Tour Brasil II - Ênfase para o estado de Minas Gerais.

[LUIS RAMIRO]

CARACA ELEMENTO............QUE FOTOS SENSACIONAIS...COISA DE LOUCO BIXO.
MEUS PARABEMS PELAS FOTOS E SE TIVER MAIS ....MANDA MAIS NO SITE.
UM ABRAÇÃO

[Adriano]

Martinez belas fotos, quanto a Igreja Custon, em Sacramento também tem. É eu sei você passou muito rápido por Sacramento.

[Martinez]

Claro né, nascido e criano nos arredores de em Cáceres, não poderia deixar
de vender o meu peixe. Então, gostaria de fazer um breve comentário sobre o Pantanal.

O Pantanal, é um ecossistema com 250 mil km² de extensão, altitude média de 100 metros,
situado no sul de Mato Grosso e no noroeste de Mato Grosso do Sul, ambos Estados do Brasil,
além do norte do Paraguai e leste da Bolívia (chaco boliviano), considerado pela UNESCO
Patrimônio Natural Mundial e Reserva da Biosfera.



CURIOSIDADE:
A origem do Pantanal é resultado da separação do oceano há milhões de anos. Animais que estão
presentes no mar também existem no pantanal, formando o que se pode chamar de mar interior.
Atraído pela existência de pedras e metais preciosos, o português Aleixo Garcia, em 1524,
acabou sendo o primeiro a visitar o território, que alcançou o rio Paraguai através do rio Miranda,
atingindo a região onde hoje está a cidade de Corumbá. Nos anos de 1537 e 1538, o espanhol
Juan Ayolas e seu acompanhante Domingos Martínez de Irala seguiram pelo rio Paraguai e
denominaram Puerto de los Reyes à lagoa Gayva. Por volta de 1542-1543, Álvaro Nunes Cabeza de Vaca
também passou por aqui para seguir para o Peru.



Preocupada com a conservação do Pantanal a Embrapa instalou, em 1975, em Corumbá, uma unidade
de pesquisa para a região, com o objetivo de adaptar, desenvolver e transferir tecnologias
para o uso sustentado dos seus recursos naturais. As pesquisas se iniciaram com a pecuária bovina,
principal atividade econômica e, hoje, além da pecuária, abrange as mais diversas áreas, como
recursos vegetais, pesqueiros, faunísticos e hídricos, climatologia, solos, avaliação dos
impactos causados pelas atividades humanas e sócio-economia. Nos últimos anos houve investimentos
maciços no setor do ecoturismo, com diversas pousadas pantaneiras
praticando esta modalidade de turismo sustentável.



Pessoal, quem não conhece o Pantanal, corre pra passear por lá,
andar de chalana, comer um belo e gostoso peixinho, ver a natureza,
um tuiuiu, uma onça pintada, revoada de garças brancas, e muito mais.


Chalana pantaneira, pode-se alugar uma em Cáceres.

[Martinez]

06 de Janeiro de 2009 - 10º dia

Estatísticas do dia:
Cidade de Partida: Jataí (GO)
Cidade de chegada: Pereira Barreto (SP)
Cidades visitadas: Jataí, Aparecida do Rio doce, Cachoeira Alta,
Guara, São Simão, Cataratas do Iguaraçu, Limeira do Oeste, Ouroeste, Fernandópolis,
São João das duas Pontes, São João de Iracema, General Salgado e Pereira Barreto.
Quilometragem rodada: 789 km
Quilometragem acumulada: 8.062 km


Percurso do dia.

Acordei cedo, bem cedo. Fiz minha rotina matinal, mais um pequeno giro pela
cidade de Jataí para algumas fotos e colocar um pouco de gasolina no tanque.

