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7.881 km. Floripa - SC até Porto Velho - RO
#1
Já faz um tempinho que a fiz, mas é gostoso compartilhar com os amigos esses ótimos momentos que passei.


Comecei minha viagem dia 1º de agosto de 2009, saindo de Ctba no sábado cedo. Durante maior parte desse dia, peguei bastante chuva e usei minha capa de chuva em cima da roupa da zebra para GARANTIR que não ficaria molhado de jeito nenhum. Estava iniciando uma viagem de duas semanas e não queria que minha roupa ficasse molhada já nos primeiros dias. Ainda, no dia anterior tb subi a serra de Floripa a Ctba sob forte chuva e usando estas duas proteções cheguei absolutamente seco.
Nesse primeiro dia meu destino era Ribeirão Preto, o que me desviava da rota original que era PORTO VELHO - RO, para prestigiar o evento de abrasonamento do Fuinessa e da Nívea, mas para quem está fazendo uma viagem de 7.500 km, o que é um desvio de 300 km?
Durante a estrada perdi um pesinho de guidão, que quando percebi já estava sem e não tenho idéia onde exatamente caiu. Posteriormente soltou meu protetor de pescoço, que voltei e resgatei-o.
Na chegada de Ribeirão Preto, devido a minha visita ser surpresa, não quis dar o braço a torcer e chamar o pessoal para me resgatar na entrada da cidade e tentei achar a escola onde aconteceria o evento sozinho. Dúvidas que me perdi e fiquei 1:30 rodando pela cidade, após rodar um total de 730 km, até achar o lugar? Mas passado este contratempo, nada como estar na cara companhia dos SaharaManíacos.

Depois do papo e de um ótimo sono, acordei no domingo às 6:20 e iniciei os preparativos para minha partida. O pessoal aprontou uma comigo ... minha moto não estava onde deixei na noite anterior! Não tenho o costume de trancar o guidão da moto, especialmente quando está dentro de propriedade particular ou em garagem. Mas antes de começar a blasfemar todos os presentes, iniciei investigações em busca de pistas do paradeiro da DL-650 cinza. Após algum tempo, achei o cativeiro, protegido por grades, onde algum meliante a aprisionou. Pensei em liga-la e atravessar as salas onde o pessoal estava dormindo em alta rotação, mas no final não coloquei em prática a idéia porque não seria justo punir o sono de todos por causa da atitude transgressora de poucos. Hehehehe
No começo desse dia passei por uns 3 trevos e fui no sentido errado, mas felizmente percebia logo depois e não rodei muito desnecessariamente. Até Frutal - MG, peguei só asfalto e a partir daí descobri que as rotas traçadas pelo Google Maps, não diferenciam estradas asfaltadas, estradas de terra, de areia, estradas em construção ou picadas. Porém, como estava empreendendo uma grande viagem, era de aventura mesmo que estava atrás. Saí da rodovia e comecei a rodar numa estrada de chão batido que logo se transformou numa estrada de areia fofa. Parei para perguntar se estava no caminho certo umas 4 vezes nesse trajeto. Para mim estava tudo ótimo, queria mesmo colocar a prova as aptidões off-road da DL. Nos trechos de terra batida mais firme, cheguei a rodar a 80 km/h, e nos trechos de areia fofa, diminua para uns 35 km/h. Aí me aconteceu o principal problema de se rodar com motocicleta, o cara começa a ficar acostumado e acha que domina completamente a máquina e vem o excesso de confiança ... comecei a rodar a 50 km/h na areia fofa, consegui controlar a moto umas 2 vezes em situações de queda iminente. Porém, faltando menos de 3 km para chegar de volta ao asfalto, a moto perde aderência, shima, sai do trilho que estava seguindo, eu desacelero, ela passa para o lado esquerdo da pista, shima mais um pouco e deita no monte de areia que tem no meio a pista ... adquiri um terreno em algum lugar entre Frutal e Campina Verde, Minas Gerais! Rodei uns 45 km nesse trecho e a menos de 3 km do fim, tive meu orgulho ferido. Não tive o sangue frio de fotografar a moto deitada. Levantei-a rapidamente e bati a fotos com ela em pé. Na realidade saí muito satisfeito, porque me diverti muito na pilotagem, não me machuquei e a queda não ocasionou nem um dano, ou mesmo arranhão na moto. Alguém pode perguntar como consegui levantar a moto que ultrapassa 200 kg carregada sozinho, mas já sabia da técnica através de um vídeo no youtube: vc fica de costas para a moto, se agacha, segura no guidão e no pegador do garupa e com a força das pernas/braços/costas é possível colocar de pé novamente uma moto pesada. De Campina Verde, imaginei seguir viagem pela BR-364, até São Simão, conforme o Google mostrava, porém esta rodovia está sendo asfaltada e todo este trecho vc roda em desvio de terra batida e cascalho. Me arrisco a dizer que a trecho que rodei nessas condições se assemelha com o rípio argentino, alternando bons e ruins. Aqui rodei mais uns 50 km até Gurinhatã, e dei uma derrapada feia de dianteira 1 vez que meu coração veio parar na boca. Se caisse naquele momento a carenagem da moto nunca mais voltaria a ser a mesma. Nesta cidade tive a confirmação que a BR –364 está toda sendo construída naquela altura e como já tive toda a adrenalina que queria naquele dia, segui a dica de um senhor que conversei de ir no sentido norte e pegar a BR-365. Daí para frente foi só asfalto e parei para dormir em Mineiros – GO. Merece menção que até as rodovias que peguei até agora estavam em razoável estado de manutenção, o único momento que peguei um buraco considerável foi na saída de um posto desativado de gasolina, que entrei para ver se estava funcionando e as duas suspensões bateram no final do curso porém sem nenhuma consequência (diga-se de passagem a única vez que isso aconteceu com a moto até hj, dia 1-12-2009, mais de 7 meses que a tenho).

