@cyr) pra ficar vendo as florzinhas??? Ou colar os olhos a esquerda e ficar contemplando o Vale do Betary? Nenhuma delas, vamos fazer as três ao mesmo tempo, resultado, o flexível do freio dianteiro me estoura em uma curva e dou o maior susto em um matuto local que calmamente preparava uma cana para chupar, sentadinho em um banco... Oriundo de informações que tirei de uma curta amizade que fiz em Apiaí enquanto lanchava na porta do hotelzinho, descobri que o núcleo Santana dentro do Parque Petar é o ó-do-boró-bodó... circuito de lindas cavernas e demais atrativos naturais. Me interessei por conhecer, mas não deu. Tem que ser monitorado por um guia, que custa R$ 80,00 a diária, fato que não me apeteceu... Tirei uma foto da entrada do núcleo e fui embora. Ficou a esperança de voltar com mais 7 amigos para fazer a visita, pois o guia leva até oito pessoas. E finalmente, eis que estou em Iporanga. Tento meu celular e nada de sinal no local. Me informo sobre como chegar na Caverna do Diabo. Me disseram que a estrada estava em reformas, fiquei meio preocupado. Que nada... Caros leitores, não morram sem fazer o percurso entre Iporanga e Eldorado. São 70 quilômetros de uma ma-ra-vi-lho-sa rodovia na margem direita do Rio Ribeira, de paisagem irretocável. Aqui um registro de que estive em Iporanga. A estrada é sinuosa, mas como segue o rio, todas as curvas são suaves. O relevo é dobrado, montanhoso, mas como a estrada segue o rio, não tem sobe e desce... Volta e meia, entre a estradinha e o rio, aparecem plantações de banana, brindando os viajantes com o gostoso cheirinho de bananas, bananas, bananas, me fazendo recordar dos tempos de criança de quando eu vivia no interior de Mato Grosso. O lugar é turístico, tem várias pousadas na região, então vale a pena ir conhecer, podem ir sem pestanejar. Oba, meio dia, um sol maravilhoso. Eu e minha sahara estamos a 5 km de um dos lugares mais famosos do local. Saindo da rodovia que margeia o rio Ribeira, basta subir cinco quilômetros por uma estradinha paradisíaca para se chegar no núcleo Caverna do Diabo. Após pagar R$ 8,00 e esperar uma hora e meia, pois as visitações são monitoradas e de número restrito de pessoas, lá estou eu de câmera na mão, louco para relembrar os meus tempos de segundo grau, quando eu fazia parte de um grupo que explorava cavernas, lá no Mato Grosso... quanta diferença... ...Por mais que se fotografe bem, por mais que se pegue o melhor ângulo, nenhuma foto é capaz de retratar fielmente a beleza do lugar... só indo conhecer pra se ter a real noção do quanto é lindo e gigantesco... Essa é uma estalagmite de 7 metros de altura e 7 milhões de anos, se entendi bem o que o guia disse. E seguem mais algums fotos da caverna que tem 7 quilômetros de extensão, mas só 600 metros é aberto para visitação ao público. Feliz da vida com o passeio, voltei para a estrada para percorrer os 40 km que faltavam para chegar a Eldorado. Descansei, abasteci, liguei pro Marião em Ilha Comprida, fotografei e desci sentido Jacupiranga. Em Jacupiranga, parei só o suficiente para essa foto e para fazer amizade com duas simpáticas mocinhas que estavam na pracinha. "...Boa praia gatinho...", foi a saldação de uma delas quando me despedi...UUUUUUUUUUi...rs De Jacupiranga eu peguei para Pariquera-açu, preocupado porque não conhecia a estrada e achava que era serra, e eu sem freio dianteiro, difícil que só para conduzir a moto. Me enganei, nada de serra, estrada muito gostosa por sinal. Em Pariquera-açú mais uma foto para registrar a presença no local. Depois de Pariquera-açu, lá estava eu em Iguape, procurando a tal ponte que me levaria à Ilha