APARADOS DA SERRA

[Candango]

APARADOS DA SERRA

Bom .. como sempre nos preparamos durante a semana com mapas e
rotas e tudo mais para fazermos o passeio dos APARADOS DA SERRA
com tempo bom na serra e que desse para aproveitar o máximo a
aventura. Eu ainda não descobri o porque de fazer estes planejamentos
se nada sai de acordo com o planejado...hahahahaha. Como os nossos
amigos do RS tem medo de colocar a moto na estrada de chão, fomos
somente em duas motos, a XT660 Azul – CANDANGO e a XT660
Amarela - Xuxu da Malmita (este nome ficará bem famoso logo em
breve). Na semana que precedia a viagem Eu e Xuxu saímos por Porto
Alegre para conhecer a cidade e dar umas voltas, e foi numa destas
voltas que as motos entraram na reserva, o detalhe é que o manual da
moto diz que a moto quando entra na reserva ainda tem 5 litros de
gasolina restantes no tanque, então o piloto se programa para não deixar
faltar este item vital para o funcionamento da mesma. Como sou muito
desconfiado com relação a estas tais “RESERVAS” das motos pois cansei
de empurrar moto sem gasolina, assim que a minha bateu reserva já
parei no posto e abasteci com uns 4 litros, só para chegar em casa. O
meu amigo Xuxu que é um camarada que lê os manuais de todos os
produtos que compra não abasteceu a sua motoca e rodamos com ela até
em casa. Rodamos com as motos mais um pouco nos outros 2 dias e na
3a feira a noite, montamos as motocas e deixamos tudo pronto para o dia seguinte.

Acordamos cedo, as 05h45 da manhã, tomamos um belíssimo café preparado
por Jaqueline (Esposa do Elvis – <!-- m --><a class="postlink" href="http://www.seguirviagem.com.br">http://www.seguirviagem.com.br</a><!-- m -->), nos despedimos
do casal e montamos nas motocas rumo ao primeiro posto de gasolina para
encher os tanques e partir rumo a Taquaras. Xuxu havia feito as contas da
quilometragem rodada e a média que sua moto estava fazendo e estimou que
ainda tinha um litro de gasolina no tanque o que seria mais que suficiente
de chegar no posto. É não foi bem assim, eu sou otimista mas nem tanto,
a moto rodou pouco mais que 2 km e começou a falhar, como o Xuxu estava
puxando o bonde, ele me fez um sinal que estaria com problemas de gasolina,
encostamos a moto em cima da calçada que fica perto da rotatória do PORTO SECO,
e lá fui eu a procura do precioso líquido hahahahaha . Depois de rodar como um
camelo eu achei um posto Ipiranga, pedi uma PET de 2 litros emprestada, enchi de
gasolina até a boca e fui lá socorrer o amigo que estava no prego. Segundo
Einstein na sua teoria da relatividade, o tempo é relativo, para mim não se passaram
mais que 5 minutos entre a PANE SECA do Xuxu e a minha volta para pegar
combustível. Quando cheguei na moto Xuxu estava meio beiçudo pela minha
demora e ainda atônito porque pelas suas contas a moto deveria estar com
combustível para chegar no posto, eu me acabava de rir e pedi para ele fazer
pose para tirarmos uma foto, CLARO que ele não iria fazer isso então eu bati a
primeira de muitas fotos legais de nosso passeio ahahhaah. Com eu havia
enchido até a boca de gasolina a PET, na hora de colocar no tanque começou
a vazar gasolina por tudo, o Xuxu já queria para o procedimento de reabastecimento
para não haver mais danos em sua pintura impecável, mas eu insisti que colocasse tudo
para não termos mais surpresas, e lá se foi toda a gasolina da PET. Guardamos a PET para outra emergência.