Na segunda feira, dia 3 de agosto, saí de Mineiros às 6:35 e rodei até Comodoro-MT (não lembro o horário). Neste dia, me atrasei porque parei um Rondonópolis para fazer uma troca de óleo e tentar fazer revisão em uma concessionária autorizada Suzuki, porque já tinha vencido os pífios 3.000 km de intervalos para revisão. Lá, o cara se negou a carimbar meu manual, dizendo que precisava realmente fazer uma revisão na moto para certificar no manual. Para não perder a parada, pelo menos troquei o óleo e segui. Então veio o pior trecho da viagem, entre Rondonópolis e Cuiabá. Além do asfalto estar bastante deteriorado é um caminhão atrás do outro! Foi o trecho mais estressante de toda a viagem. Em Cuiabá o Google Maps tentou novamente me colocar em uma furada, sugeria seguir ao norte, passar por Barra dos Bugres até a BR-364 (sempre ela) e entrar em Rondônia por Vilhena. Parei para perguntar num posto e o cara me disse que se eu fizesse esse caminho sugerido correria risco de morte, pois este caminho não está asfaltado, passa por reservas indígenas que costumam “cobrar pedágio” e não teria nenhuma infraestrutura. O certo é seguir a oeste-sudoeste para Cáceres, Pontes e Lacerda, Comodoro e Vilhena. Seguindo esse caminho, parei para dormir na última cidade entre MT e RO (Comodoro).

Dormi em um bom hotel na beira da estrada a R$ 35,00 com café da manhã (infelizmente não lembro o nome). Na terça feira, dia 4 de agosto, peguei a estrada novamente às 6:27 e cheguei às 16:30 em Porto Velho, após rodar 840 km. Almocei somente na chegada, descarreguei e logo deixei a moto na concessionária da Suzuki da cidade para salvar a minha garantia e ter o bendito carimbo de revisão dos 12.000km (a moto já estava com mais de 13.200km no hodômetro) no manual. Ainda durante a tarde, dei uma volta da cidade, o Henrique (meu amigo e anfitrião) me mostrou as principais ruas da cidade, Jorge Teixeira, onde a BR cruza a cidade, para eu me localizar melhor e fui jogar futebol à noite. Para o meu azar, torci forte meu joelho no jogo, o estralo foi tão alto que 3 pessoas que estavam fora de campo ouviram. Passei toda a minha estadia na capital deste estado do norte do País andando com cuidado e/ou mancando.