Comprida. Nenhum lazarento me disse que eram duas pontes, eu achava que era só uma. Estou eu lá procurando placa para Av. Cambuí e nada. Então descubro que ainda estou em Iguape; então, aproveitei para fotografar.... E finalmente, depois de passar nos quatro lados do quarteirão da casa do Marión mamute de Porto Feliz, cheguei no reduto dos maníacos que já estavam todos meio 13 de tantas ampolas de Skol que já tinham tomado. A Simone, coelho de araque, eu percebi que além das ampolas de Skol tinha também sempre um copão de conhaque do lado, ai zizuis... Troquei figurinha com os amigos, abraços e beijos, uma refrescada a base de cevada, devorei dois pedaços de bife, proziei mais um pouco, as 22:00hs resolvemos descer pra feirinha, o Justiceiro e eu. Demos uma volta por lá, compramos uma batida de 1 litro, tomamos enquanto batemos uma longa conversa. Já eram quase 3 da manhã quando convidei ele pra fotografar na praia e lá fomos nós brincar com as motos na areia, e não é que as fotos ficaram legais... Esse ai não toma jeito mesmo... Voltamos pra casa do marión, onde proziamos mais um pouco e resolvemos ir dormir lá pelas 4 da madruga. Descobri que o tio Pedrão-RC estava desmatando um pedaço da Mata Atlântica que não sei como foi parar dentro da barraca dele... cruz credo, como que a estagiária consegue dormir do lado daquele bugio...rs Aquilo não é um ronco, é uma poluição sonora sem precedentes...rs Acordei as 7 e meia do domingo. O tempo estava fechado. Tomamos café da manhã, fizemos uma gambitech no meu freio dianteiro e fomos rodar na praia, sentido Cananéia. Os maníacos Edinho Zoológico, Broxado e Evandro seguiram mais alguns quilômetros para chegar em Cananéia, Justiceiro e Eu voltamos pela mesma praia sentido Ilha Comprida. Entrei por várias vezes com a moto no mar, só parei quando ela me avisou que não aguentava mais.... puf... um tranquinho pra pegar, rodamos até chegar na Ilha e resolvi então entrar no mar sem a moto. Pulamos umas ondinhas, ooooo águinha suja sô... e voltamos pra casa do tio Marion, um almoço em família, uma volta da motoca do Edgard, um sarro com a sahara ônibus do Justiceiro, proza ouvindo os "cunvercê" do Bob e as risadas do Marião... sem falar na mulher enganchada no gancho da rede, vou te contar em Anna... uma hora e meia tentando fazer minha moto pegar, e finalmente chegou a hora das despedidas. Marião meu querido, obrigado pelos momentos de alegria e descontração proporcionados. A volta foi terrível, muita, mas muita chuva na BR 116, caminhões, visibilidade complicada, velocidade alta, eu sem poder usar bem o freio dianteiro... mas tudo transcorreu bem. No Anel Viário Mario Covas me desgarrei do Bob e da Simone e toquei sozinho para pegar a Bandeirantes. Ainda tive um probleminha em Campinas. Meu pinhão quebrou um dente, imagino, deve ter incavalado... imagino... e literalmente moeu o pinhão. Por sorte não quebrou a corrente, nem se quer os roletes. passei a rodar a 40 km/h e resolvi abortar a viagem de retorno pra Jaboticabal ainda a 300 km de distância. Dormi, comprei outro pinhão na segunda-feira cedo e acabei de chegar. Experiências: -Primeira vez que fiz um longo percurso no fora da estrada, foram mais de 200 quilômetros de puro desbravamento -Conhecer a Caverna do Diabo, local único -Rodar na praia e entrar no mar com a moto, loucura misturado com poder -Ver uma baleia morta na areia e a natureza se encarregando da limpeza -Ter um pinhão quebrado no meio da madrugada e longe de casa -Tomar um capote em pista de saibro e sair ileso, graças a Deus Estatísticas: 2.119 km rodados R$ 241,49 em gasolina (96,5 litros) R$ 14,20 de pedágios R$ 8,00 para