Paramos logo em seguida no posto Garoupa enchemos os tanques, Xuxu lavou
a moto pois havia caído gasolina e não poderia manchar a motoca, calibramos
os pneus e seguimos pela Freeway rumo a Taquaras. Novamente tivemos que parar
porque o Xuxu gastou toda a grana abastecendo então tivemos que achar uma
Caixa Econômica no caminho para ele se reabastecer agora com dinheiro,
e lá seguimos como sempre o Xuxu puxando o bonde e eu atrás. O homem
estava meio agoniado pela perda de tempo e tentando recuperar o tempo perdido
para que o roteiro fosse cumprido então ele enrolou o cabo (Andava acelerando
com vontade) e nós nos perdemos em algum lugar perto da entrada de Taquaras,
perdidos por perdidos já estamos acostumados, tentamos achar o caminho
de volta e foi aí que aconteceu o primeiro acidente. Xuxu me fez um sinal que iria
parar e encostamos em um acostamento e lá desce meu parceiro de viagem
agoniado olhando a lateral da moto, já tirou as joelheiras articuladas e já ficou
chateado pois ele mesmo havia se esquecido o porque não usava mais a tal
joelheira por cima da calça. A joelheira que nós temos tem um parafuso que não
tem proteção, ou seja, com o atrito ele arranha a pintura da moto. Como a minha
já anda arranhada por natureza eu não me importo para isso mas o Xuxu ficou bem
chateado consigo mesmo. O tal parafuso fez umas marcas na pintura da moto
(marcas do tamanho de uma moeda de 1 centavo) dele e ele estava TRI indignado
(Muitíssimo indignado). Vejam os sinais do apocalipse hahahahah.

Foto 1 -


Foto 2 -


Refeitos do acidente e com o coração partido de ter ralado a motoca continuamos
perdidos tentando achar o caminho, foi que assim que paramos em um sinal
encontramos um motoboy bem gente boa que nos deu a direção a ser seguida,
mas tão gente boa que faltou nos levar até o trevo, então começamos novamente
a nossa viagem. (Vocês lembram do planejamento ? Pois é... já estava totalmente
furado.... eu ainda não sei para que fazemos isso.. hahahaha.) Agora na estrada
certa pegamos a RS-020 rumo a São Francisco de Paula. A estrada é de asfalto
com muitas curvas e alguns buracos no meio das curvas, mas nada que seja impossível.
A medida que subíamos a serra rumo a São Fco. de Paula a temperatura ia diminuindo
foi aí que comecei a elaborar a equação. (Frio + moto = mijar a cada meia hora)
Caramba eu acho que nunca mijei tanto em minha vida, terminava de mijar,
deixava a bendita gota atômica da cueca cair.. montava na moto... e já dava outra
vontade da porra de mijar... e assim foi seguindo.. pausa para fotos, o frio
aumentando, e junto com ele o mijo... foi aí que paramos em uma bela curva
a 20 km de São Francisco de Paula e resolvemos tirar umas fotos e claro, mijar
novamente... foi neste devido momento que nós percebemos que estava realmente frio.
Quando comecei a dar o mijão delicia.. percebi que a medida que a urina quente
batia nas plantas subia uma fumacinha branca, é o frio estava ali para ficar,
isto porque estávamos no sol e já era mais de 10 horas da manha. Nós saímos
de casa com roupas para o verão pois em Porto Alegre estava uns 32 graus no
dia anterior então na nossa cabeça não teria tanta oscilação de temperatura...
outro engano, mas o frio foi suportável, o corpo foi se adaptando
e não haveria nada que atrapalhasse a viagem.

Foto 1:


Foto 2:


Foto 3:


Foto 4:


Foto 5:


Foto 6:


Foto 7:



Chegamos em São Francisco de Paula e logo paramos nas informações turísticas
para saber qual era o acesso mais próximo a primeira estrada de chão. Fomo muito
bem recebidos tanto pela Prenda(Menina vestida com roupa de Prenda Gaúcha)
como pelo Peão (Rapaz que estava trajado também em roupas típicas gauchescas),
nos ofereceram café que o Xuxu não dispensou devido ao frio, eu dispensei
pois odeio café, então fiquei com a água mesmo, logo depois nos deram mapas e
as dicas para que a viagem pudesse continuar. Quando terminamos de perguntar
tudo, foi a vez do Peão começar a perguntar as motos, ou seja ficamos lá batendo
papo sobre moto mais de meia hora depois de ter pego as informações, fomos
para o lado de fora, passamos spray de grafite nas correntes
tiramos mais fotos e fomos embalados para a nossa aventura.