Na quarta feira dia 5 de agosto, me permiti dormir até mais tarde, porém de manhã precisei ir na farmácia para comprar cataflan, pois o joelho incomodou bastante. Conheci o resto do pessoal na casa do meu amigo (irmã, sobrinho, irmão, namorada do irmão e amigo que mora nos fundos), coloquei roupa para lavar. Conversando com o Nayme, irmão do meu amigo, ele falou que no final de semana ia saltar de paraquedas! Logo eu me empolguei e pedi para ele se seria possível eu saltar também, pois é algo que sempre tive vontade de fazer, desde criança. Ele ficou de ver e me dava a resposta depois. Pela tarde foi resolver com Henrique problemas do seu carro, bateria e pneus, voltas pela cidade reconhecimento do centro da cidade e parte histórica próxima ao Rio Madeira, onde começou a cidade no Porto do Velho. No início da noite fomos jogar sinuca e tomar umas cervejas: eu, o Henrique e um amigo do Henrique, e depois fomos dormir não muito tarde.

Quinta feira, 6 de agosto: recebi a resposta do Nayme que poderia saltar! Depois de chorar um pouco o preço do curso (como sempre), estava com minha primeira aula de paraquedismo marcada para esta noite! Detalhe é que eu falava diariamente com minha namorada e meus pais, porém omiti este “detalhe” para não preocupa-los antecipadamente. Neste dia peguei minha moto da revisão. O pessoal da Motovema vez um excelente trabalho, pois a moto estava fazendo um pouco de ruído ao rodar, certamente pq trafeguei em estradas de areia, eles engraxaram os eixos das rodas e voltou a rodar como nova. Para testa-la, fomos para a BR-364 (de novo?) sentido a Manaus e bater foto da divisa dos estados. Foi uma decisão muito acertada, porque além de cruzar o nacionalmente conhecido Rio Madeira, a estrada está em perfeitas condições. Deu para enrolar o cabo e ver se a revisão estava 100%. Na volta, mais uma volta pela cidade, parada em mirante para fazer um vídeo, bater fotos do Rio Madeira. De lá, também deu para visualizar obras das Usinas Hidrelétricas que estão em construção. Conheci a Estrada de Ferro Madeira Mamoré de cima, parte do porto que embarca produtos e pessoas de/para Manaus. No fim de tarde, deixei a moto em casa e passeamos de carro pelo Centro Cívico, conheci o TRT, TRE, TRF, Fórum Criminal, Justiça Federal, Palácio do Governo, Prefeitura Municipal, Biblioteca Municipal, Fórum Civil, Feira Municipal e áreas militares. Também conheci a área esportiva dos oficiais do exercito e onde foi o antigo aeroporto da cidade. Passamos pelo Parque Circuito próximo ao Aeroporto, Praça das 3 Caixas Dáguas, Praça do Ginásio, e por fim o Estádio de Futebol Claudio Coutinho.

Sexta feira, 7 de agosto: Esse dia, passei a maior parte em casa, dei mais umas voltas na cidade e tive nova aula de paraquedismo. À noite o Henrique me levou para conhecer a “barca” (como eles chamam sair à noite por aqui) da região. Não ficamos muito tempo porque no sábado às 8h tinha que me apresentar no aeroclube de Porto Velho para mais umas orientações e realizar o salto.