entrar na Caverna do Diabo R$ 25,00 por um pernoite em Apiaí A aventura, essa não tem preço... A qualquer hora, neste mesmo bat-canal, mais uma peripécia deste que vos escreve. Bons ventos a todos. Martinez. - JOE - 18-11-2008 hock: Citação:2.119 km rodados hock: Eu comecei a leitura achando que fosse um passeiozinho... :twisted: Parabéns Martina! As fotos estão ótimas e o relato ... eu vou ler tudo ainda.. rss... Mas o que li até agora me agradou muito. Show! Abç - Marião - 18-11-2008 Caraca, tu escreve hein!!! Show o relato... agora fiquei com vontade de fazer igual... tô sempre p0or essas bandas aí de baixo, mas quase sempre cde coxinha!! Espero conseguir uns dias pra fazer um trajeto parecido com esse. Mas não vou conseguir fazer um relato assim não... sou ruim com as palavras. Tio, aprendi com o Edinho. Compre um mapa nacional com espiral... aí tu marca onde já passou com a Sassá e não fica perdido assim como ficou na aventura... num depende de ninguém te explicando os caminhos. Tô com o meu... gostei da idéia... Abraçoooooooooooooooooooooooooooo!!! - LIMA, Antonio Costa - 18-11-2008 Eta cabra aventureiro!! Parabens pelo paseiozinho.. 2 mil kms rsrsrs O Paraná é fantatico! Conheço varias cidades lá. Tenho uns primos em Maringa. Cidade adoravel. E a cidade de nome California, achei ironico quando passei lá uma vez vindo de Curitiba prá Maringá. É o nosso Brasilzão.. abraço - Hamilton - 18-11-2008 Martinez Escreveu:-Ter um pinhão quebrado no meio da madrugada e longe de casa Pinhão quebrado?...como consegue essas façanhas garoto? Parabéns pelo passeio... em janeiro vou me aventurar por essas estradas da região... ou sentido Paraná ou Mato Grosso. Abração, - iacimar - 18-11-2008 Martina: Belo passeio, viajei com o relato, viajei denovo, rememorando passagens por alguns desses lugares. Olhando meu avatar, dá para ter uma ideia de como era a estrada, ora maravilhosa, entre Eldorado e a Caverna do Diabo, cujo acesso era uma pirambeira de terra solta molhada. E eu de moto street. Porque a fixação em igrejas? Lembrei de também ter fotografado esta igreja de Maringá. As fotos ficaram bonitas,imponentes. A foto que mais gostei, parece-se com as que tiro viajando, foi a da árvore à beira da estrada, na qual está a moto, e a estrada levando ao infinito. Linda! VC passou em Tunas, sem saber que lá há um parque, era estadual, com 3 cavernas muito interessantes. Desci de Apiaí para Curitiba por essa estrada, que era toda de terra, em Dez 92, quando fiz um roteiro por diversas cavernas. Um roteiro cavernoso. Deve ser um trajeto bem interessante para fazer mais devagar. Marião:Desde que surgiu esse Guia de Estradas com espiral que levo um na viagem, aberto na página do trajeto que estou fazendo, dentro do meu casaco ou à mão. Mais do que útil. Melhor que só o GPS porque se tem visão do conjunto e opções. - Martinez - 18-11-2008 Hamilton Escreveu:Não sei meu querido.Martinez Escreveu:-Ter um pinhão quebrado no meio da madrugada e longe de casa Ajustei a folga da corrente em Apiaí. Rodei 200 km pra chegar em Ilha Comprida. Depois rodei mais uns 50 km na areia da praia, sentido Cananéia. Na hora de ir embora, fiz questão de olhar atentamente a relação, até o Bob me ajudou, levantando a roda. O Paulinho girou o pneu para que eu pudesse passar a graxa. Passei graxa generosamente, como venho fazendo sempre. No meio da Regis, depois de andar 120 km, voltei a ajustar a corrente, ou seja, estava pedidno ajustes a cada 320 km aproximadamente. Mas, cerca de 150 km adiante, na altura de Campinas, senti a moto dar uma "prendida". Como estava chegando em um pedágio, fui reduzindo, reduzindo, passei