Foto:


A grande piada é que não se passaram 3 km rodados das informações turísticas
e nós nos perdemos novamente hahahahaha. Como ficamos batendo papo
sobre motos esquecemos quase tudo o que havíamos perguntado, então a solução
foi parar em um trevo e perguntar a um Velhinho que por ali passava, um senhor
bem querido que mal dava para entender o que ele falava pela falta de dentes
na boca, mas que nos deu as coordenadas para acharmos a estrada para o Passo
da Ilha, que seria o nosso próximo objetivo, de acordo com a nossa mega ultra
power programação (que já estava furada a muito tempo). Achamos a estrada
que levava ao passo da ilha, mas como havia mais uma bifurcação e nada de
placas, paramos em um restaurante para perguntar a direção a ser pega.
Comemos chocolate e abaixamos a calibragem dos pneus no olho mesmo para pegar
a estrada de chão com os mesmos mais vazios. Rodamos em
torno de 1,7km e achamos a entrada para o Passo da Ilha.

Foto:


Foto:


Foto:


A estrada é muito boa, de chão batido e bem empedrada, dava para andar
a 100km/h sem muita preocupação, depois de 30 min rodando achamos uma
porteira e uma placa que indicava o Passo da Ilha, encontramos uma D-20 saindo
e aproveitamos a deixa e já cruzamos a porteira sem ter que desembarcar das motocas.

Foto:


Foto:


Logo a frente já dava pra se ver o destino, lindo local. Paramos as motos e nos
dividimos. Eu fui trocar a bota pelo Tênis para entrar no rio, pois pilotar com
os pés molhados ninguém merece, então desta vez eu levei um par de tênis seco para estas emergências.

Foto:


Foto:


Foto:



Foto:


Coloquei meu Tênis e entrei no tal rio para ver o terreno
a ser percorrido e o traçado a ser feito.

Foto:


Foto:


Foto:


Enquanto isso Xuxu estava conversando com o Dono do Camping do Passo da Ilha
e pegando mais informações sobre a travessia. O Diálogo que segue foi descrito pelo próprio Xuxu:

A. Xuxu: E aí meu amigo como se faz para passar o rio?
B. Dono do Camping: Ahh não tem mistério não tchê, siga até a pedra branca e depois venha reto.
A. Xuxu: Ta, até aí tudo bem mas não é fundo não?
B. Dono do Camping: Que nada, até CG passa com meio metro de água acima, então vocês com estas MOTONAS vão tirar de letra.

Terminado o tal diálogo, eu já havia feito a pé a primeira parte do rio, já sabia
como estava e como ir, encontrei o Xuxu no meio da Ilha com o Dono da Pousada,
peguei a motoca e fui na frente para mostrar o caminho a meu amigo Xuxu que
nunca havia atravessado um rio (depois deste eu acho que nunca mais irá atravessar,
já vem os detalhes), Xuxu trocou sua bota por sua sandalhinha do GUGA (Também não
queria molhar a Bota) pegou minha câmera e filmou a primeira parte da travessia,
até eu chegar na Ilha(O acordo era um filmar a travessia do outro).

Foto Travessia Candango:


Foto Travessia Xuxu:



Eu peguei a câmera e filmei a primeira parte da travessia até aí 1000%, Seguimos
para a segunda e terceira parte da travessia, o Xuxu foi na frente a pé para ver o
rumo a ser seguido, então ele me avisou dos buracos enormes e as suas localizações,
eu só mirei a moto em um tucho de mato e fiz a segunda parte desviando
dos buracos maiores, parei na laje de pedra no meio do rio e peguei a câmera para filmar.

Foto laje:


Lá vem Xuxu (com a sandália do Guga) “uhull” grita ele.. e vem que vem,
tocando devagar em seu ritmo de segurança, foi quando ele se deparou com um buraco
a frente, como ele estava devagar demais a moto “soqueou”, ele colocou o pé para dar
o apoio mas o pé caiu em um outro buraco e aí Thíbum..... moto na Água e eu por uma
infelicidade do Xuxu eu estava filmando esta cena toda, corri
para socorrer o amigo molhado e levantar a sua moto.

Foto antes da queda:


Passo da Ilha o início -
[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=pf9yXh6GfbQ[/youtube]

O náufrago -
[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=tbofrNNCEXc[/youtube]

Molhou tudo o que não deveria ser molhado e que o Xuxu não quisesse molhar,
desde Botas, até a vela. Erguemos a moto na Água, conversei com o Xuxu Nemo
para ver se ele estava bem, tiramos a moto do buraco, colocamos ela perto do
local aonde estava a minha moto para podermos mexer nela sem nos preocuparmos
e fui fazer a terceira parte da travessia sem nem saber o que tinha na frente,
pois não deu tempo para explorar a pé o lugar, eu só tinha em mente que eu tinha que
voltar e ajudar o Xuxu Nemo com a sua XT “The Yellow Submarine”. Montei na
motoca e mirei reto o barrando e fui que fui sem filmagem e fotos, peguei uns 2 buracos
grandes mas deu para sair de boa, e fiz até o terceiro lado da travessia, chegando
em terra firme, lá registrei uma foto do Xuxu Nemo no meio do rio,
deixei a câmera em cima da moto e fui ajudar o amigo náufrago.