Sábado, 8 de agosto: A realização de um antigo sonho! Durante a manhã, recebi mais uns toques sobre navegação e inspeção do velame e próximo das 10:30 lá fomos nós ao aeroporto. Eu estava tão preparado e queria tanto isso que não me senti muito ansioso em momento nenhum, estava com tudo sob controle. Curti demais o passeio de avião com a porta o tempo todo aberta! Nesse primeiro salto, a adrenalina maior é no momento de colocar as pernas para fora do avião e se jogar! Muito bom! O velame abriu sem problemas e fiz a navegação relativamente bem. porém estava ventando e na hora da aterrissagem, bateu uma rajada e me tirou alguns metros da zona de salto, nada de grave. Almocei, dei uma volta na cidade e desta vez não saí.

Domingo, 9 de agosto: O Henrique arranjou um capacete para o Léo (sobrinho) dar uma volta de moto comigo, passeei um pouco, almocei no subway, que diga-se de passagem é novidade na cidade porque abriu faz pouco tempo. Após foram mais algumas voltas na cidade e a noite arrumei minhas coisas para a viagem.

Segunda, 10 de agosto: saí às 5:30 da manhã. A viagem transcorreu sem problemas, rodei 1240 km e dormi em Cáceres.

Terça, 11 de agosto: Peguei a estrada às 6:30 e segui em direção a Cuiabá. Como estava de férias ainda até a outra segunda, não precisava ter tanta pressa assim, então tomei uma decisão muita acertada que foi desviar um pouco meu caminho para não pegar todo o trecho da pior parte do trajeto (entre Cuiabá e Rondonópolis) e de quebra cruzar a Chapada dos Guimarães. O lugar é muito bonito e tem diversos atrativos naturais. Certamente é uma região que mereceria passar pelo menos uns 5 dias para se conhecer bem, mas como só estava de passagem não pude aproveitar muito. Porém os visuais, o mirante que parei e rodar na estrada próximo a paredões naturais foi muito compensador. Nesse dia dormi em Campo Grande – MS depois de rodar 1.010 km.

Quarta, 12 de agosto: Cheguei na casa do meu pai, após rodar 1.260 km. Já estava no meu Estado e em casa, mas ainda faltava mais 130 km até Florianópolis no outro dia.

Quinta, 13 de agosto: O fato relevante desse dia foi que perdi minha camel bag. Não a prendi bem na redinha que segurava uma parte da minha viagem, e quando parei para abastecer ela não estava mais. Lá se foi R$ 90,00. Ela foi muito útil nessa viagem pois passei por regiões muito quente e toda vez que parava tinha água à mão para me reidratar.

Comentários Finais:

Como todas as grandes viagens, esta serviu para me aprimorar como motociclista e como pessoa. Rodei 7.881 km, conheci um pouco da região norte e centro-oeste do país, revi caros amigos e realizei um sonho de infância. Assim como todos os relevantes momentos da minha vida, esta viagem ficará gravada no meu coração.

Caíco

Vídeos da viagem:

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=tAOIAQV-hL8[/youtube]

<!-- m --><a class="postlink" href="http://br.video.yahoo.com/watch/5765798/15100346">http://br.video.yahoo.com/watch/5765798/15100346</a><!-- m -->

Agora, as FOTOS!

Na festa do FUINESSA
[Imagem: IMGP5437.jpg]

Pôr do sol na estrada
[Imagem: IMGP5506.jpg]

No interiorzão uma moto desse tamanho chama bastante a atenção. Fiquei conversando com o pessoal desse posto.
[Imagem: IMGP5496.jpg]

Nevoeiro ao amanhecer
[Imagem: IMGP5480.jpg]

Deixando tudo para trás ... mototerapia
[Imagem: IMGP5476.jpg]

Nenhum problema te alcança
[Imagem: IMGP5473.jpg]

Alvorecer na estrada
[Imagem: IMGP5469.jpg]

Um companheiro de quarto
[Imagem: IMGP5462.jpg]

Bora roda!
[Imagem: IMGP5451.jpg]

Um pouquinho de estrada de terra não faz mal a ninguém
[Imagem: IMGP5442.jpg]

Terreninho que comprei.
[Imagem: IMGP5445.jpg]
[Imagem: IMGP5446.jpg]
[Imagem: IMGP5447.jpg]