Jataí tem cerca de 85.491 habitantes e é considerada a capital de grãos de Goiás,
tendo sido considerado na safra 2003/2004,2005/2006,2007,2008 maior produtor de milho
e sorgo do Brasil e maior de soja de Goiás. O município produz 1,08% de toda produção
nacional de grãos, sendo que a produtividade dos agricultores já superou a dos Estados Unidos.
O município também conta com um grande pólo turístico constituído de lagos, museus e um
complexo de águas termais como o Thermas Beach Park e o Resort Bonsucesso.
Devido a essa posição privilegiada, a Delegacia da Polícia Rodoviária Federal em Jataí
é conhecida pelas inúmeras apreensões de carregamento de drogas vindos de outros países
como a Bolívia. A cidade também possui uma unidade do Exército Brasileiro,
o 41º Batalhão de Infantaria Motorizado. Jatai Possui um Aeroporto com pista homologada
de 1.500 metros e iluminada, e atualmente devido a industrializacao de jatai e regiao,
a gol linhas aereas podera servir jatai com voos regulares.



Igreja em Jataí, GO.


Parque JK em Jataí, GO.


Roda d'água dentro do lago do parque JK.

E quando os primeiros raios de sol surgiam no horizonte, eu já estava na BR364 rodando feliz da vida.
O principal objetivo do dia era tentar chegar a Pereira Barretos, para no dia seguinte conhecer
as cidades os meus pais nasceram e foram criados quando criança, antes de migrarem para o Mato Grosso.
A BR é bem agradável, e a região também.


Linda formação rochosa nas margens da Rodovia BR-364 entre Naveslândia e Aparecida do Rio Doce.

E fui rodando bela BR que serpenteia o relevo local, apreciando a bela paisagem.
Na altura de Cachoeira Alta, bateu uma vontade tremenda de pegar os 130 km de terra
para se chegar a Lagoa Santa, mas se fizesse isso furaria todos o meu esquema programado.
Então, toquei em frente para conhecer uma cidadezinha por nome de São Simão.

A história da cidade de São Simão está diretamente ligada ao volume e a força das águas
do Rio Paranaíba, que durante milhares de anos superou a resistência da rocha,
criando uma das mais belas imagens da natureza. Trata-se do Canal de São Simão,
um estreito petrificado com aproximadamente 600 metros de largura. Entretanto, esse
acidente da natureza que foi cenário paradisíaco para milhares de turistas e moradores locais,
ficou submerso após a construção da Usina Hidrelétrica de São Simão,
pelas Centrais Elétricas de Minas Gerais - Cemig. TENHA DÓ NÉ....

O bicho homem é uma vergonha. Progresso, properidade, tudo bem, mas analisemos
friamente a beleza ímpar do lugar, algo que deveria ser muito bem preservado...








Caracas meu, era um estreito de 600 metros de largura, 1 km em alguns pontos,
altura variando de 50 a 120 metros e uma enorme extensão de cachoeiras dos dois lados...
Já não bastava terem acabado com o salto de Sete quedas no Rio Paranasão,
também no estreito de São Simão a linda paisagem natural virou isso...




Hoje, a nova cidade de São Simão, reconstruída com infra-estrutura urbana,
está às margens do Lago Azul, formado pela barragem da usina e ocupa uma área de 674km2,
com um volume de 17 bilhões de m3 de água, formando várias ilhas e praias.
Um extraordinário potencial de turismo que São Simão oferece à sociedade e aos empresários
que queiram investir na indústria que mais cresce no País - a do turismo.

O município tem sua origem no antigo povoado de São Simão, iniciado em 1930,
por garimpeiros de diamantes e pescadores. Localizado às margens do Rio Paranaíba,
o povoado passou a receber as primeiras moradias após a construção da ponte
interligando os dois Estados, em 28 de outubro de 1935.

Então, já que o homem fez o favor de sumir com o estreito de São Simão,
vamos nos contentar em fotografar o que sobrou de "belo" no lugar...











Lago em São Simão, GO.


Igreja Matriz de São Simão, GO.