Foto Náufrago:


Chegando lá ele tentava sem sucesso ligar a moto, então com muita calma,
tiramos todas as bugigangas de cima da motoca e colocamos em algum canto do lajeado,
lembrei que tinha uma vela de CG150 no bolso (Vela que estava na minha XT
até eu descobrir ela por lá) dei a vela ao Xuxu Nemo, trocamos a vela e a moto pegou,
enquanto isso eu secava a vela ensopada, o Xuxu começou a sacar fora a tampa do filtro
de ar e aí a nova surpresa. O compartimento do filtro de ar tinha anta água que
dava para criar um peixe BETA lá dentro, então começou a limpeza deste compartimento,
mas quando se achou que estava tudo bem e limpo eu percebi que havia mais água no
fundo do compartimento, atrás do filtro de ar, e lá vamos nós enxugando tudo.

Foto Filtro de AR:


Foto conserto:


Foto Conserto:


Depois de tudo seco e em seus devidos lugares, inclusive a vela que estava ensopada,
recolocamos as coisas em cima da motoca e o Xuxu Nemo seguiu para a 3a parte da aventura.
Eu fui na frente para ver se não havia mais nenhuma surpresa e dar backup para
o amigo náufrago e ele veio que veio, a todo vapor, atravessou a terceira parte,
chegou em terra firme com uma sensação de dever cumprido e de ter vencido mais
um desafio em sua vida, já que esta foi a primeira vez que ele atravessou
um rio e seria a primeira vez que ele iria pegar lama na moto.

Foto final:


Foto Xuxu com o troféu:


Passado o susto, rimos e conversamos um pouco e decidimos seguir viagem
para Cambará do Sul, a estrada estava um pouco empedrada e um pouco
enlameada, deve ter sido pelas chuvas ocorridas na região, então eu disse ao
Xuxu que ele deveria acelerar até o talo para atravessar o lamaçal e que a moto é
valente e agüenta a pancada. Passamos o primeiro lamaçal e o Xuxu ainda meio
inseguro andava devagar com a moto sambando na lama, o segundo trecho e
ele ainda inseguro com a moto sambando mais que a globeleza, lá pelo meio do
passeio o homem fico encapetado e começou a acelerar com vontade, viu a placa traseira
chegar perto do farol e acelerava com vontade, foi aí que cheguei a conclusão:
FUDEU!!! Criei um monstro...!!! kkkkkkkkk. Xuxu tomou gosto pela coisa e começou
a andar que nem um tarado na terra sem dó e nem piedade da motoca, tocamos no
meio da lama e do barro com aquele prazer de se sujar e lavar a alma na lama.

Foto Lama:


Foto Lama:


Foto Lama:


Foto Lama:


Chegamos na bifurcação da estrada de chão e o asfalto para
Cambará do Sul, fotos das placas é claro.

Foto placa:


Foto placa:


Foto placa:


Tocamos rumo a Cambará, bem devagar pois a minha moto estava com o pneu muito baixo,
chegando a Cambará, paramos em um posto Ipiranga, re-calibramos os pneus,
os meus estavam com 11 libras e os do Xuxu com 20 libras, refeita esta etapa,
Xuxu foi no lava jato para lavar as botas e as calças que estavam enlameadas,
eu estava com uma fome medonha então atravessamos a rua e fomos a padaria para
comer um Xis. O Xis gaúcho é do tamanho de um prato e se come com garfo e faca
de tão grande que é o treco, compramos um litro de coca, Xuxu foi telefonar
para Elvis e avisar que estávamos em Cambará e estávamos bem e aí foi só alegria,
comer Xis, tomar coca, arrotar baixo e descansar. Com o bucho cheio de comida seguimos
então para a Pousada das Curucacas. A foto que segue é das tão famosas Curucacas:

Foto:


Foto pousada:


Na verdade é um hotel fazenda e que tem uma área para camping. A estrutura
de camping é um pouco precária, os banheiros são carentes de acabamento
principalmente para as mulheres, mas como não era o nosso caso, estava
bom demais, um vaso e um chuveiro. Conversamos com a Roberta que é a filha do
dono da pousada, demarcamos o nosso território, marcamos o café da manhã que
diga se de passagem é espetacular, e fomos montar as barracas. Ventava
muito e já começava a fazer um frio tremendo, a temperatura com relação a
Porto Alegre é diferente em -10 graus ou mais, então montamos somente a barraca
do Xuxu que tem lona extra e proteção contra chuva, enchemos o colchão de ar
dele e deixamos tudo pronto para mais tarde. Neste meio tempo fomos utilizar a
estrutura da pousada, TV, Computador com internet, Chimarrão, e foi neste momento
que conhecemos Gerlinde, uma alemã muito simpática e querida que ficou
conversando conosco por horas a fio e contando as suas peripécias pelo Brasil,
detalhe a alemã tem 73 anos e tem muito mais energia que muita gente nova que
conhecemos. Como o Português da Gerlinde era um tanto quanto
precário, ficamos nós 3 (Eu, Xuxu, e Gege) conversado em Inglês.


Foto Gerlinde e o Café da manhã:


Foi aí que outro carro chega na pousada e um Sr. que deve ser o clone do Paulo Coelho
se aproxima murmurando alguma coisa em alguma outra língua que não era Português,
o nome do clone eu não sei, mas ele é Belga e casou se com uma Brasileira,
mal e mal falava Português, então foi mais um para a nossa conversa em Inglês,
ficamos os 4 conversando sobre a região, até que chega a esposa do cara uma
brasileira até nova por sinal, com 2 filhos aborrescentes, já o Belga não era mais
um garotão, devia ter os seus 60 e poucos anos, a brasileira tinha um pacote extra,
2 filhos, uma menina e um menino. Ficou esta tropa inteira conversando na frente da
pousada sobre fotos, aventuras, animais, o que ver e o que não ver. Como a estrutura
do camping era precária para as mulheres a mulher do Belga não quis ficar acampada ali,
então a família decidiu rodar pela cidade a procura de algo mais em conta e mais bem
estruturado. Conversando com Gerlinde ela já disse que em pouco tempo eles estariam
de volta pois ali era a melhor pousada da cidade, e não deu outra, os caras voltaram
e se instalaram perto de nossas barracas no meio do vento e do frio. A noite chegava
o frio também, então Xuxu foi para o computador ver os e-mails e responder o povo
e eu fui ver TV. Por volta das 22h00 fomos para a barraca, como a minha barraca
parece a toca do Gugu, ela na agüentaria o frio do cacete então joguei meu saco de
dormir dentro da barraca do Xuxu e dormi no chão mesmo ensacado. O saco agüenta
temperaturas de até –15, então eu não passei frio naquela noite. Acordamos
cedo e tomamos aquele café da manhã, comemos como uns animais, pois não tínhamos
planos de almoçar, Gege estava conosco no café e logo em seguida fomos ver o
tempo para saber se iríamos ao Canyon ou não. O tempo oscila demais na serra, em
questão de minutos a temperatura cai drasticamente e sobe também, então ficamos
analizando as nuvens e o vento, e vendo a família do Belga desmontar o acampamento,
foi aí que ocorreu outro fato interessante. O menino mais novo estava olhando as
motos e como a minha moto está toda adesivada, inclusive tem um
adesivo da BMW, e o menino me enchendo de perguntas, segue o diálogo:

A. Menino tagarela: Tio esta tua moto é BMW ?
B.Candango: Sim é Sim.
A. Menino tagarela: quanto ela pega de velocidade?
B. Candango: Ahh us 250 km.
A. Menino tagarela: Mesmo com estes pneus de trilha ?
B. Candango: Não aí ela pega uns 200 km só.

Foi aí que ele se dirigiu a moto do Xuxu, que é completamente
diferente da minha e não tem adesivos nenhum, a não ser os da
yamaha, com pára-lama baixo, toda amarelinha, com bolha e tudo mais.

A. Menino tagarela: É, mas eu não gostei desta tua moto aqui não.
B. Xuxu Ogro: E eu lá comprei esta moto para você achar ela bonita?

A. Menino tagarela: Não falou mais nada... kkkkkkkkk saiu de fininho... kkkkkk
eu chorava de rir, e o Xuxu indignado com o menino e as suas perguntas.