Olha o que tentava atravessar a BR em Rondônia
[Imagem: IMGP5535.jpg]

Estação da antiga estrada de ferro em Porto Velho
[Imagem: IMGP5549.jpg]

Rio Madeira
[Imagem: IMGP5539.jpg]

Chapada dos Guimarães
[Imagem: IMGP5641.jpg]
Minha Sahara não é a moto mais econômica, não é a mais bonita e muito menos a mais rápida,
porém a tenho desde zero e no dia 11-4-2009 completou 100.000 km comigo,
sem nunca ter me deixado na estrada com qualquer problema mecânico.
Isso a faz a melhor moto do mundo para mim.
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#2
Beleza de viagem e relato, Caico.

Realmente, uma coisa que você comentou, essas viagens nos aprimora muito.

Parabéns pelo feito. E que você continue viajando muito, por esse Brasil, levando a "lei" e a "ordem". Big Grin
63a - HD Sport Glide, 2019, vermelha.  Rolleyes
A sua imagem no avatar facilita o reconhecimento.
E nomes impronunciáveis... Nem pensar. Queremos ser lembrados pelos amigos.






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#3
Caico bela viagem como ja disse você sabe aproveitar a vida................mas se nos acordasse com o ronco de sua moto em Rib Preto.........ia nos acordar com música. Big Grin Big Grin 8)
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E nomes impronunciáveis... Nem pensar. Queremos ser lembrados pelos amigos.
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#4
Caíco.

Valeu compartilhar conosco, suas fotos e experiências de viagem.
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#5
Caico...........que bela viagem.......e relato.......como estou sem viajar há um tempo fico só babando nos relatos.........fiquei imaginando você na VStrom que nem um louco nessa estrada de terra.........vi nas fotos que os apetrechos da sahara também foram para nova moto......muito legal..........parábéns..........

1º, 2º, 3º, 4º, 5º,  7º, 8º, 9º e 10º Aniversários do Moto Grupo, estive lá com a Paty, e no ......11º..... 12º....Se Deus quiser estaremos lá também e agora com a Sarinha............
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#6
Putz k os paviu.... eu passo 5 anos da minha vida acampando e perambulando pelas lindas trilhas e cachoeiras da Chapada dos Guimarães, e esse safado me coloca uma foto dessa....

sdçflasjogjfkjlnglwerhtonfljksahtuoierhgaksdbfsmkd
l~sçdhfaibsdfvksdahfpqhfsçadfhasdgfbivgnsdaçfhjsakfdas
snlfdjasdfoasndjkgnsadfoçsadnfljksdabsadfjbsakfjbsadfsad


Caico1983 Escreveu:Chapada dos Guimarães
[Imagem: IMGP5641.jpg]

Caico, cair num areião daqueles não é comprar chão, conta outra....rsrs.
E parabens pela empreitada difícil, a foto no alvorecer tá show de roda.

Bons ventos.
Martinez
SaharaMANÍACOS, prazer em viajar.
Moto não tem idade, tem dono. Honda NX 350 Sahara/99
Não basta ter sahara, tem que ser maníaco!!!
[Imagem: cachoeiracopy.jpg]
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#7
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Valeu Caico... show o relato e as "poucas" fotos... tinha que ter mais né Big Grin

Eu tô aguado pra fazer uma aventura assim, mas por enquanto meu tempo$$ não permite. Espero que em 2011 eu consiga passar pelo menos uns 20 dias nas estradas, se Deus quiser!!

.
[Imagem: ZX2wgtg.jpg][Imagem: RSyQlcl.jpg] [Imagem: 36JJt6z.jpg] [Imagem: cehfaUi.jpg]
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#8
Uma coisa que esqueci de comentar do relato:

Citação:Em Cuiabá o Google Maps tentou novamente me colocar em uma furada, sugeria seguir ao norte, passar por Barra dos Bugres até a BR-364 (sempre ela) e entrar em Rondônia por Vilhena. Parei para perguntar num posto e o cara me disse que se eu fizesse esse caminho sugerido correria risco de morte, pois este caminho não está asfaltado, passa por reservas indígenas que costumam “cobrar pedágio” e não teria nenhuma infraestrutura.