A cidade de São simão é pequena mas muito agradável. Possui ruas, avenidas,
praças e entornos da praia do lago muito bem cuidados.
E, conversando com moradores locais, me recomendaram visitar um lugar chamado
de Cataratas de Itaguaçu, um lugarzinho surpreendente mas longe do que foi no passado.

Com a gasolina no lugar a preço atrativo, lotei o tanque e toquei para o tal lugar,
na promessa de que encontraria uma bela paisagem a vista dos olhos.
E não foi que encontrei mesmo??? Na verdade, serviu apenas para ficar mais puto
por não poder conhecer o estreito, por ficar limitado a ver somente por fotos
em preto e branco na tela do meu monitor... Mas mesmo assim, o lugar vale e
muito a pena uma parada para um descanso, um almoço, umas fotos, um relex!!!


No lugar existe uma estreita ponte que só passa um veículo por vez.
Na verdade, a ponte se divide em duas, com uma pequena ilha no meio, onde tem um
simples restaurante e uma mais simples ainda, pousada. A "ilha" é simplesmente linda.



Bhãn, quando eu cheguei no lugar e vi a tamanha beleza, fiquei putíssimo da vida com
o guia 4 rodas que não informa a existência daquele pequeno paraíso perdido.
Tratei logo de ir estacionando a moto na sombra, tirei jaqueta, luva, comprei
uma latinha de skol, e de câmera na mão, fui fazer um registro do local.



E o lugar é tão agradável que resolvi mudar meus planos e almoçar, coisa
que não gosto de fazer quando viajo sozinho (já expliquei antes porque faço isso).
Mas, naquele dia e naquele local, um almoço era o pretexto que eu precisava
para permanecer e curtir mais um pouquinho daquela vista show de roda.
vi no cardápio que tinha peixe frito, ebaaaaaaaaa, eu quero. A dona disse
que não tinha, mas que pra mim iria providenciar. Embora eu tenha insistido
muito, meu esforço foi em vão, ela relutou e foi conseguir um peixe não sei
aonde para me servir. Enquanto o tal peixe não vinha, abracei mais uma ampola
de cevada e fui me sentar em uma pedra para melhor observar as cataratas.

O almoço chegou, peixinho frito quentinho... E SALGAAAAAAAAAAADO!!!
Meu povo e minha "póva"... pensem num peixe salgado, parecia que eu era
o touro bandido e estava lambendo uma pedra de sal iodado...rs
Não teve jeito, tive que pedir mais uma skol e comprar uma garrafa d'água pra levar.
Hoje é dia 14 de abril de 2009. Essa experiência foi no dia 6 de janeiro,
e parece que acabei de comer aquele sal, ops, peixe...rs. Minha língua resseca
e dá sede só de pensar! Maldito bom atendimento daquela simpática senhora...rs


Pequeno e simples restaurante no local. A comida também é simples, mas a vista é de arrasar!!!



E então, após conhecer esse lugar e conversar com os moradores locais, as coisas mudaram completamente!!!
Eu tinha planos de tocar em frente pela BR365, passar por Ituiutaba, chegar na BR153, descer
para Prata, pegar a BR 497 e chegar até Iturama, onde entraria pra São Paulo, sentido Fernandópolis.
Para isso, eu rodaria cerca de uns 300 km. Mas, conversando com caminhoneiros que almoçavam
junto comigo, me falaram de uma estrada de terra, de uns 120 km, que passava pelo meio de
um canavial, e que tinha que cruzar o Rio Paranaíba de balsa... eeeeeeer, por onde eu fui???

Reuni o máximo de informações que consegui, pois estaria rodando sem praticamente
nenhum auxílio. Não adiantou muito pois a indicação para pegar a balsa era muito vaga...

"... Quando você ver um descampado, com uma árvore grande, você entra que vai "dar" na balsa..."