pelo pedágio e percebi que tinha algo errado, quando apertei a embreagem a moto parou rapidamente. A corrente estava esticada no máximo. Cutuquei ela com o pé e nem se mexeu... fui botar a mão nela e o que consegui foi uma queimada no dedo, de tão quente que estava. Fiquei sem entender o que tinha acontecido, pois eu tinha ajustado a folga anteriormente mas tinha certeza de que tinha deixado os 30 mm recomendados. Daí vi que o pinhão estava completamente deformado. Não sei exatamente o que aconteceu, mas alguns dentes estavam quebrados e a corrente não mais encaixava adequadamente, ficava encavalando sobre o que restou, deixando a corrente mais tensionada. Folguei um pouco, deu pra rodar, mas se forçasse um pouco pulava tudo. Levei uma hora e meia pra ir de Campinas a Limeira, onde pernoitei. Estava tão preocupado no outro dia cedo, pois tinha compromisso na UNESP as 8:00hs que nem me lembrei de pedir o pinhão velho para fotografar. Quando consegui achar uma loja aberta e trocar, montei na moto e sai voando... Hamilton Escreveu:Parabéns pelo passeio... em janeiro vou me aventurar por Meu querido, se em janeiro eu não for pro Peru, podemos rodar juntos, o destino não importa... Oii!!!! - Juh Alice (IN MEMORIAN) - 18-11-2008 :roll: :roll: :roll: Martinez vc gosta mesmo de se aventurar!!! Conheço quase tds as cidades por qual vc passou Cerro Azul, Maringá, eu vou até mais Ubiratan, Sta Terezinha, Araucaria, São Mateus do Sul, conheço bem o Paraná. Sou ex-atleta e fui guia de turismo por 10 anos, amo Paraná. Meus parabéns por essa aventura maravilhosa, bjs. - Hamilton - 18-11-2008 Martinez Escreveu:Meu querido, se em janeiro eu não for pro Peru, podemos rodar juntos, o destino não importa... E quando vem me visitar?... Na semana passada passei em Jaboticabal, indo para Ribeirão Preto. Tinha até intensão de parar mas foi numa correria de dar gosto... saí de Araçatuba as 5 da matina para chegar em Ribeirão para uma reunião as 9h. Achei que fosse conseguir sair logo após o almoço mas me enrolei e acabei saindo tarde de lá e ainda tinha que assinar uns papeis na escola. Mas não estamos tão longe assim...hehe Abraços, Rá. - Martinez - 18-11-2008 iacimar Escreveu:E tem algum lugar que tu não passou minha querida Iaci???? iacimar Escreveu:Olhando meu avatar, dá para ter uma ideia de como era a estrada,Hoje ela está asfaltada. Tem um trecho de uns 40 km que está uma lindesa, asfalto novinho. O restante ainda está sendo reformado, mas continua bom. iacimar Escreveu:Porque a fixação em igrejas?Eu tenho uma teoria que diz o seguinte: Quando estiver viajando e chegar em uma cidadezinha, ou uma currutela, onde nada apetece as lentes de sua câmera, procure pela Igreja Matriz, pois seguramente será o melhor registro que fará do local. Normalmente a Igreja é o lugar mais bem cuidado da cidade, mais limpo, mais visitado, portanto, dificilmente se perde tempo procurando um lugar legal em uma cidade desconhecida para guardar de recordação, basta ir direto na igreja matriz. iacimar Escreveu:A foto que mais gostei, parece-se com as que tiro viajando, Acho que é essa né? Sim, quando vi a árvore, mentalizei a foto antes mesmo de fazer o click. iacimar Escreveu:você passou em Tunas, sem saber que lá há um parque, comSim, comentamos isso na Ilha, eu, o Justi, o Edinho, broxado e companhia. Como hoje não é mais permitida a visitação sem ser monitorada por um guia local, fica praticamente inviável a visitação sozinho. Um guia cobra R$ 80,00 por uma diária, independente se estiver guiando uma ou oito pessoas. Pretendemos voltar no Parque Petar sim. Obrigado pela contribuição ao meu relato de viajem. Bjão. |