Parece que você gosta de emoções fortes, né? Repetiu a dose quando passou em nossa casa. Big Grin
63a - HD Sport Glide, 2019, vermelha.  Rolleyes
A sua imagem no avatar facilita o reconhecimento.
E nomes impronunciáveis... Nem pensar. Queremos ser lembrados pelos amigos.






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#9
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Citação:Em Cuiabá o Google Maps tentou novamente me colocar em uma furada, sugeria seguir ao norte, passar por Barra dos Bugres até a BR-364 (sempre ela) e entrar em Rondônia por Vilhena. Parei para perguntar num posto e o cara me disse que se eu fizesse esse caminho sugerido correria risco de morte, pois este caminho não está asfaltado, passa por reservas indígenas que costumam “cobrar pedágio” e não teria nenhuma infraestrutura.

Como estou querendo dar uma esticadinha até o Peru ano que vem pelo Acre, tenho colecionado info. Esta foi interessante. Achei o relato abaixo que confirma a história:


<!-- m --><a class="postlink" href="http://ecoviagem.uol.com.br/blogs/expedicao-madeira/boletins/dia-3-9409.asp">http://ecoviagem.uol.com.br/blogs/exped ... 3-9409.asp</a><!-- m -->

"...Antes de terminar meu pensamento, ele concluiu: 'Só tem um problema. Os indios estão cobrando pedágio pra passar lá. E quem nao paga, é recebido à flechadas la na frente'.
Como devem imaginar, fiquei bastante contente.
Minha primeira reação foi: vamos voltar. Pensei, pensei e pensei. Já tinhamos andado mais de 400 KM. Voltar tudo ia ser desesperador. Conversamos sobre o assunto e como sempre, o Maeda me convenceu a continuar. Andamos mais alguns quilômetros e a estrada estava exatamente onde o frentista falou. Vimos dezenas de caminhos duplos, entrando numa pequena estradinha de terra. Os seguimos. Logo nos primeiro metros saquei qual seria a dos 80 KM de estrada de chão. O inferno na Terra. Era uma buraqueira tanta, que mal conseguia ultrapassar os caminhões que iam a cerca de 20 KM/hora.
A estrada era bastante perigosa. A terra, extremamente fina, era como um talco vermelho. As malas que estavam na caçamba, mesmo com a capa, ficaram entupidas de terra. Pior. Entrou terra dentro da mala. Sabe Deus como. Ultrapassar um caminhão era uma tarefa herculea. Nao dava pra enxergar nada 5 metros pra frente, tamanha nuvem de poeria que se levantava. Este trecho foi ao mesmo tempo emocionante, perigosos e cansativo. Quando chegou a hora de pagar o pedágio, foi na boa. Um indio muito educado que inclusive tirou foto com o Maeda. Ele se aproximou e disse: 'Vinte reais'. Nós: 'Ué, mas nos disseram que era dez reais. Aumentou?'. Ele argumentou que como a estrada estava em obras de melhoramentos (???) acharam justo aumentar para vinte reais o valor. Bom, ali não tem contra-argumento. É pagar ou voltar. Pagamos. Pagamos e índio nos devolveu um recibo (??). Sim, com CNPJ e tudo mais. No pedágio havia um funcionário da FUNAI acompanhando tudo, entao, acredito ser algo legal. De qualquer forma, foi bom. A area de reserva indigena estava bastante preservada e pudemos apreciar muitos animais silvestres, gavioes, rios cristalinos, corredeiras....
"



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#10
Nossa, é A viagem!!!
Caico, acho que não te conheço pessoalmente ainda... Sad
Vamos ver se terei a feliz oportunidade de ouvir tuas histórias no 5o Niver...
Até porque admiro muito viajantes como você, que somam milhares e milhares de Km nessas estradas todas.
Parabéns pela viagem!
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