Tá, descampado, árvore, entar, balsa... aham, simples? Fácil? nãn-nãn-ni-nãn-não... rs
Se nao fosse a ajuda de um fazendeiro, estaria perdido lá até hoje... hehe.
Uai sô, estava eu rodando por uma estrada de terra muito batida.
Imaginava eu que a estrada para se chegar na balsa seria a melhor ou a mais batida de todas.
Que bobinho, a balsa é do tipo, digamos, irregular, acho eu, pois a "estrada" de uns
5 km que sai da estrada batida pra se chegar nela é praticamente uma picada...

Mas tá, tudo bem, um pouco de estresse e quase uns tombos nos areiões, cheguei no lugar
da tal balsa, que pra meu azar, ela estava na outra margem. Então eu gritei, buzinei, fiz de
um tudo e nada dos caras irem me buscar. Estavam lá na outra margem, carregando um
trator em um caminhão. Depois de mais de uma hora de espera ouvi o motor da balsa
sendo ligado e finalmente eu estaria por ser resgatado. Então descobri que a demora
era devido ao preço, pois a travessia iria me custar R$ 30,00. Se tivessem mais
veículos para serem transportado, esse preço poderia abaixar. Quando já com a moto
na balsa e já no meio do rio, quando o auxiliar do piloteiro se virou pra mim com
um bloquinho de recibo na mão e me disse... "vc não sabe do esquema né?"... Eu pensei
comigo, vai dar $#$¨*@... Mas no final, tudo deu certo e eles ainda me deram um
copo de água geladinha pra matar a sede, pois a garrafa que eu tinha comprado
já tinha ido... e o sal continuava a sair pelos meus poros... ÒOOO peixinho salgado!!!


Margem do Rio Paranaíba, lado Goiano, esperando a balsa do lado Mineiro...


Finalmente depois de uma longa espera, a balsa veio me buscar.


Sozinho em uma balsa pra daria pra levar pelo menos 50 carros...

Colhi mais um monte de informações e fui me aventurar nos carreadores do imenso canavial.
Segundo informações, eu teria que rodar cerca de uns 80 km dentro de um canavial de cerca
de 6 mil e 400 quilômetros quadrados.... tô lascado...

"... siga pista mais batida, siga sempre a esquerda, depois siga
sempre a direita, quando chegar em tal usina, vire pra direita..."

E o pau comeu. Montei na saharita e da-lhe poeira e barro.


Uma placa de pare no meio de um canavial, pode??? Pare! Repare! Prepare! Dispare!... hehe.

E não é que eu me ferrei todo? Que quer fazer graça, só se ferra.
Pois bem, lá ia eu, feliz da vida, curtindo um carreador de cana
de uns 8 ou 10 metros de largura, só pra mim. A cada uns 150 metros
uma curva de nível imensa. Pra quem não sabe, curva de nível é
uma elevação de terra feita pelo homem, em nível, para conter a água
da chuva, para evitar erosão. Na estrada, para facilitar, eles
elevam e alargam ela bastante, tipo uns 1,5 metros de algura
e uns 7 ou 8 de comprimento. Pois então, é muito divertido
pular a uns 100 km/h essas elevações. Mas tem um porém, só se vê
o que tem do outro lado da curva quando se está encima dela, logo...
as chances de dar algum tipo de "kaka" são grandes... e eu com isso... rs

Assim, lá vou eu, pulei uma, duas, dez, onze... e em uma delas
tinha uma pocinha de barro. Deu uma espirradinha só...
Pulei quinze, dezesseis, e dei de cara com um barrinho maior,
pensei comigo, vou acabar me enfiando em uma grande daqui a
pouco...

... o pensamento ainda nem tinha sido encerrado e lá estou eu
de pé nas pedaleira para mais um salto eeeeeeeeeEEEEEEEEEEE.....
tigurf...






Me afundei em uma poça gigantesca de lama quente e grudenta.
Imaginem, um maluco rodando a 100 km/h, saltando de uma elevação,
e caindo em cheio em uma poça de barro? Entrou barro até atrás do
protetor de punho. Não duvidem, achei barro encima do capacete...
A calça e a jaqueta zebra já não esquentam nada né! E cobertas
por barro argiloso então, vai vendo.... E as luvas de couro?
E a viseira? Sem chances de limpar, enfim, me ferrei todo...