Terminado este episódio, seguimos rumo ao Canyon Fortaleza, estradinha de asfalto
10 km + 22 km de estrada de chão com lama e buracos, mas nada de anormal muito
boa de se andar. Chegamos ao Fortaleza, na portaria as nossas motos tiveram as placas
anotadas, e nos informamos sobre distâncias e o clima, o porteiro nos falou que o tempo
estava bom e que nós iríamos andar 100 metros do local de estacionamento
até o canyon. Eu nunca vi 100 metros tão longos, eu caminhei fácil 1 km para chegar na
entrada do canyon, depois subimos um morro pequeno para ver lá de cima, depois
em meio a lama preta descemos novamente para outro lado do canyon, e fotografando,
apreciando a paisagem, fomos curtindo os momentos e conhecendo gente interessante
e simpática, até que em uma das minhas investidas fotográficas a beira do canyon,
eu entrei em um lamaçal preto para bater uma foto, na volta me deparei com 2 casais
(Uma bichinha gaúcha e uma loira espetaculosa, e um casal de argentinos)
que estavam tentando se esquivar do barro preto e pisar em locais mais secos para não
se sujarem, como eu estava com botas sujas, calca molhada do dia anterior,
eu nem olhava, só pisava no meio da lama e fazia o meu trajeto, curto e reto,
foi quando passei pelos casais, neste momento estava o Fresco do RS e a Argentina e
eu passei no meio deles como um trator e fui embora e infelizmente ouvi a Argentina
comentando com o Bichinha “Mira que Porcón” ou coisa parecida assim, se referindo a
minha pessoa que estava pisando no barro preto, o gaúcho com medo que eu escutasse
fez sinal para ela falar baixo. Na hora eu tive um impulso troglodita de mandar aquela
maldita de volta pra a casa do caralho, mas me contive devido ao lindo visual e as boas
energias que o cercam, segui caminhando indignado e a vingança veio a galope,
logo na seqüência o namorado da Argentina mal comida atola o pezinho na lama preta.
Pronto eu estava com a alma lavada. A loira espetaculosa viu que não tinha como
não se sujar e começou a andar por tudo ignorando a lama preta em seu tênis branco.
Eu cheguei no topo indignado e relatei o fato ao Xuxu e a um casal que lá estava.
Xuxu estava proseando demais com a mulher do cara que se mostrou muito simpática
e gostosa diga se de passagem, que boca (Palavras de Xuxu), então o cara sacando
que o bicho ia pegar para o lado dele retirou a mocinha do local afastando ela
do Mr. Xuxu. Continuamos a fotografar e conversar e foi quando chegou a Argentina
mal comida e o namorado, Xuxu em uma breve investida perguntou de onde eram,
e eles responderam de Mendonza – AR, o diálogo acabou ali, nós descemos o
morro em direção as motocas e rumo a pedra do segredo. Pegamos as motos e
muitos que passavam nos perguntavam de onde éramos e como era a viagem,
a receptividade é tremenda, chegamos as motocas, e seguimos rumo a pedra do segredo.

Fotos Canyon Fortaleza:


Fotos Canyon Fortaleza:


Fotos Canyon Fortaleza:


Fotos Canyon Fortaleza:


Fotos Canyon Fortaleza:


Fotos Canyon Fortaleza:


Fotos Canyon Fortaleza:


Fotos Canyon Fortaleza:


Chegando lá eu vi a placa e já parei, Xuxu o maníaco do barro passou direto e ignorou a placa,
quando ele percebeu que eu não estava atrás dele, ele voltou e aí começamos a ida
a pedra do segredo. Estradinha boa, cheia de lama, decidimos costear o rio que era uma
das trilhas que levava a cachoeira, fomos costeando o rio até chegar no topo da cachoeira
que deve ter mais de 100 metros de queda e encontramos um grupo voltando da pedra
do segredo que já nos mostrou o caminho para chegarmos do outro lado. Os 2 mais velhos
nos perguntaram sobre as motos e as viagens, como eles estavam de jipe, já
percebemos que eles tinham o mesmo pensamento que nós, quanto mais sujo melhor.
Fomos em frente pulando as pedras da cachoeira, embrenhando se em matas fechadas,
subindo morro até ver a belíssima cachoeira que se esconde atrás das pareces do canyon.
O sol é muito quente e o vento frio muito refrescante o que possibilita ficar apreciando
a paisagem por horas a fio sem se cansar. Paramos um pouco para meditarmos e
pensarmos sobre a vida e logo seguimos para a Pedra do Segredo, chegando lá
outra vista exuberante e mais um espetáculo da natureza, ficamos novamente por
algum tempo calados só pensando e observando, escutando os sons da natureza,
e logo nos pusemos na estrada para voltar para a cidade e comer algo já que depois
de mais de 6 km de caminhada o nosso café da manhã estava no pé.