Rodei uns 2 km e vi uma casa. Parei, desci da moto, alguém
veio na porta e eu ainda de capacete calçado, me virei para
a casa e quase mato a mulher de susto...rsrsrs.
"...Dona, pelo amor de Deus, me arruma um pouco d'água pra me lavar..."
Foram 15 minutos de mangueira pra dar um "jeito" na meleca.

Agradeci a gentileza da mulher e me botei a rodar novamente,
agora com mais calma...hehe. Mas rodei mais uns 15 km e sai
do canavial, passando a rodar por entre pastagens.


Trilhas no sul de Goiás e Minas, nas imediações do Rio Paranaíba.

E depois de muito rodar, cerca de 120 km de pura adrenalina,
eu cheguei a uma cidadezinha chamada Limeira Do Oeste.
Rodei mais um bocado e me aproximei da divisa com o estado de SP.
Fui visitar uma barragem e tirar mais uma foto pra desafiar os amigos.


Uma caixa de cerveja, aliás, de Original, pra quem tirar uma foto igual a essa...rs

Rodei, agora por asfalto, e finalmente me vi numa ponte.
Era a ponte sobre o Rio Grande, finalmente eu estava entrando
no estado de São Paulo. Parei para contemplar a beleza do lugar
e aproveitei para fazer mais alguns cliques de minha valente sahara tatu.


Ponte sobre o Rio Grande, divisa de Minas com Sampa.



Sahara tatu.






A cidade logo à frente era Ouroeste, mas antes eu parei no meio do caminho
para brincar com uma vacada nelore que vi pastejando em um pasto muito bonito.


E finalmente cheguei, já no meio da tarde, a Ouroeste. Lá, parei,
saquei o meu mapa e vi que estava ligeiramente próximo de Araçatuba.
Ahan, rá1000ton, o famoso ra(bugento) do Hamilton mora lá e com
essa reviralvolta toda, eu estava inclinado a dormir na casa dele,
até porque, de barro como eu estava, hotel nenhum iria querer me dar pernoite!!!
Mas, acho que ele teve algum sinal do além e não quiz me atender.
Apelei pra Cris, ela também tentou, mas o velhinho gagá não estava pra ninguém.
Tá bom, não queria mesmo. Montei na moto e fui conhecer Ouroeste.
Não sei porque todos ficavam me olhando com cara de espanto, eu hein...






Igreja matriz de Ouroeste, SP. Ouroeste tem 7 mil habitantes e se você na sua
velhice quer um lugar bonido e sossegado para passar o resto dos seus dias,
vá desfrutar da qualidade de vida de Ouroeste, show de cidade pacata.

De Ouroeste eu pantei o pé, ops, torci o cabo pra Fernandópolis. Essa sim uma cidade grande.

Igreja Matriz de Fernandópolis, SP.

A cidade é grande, bem organizada. Fiquei surpreso com a quantidade de pessoas
fazendo atividade física no final da tarde. Passei por uma marginal onde
praticamente não se via o passeio, era um mar que gente fazendo caminhada,
correndo, andando de bicicleta, passeando com o cachorro, nunca tinha visto igual...


Criança que fotografei com sua mãe em Fernandópolis, seria uma futura saharamaniaca?

Não fiz muitas fotos de Fernandópolis pois o horário não ajudava.
Estava no crepúsculo, e eu ainda estava longe, muito longe de Pereira Barreto.
Demorei um pouco pra conseguir achar a vicinal que sai pra pegar a SP310 a mais
de 70 km dali. A estadinha é show, muito show de bola, show mesmo. Pena
que estava no crepúsculo, com o sol bem na minha cara e aquele mix
de claro e escuro, quando o farol não ajuda em nada. Mas, vou voltar pra
fazer novamente aquele percurso outro dia, com certeza.

No meio do caminho para General Salgado ainda parei em duas cidadezinhas para
fotografar suas lindas igrejas, como sempre, o melhor click a ser feito.
Infelizmente umas das fotos eu perdi, o cartão corrompeu o cluster e não consegui baixar a foto.


Igreja Matriz de São João de Iracema.

E já era noitinha quando cheguei a General Salgado, nas margens da SP310. Olhei o mapa,
já que para Araçatuba não iria, fui lá conhecer um pouco da cidade, enchi o tanque,
me banhei mais um pouco com a mangueira do lava-jato do posto...rs e fui embora.


Matriz de General Salgado.

Rodei sem parar por mais de hora, e já tarde da noite cheguei a Pereira Barreto.
Pronto, mais uma vez eu tinha conseguido cumprir com o planejado, mesmo fazendo
tudo ao contrario do que tinha planejado na noite anterior, mas valeu a pena.
Cheguei a Pereira, fui pro hotel, acabei com a caixa d'água do hotel pra conseguir
me livrar do barro... e depois dei uma saidinha pra comer e fazer uns cliques noturnos.


Uma imagem que achei rodando pela cidade de Pereira Barreto, SP.


Um interessante relógio sobre uma das avenidas perto de uma bela praça.


Uma das praças da cidade de Pereira Barretos, SP.



E assim foi mais um dia de aventura. Esse fui um dos dias mais interessantes.
Embora estivesse muito ancioso para conhecer as cidades onde meus pais nasceram,
o dia foi tão movimentado que praticamente nem me preocupei muito.
Agora sim, precisava descansar porque estava moído, moidaço. Passei numa farmácia para
comprar cotonetes...hehe... barro lembra? E, voltei pro hotel para descansar
e zarpar novamente no outro dia cedinho, afinal de contas no próximo dia
eu finalmente conheceria Penápolis e Tupi Paulista.

Inté meu povo!
Martinez.

[JOE]

Qq dia esses relatos vão virar um livro! rsss...

Ae, cabeção, parabéns pelo acúmulo de lama... ops... digo, pela viagem!!

Abs continue em frente!!

JOE

[Hamilton]

Mas é um cabeçudinho mesmo! Eu estava em Jundiaí meu fióte... Se avisasse antes eu teria saído um dia antes. Mas antes de te deixar entrar no apto, eu te mandaria para o lava-jato...rs

[Martinez]

Hamilton Escreveu:Mas é um cabeçudinho mesmo! Eu estava em Jundiaí meu fióte... Se avisasse antes eu teria saído um dia antes.
Mas antes de te deixar entrar no apto, eu te mandaria para o lava-jato...rs

Tu não leu direito, eu já tinha passado por três banhos:
Um lava-mangueiral no interior de minas.
Um banhinho de leve num posto logo que entrei em Sampa,
E um banho mais ou menos num lava-jato em General Salgado...

Nunca vi nenhum motociclista tomar três banhos num dia durante a viagem, só eu... 8)
E VC TEM O DISPARATE DE VIR AQUI MANDAR EU TOMAR BANHO???
VAI TOMAR BANHO OW

[Sergio MOita]

Caro, seu livro ta quase pronto, basta só escolher um bom título e me mandar o matrerial que eu edito pra vc. heheh, Sério mesmo bixo com cerveja iria vender uns bocados e ajudaria a imortalizar nossas Motos.
Valeu!

[Nelson MG]

O Titio Martinez, foi até ao meu tópico da Chapada Diamantina e, sem perguntar primeiro o motivo, muito "ma.le.du.ca.da.men.te" postou *:

Martinez Escreveu:Brasão, bandeira??????

Como ele foi a Bombinhas no carnaval, e não levou seu colete com o Brasão, resolví rever estas 19 páginas - e suas 396 belas fotos, do magnífico tópico e descobrí que ele viajou por Minas, S. Paulo, Goias, Mato Grosso e MatoGrosso do Sul, sem seu BRASÃO.
Existe só 01 foto da Bandeira (desconfio que a mesma deve ser a do Adriano).

* Nem perdeu tempo em, mesmo mentindo, elogiar as fotos e/ou o feito de um ancião conseguir viajar 1750 km em dois dias. snif, snif, snif

[Martinez]

hehe, agora é um ancião né???
A bandeira é minha sim seu mala, minha não, da facção SP.
Acho que o Adrianão nem tem bandeira do grupo com ele.

Mas a ausência do brasão nas minhas viagens para MT.... eu posso explicar!!!! :oops: :oops: :oops: :oops:

Veeeeeeeja beeeeeeeeeeem!

Quando eu disse por telefone que tinha comprado uma NX200, isso
a quase uma década atrás, meu pai só faltou ter um troço.
Tentou entrar pela linha do telefone pra me puxar as orelhas.
Viu que não conseguia, então ameaçou vir a SP só pra me fazer vender a moto.

Na visão dos meus pais não tem motociclista, é tudo motoqueiro, arruaceiro,
cachaceiro, pessoal sujo, cabeludo, tatuado, cheio de metal... e eles repugnam isso.

Ai, tempos depois, eu vendi a duzentinhas e comprei a sahara.
Estava tão contente com a moto que não me contive, contei pra minha mãe.
Como era mês de outubro, ela que não é boba nem nada, ligou as coisas
e perguntou se eu iria pra MT de moto.
Eu menti, disse que não, mas mãe tu sabe como é né....

A véia ficou 3 dias sem dormir quando eu disse que estaria indo pra MT.
Quando eu cheguei lá de moto, quase apanhei dos dois
Meu pai queria vender a minha moto, foi um piseiro danado.
Ai, consegui convencer ele que venderia ao voltar pra SP.
Não vendi e ele ficou me estressando uns 6 meses. Falou até em comprar carro pra mim

Bom, dois anos se passaram e eu voltei pra MT na mesma moto... eeeeee...
novo estresse. Mas desta vez, eu que tinha ouvido tudo quietinho na primeira vez,
também me estresse e peitei o velho, dizendo que não venderia a moto.
Imagina né, meu pai espanhol, sangue ferve, o homem fica com as orelhas
vermelhas, o tempo fecha. Mas tá, o estresse passou e eu voltei pra sampa com a sahara.
Dias após a minha volta minha mãe me liga dizendo que o velho estava
abatido e que era pra vender a moto....

Mas, logicamente, contornei a situação e isso não aconteceu.
E, neste ano, voltei novamente de sahara, a mesma moto, pra MT mais uma vez.
Desta vez, me olharam meio torto mas não falaram nada. Finalmente
entenderam que eu gosto da coisa e também, certamente, pelo fato do
meu irmão andar de moto a uns 2 anos, para trabalhar. E, talvez, porque
o único netinho é um tarado por motos...

Eles finalmente entenderam, eu sempre serei motociclista.
Mas a visão de motoqueiro, arruaceiro, baderneiro ainda continua na cabeça deles.
Eu conheço bem a cabeça dura dos meus velhos, matudos, nascidos e criados
sempre no interior, longe de badalação. Então, tem que ser um processo lento e contínuo.
Se eu aparecer lá de colete de couro, brasão nas costas, boto tudo a perder.
Lá tá escrito Fundador... pensou? Eu fundador de um grupo de arruaceiros???

Eu sei que um dia irei pra MT usando meu brasão e entrarei na sala de minha casa vestido ele.
Eu farei isso um dia, com certeza, mas tenho que ter calma e continuar progredindo aos poucos
para não por tudo a perder, tendeu?

E não adianta me cutucar dizendo que poderia esconder no alforje,
esqueça, minha mãe revira todas as minhas coisas, encontraria
e o pau iria quebrar, com certeza ...