Fotos Pedra Segredo:


Fotos Pedra Segredo:


Fotos Pedra Segredo:


Fotos Pedra Segredo:


Fotos Pedra Segredo:


Fotos Pedra Segredo:


[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=cbSx_xAy14A[/youtube]

Voltamos a cidade, paramos em frente ao mesmo posto Ipiranga e vimos 2 Xt´s 225
paradas no restaurante, lindas as motos, da mesma cor, dourada com preto e intactas.
Já paramos as poderosas do lado uma de cada lado, cada uma mais suja que a outra e
entramos no restaurante para conversar com os 2 amigos viajantes. Comemos,
conversamos com os 2 gaúchos, um de Santa Maria e o outro de Pelotas se não me engano,
batemos um baita papo, e fomos de volta a fazenda pois as 16h00 tínhamos
programado um passeio a cavalo pelas redondezas da fazenda. Chegando a
fazenda as 15:50, mais pontuais que os guardas da rainha da Inglaterra, Xuxu foi ver
com o dono da fazenda sobre o nosso passeio, segue outra comédia:

A. Xuxu: E aí seu Roberto tudo pronto para o nosso passeio?
B. Fazendeiro: Báh, que passeio?
A. Xuxu: Aquele que marcamos hoje de manhã com você mesmo durante o café da manhã.
B. Fazendeiro: Opa. Agora sim lembrei, já vou encilhar os cavalos e levo para vocês ali no camping, me dê 5 minutos.
A. Xuxu: Tudo bem, estaremos esperando.

Xuxu volta meio indignado que o cara tinha se esquecido do nosso passeio
mas tudo bem, trocamos de tênis/bota para andar a cavalo.
Passam se 5 minutos, 10 minutos, quase 30 minutos e lá vem o Sr. Roberto.

B. Fazendeiro: Báh Tchê, não teria como vocês fazerem este passeio amanhã?
A. Xuxu: Não podemos não, nós nos programamos para hoje e queremos fazer hoje.
B. Fazendeiro: É porque tivemos um entrevero e não podemos fazer o passeio de vocês hoje, só amanhã de manhã.
A. Xuxu: Veja bem (Em tom de stress) Nós nos programamos para estar aqui e fazer este passeio agora, deixamos de fazer outros passeios hoje e amanha temos outros passeios para fazer.
B. Fazendeiro: Se vocês quiserem ainda tem umas 3 horas de sol
pelo horário do sol ( já se passava das 16e30) então vocês podem
passear ainda agora e amanhã as 7 da manhã estarei com os cavalos
encilhados aqui na frente para vocês andarem até as 8 e depois tomam café e seguem viagem.
A. Xuxu: Vamos pensar e hoje a noite falamos com o seu filho(em tom altamente descontente).

Xuxu tava visivelmente indignado, eu estava muito puto pois adoro andar a cavalo,
mas como estou ficando a cada dia mais Zen, eu não demonstrei o meu descontentamento,
só permaneci calado, o dono da fazendo preferiu fazer sala aos amigos dele que estavam lá
visitando do que nos dar 2 pangarés para debulharmos durante a tarde. Lembram-se da
programação, a esta altura estava mais que furada, ehheheheh, seguimos para
a Cachoeira dos Venâncios, que fica perto da cidade também, montamos nas motocas e
rumo a cachoeira, 7 km de asfalto e mais uns 20 de terra, muito boa a estrada até a
entrada da cachoeira. Chegando na entrada tem uma taxa de 4 reais de visitação, eu sou
altamente a favor de se cobrar a entrada dos parques e locais turísticos, contudo que este
dinheiro seja usado para melhorias e estrutura do local, a cachoeira não tem estrutura
nenhuma, banheiro é o mato mesmo, churrasqueira é um monte de tijolo no chão e fique
feliz que eles ainda estão por lá , lixeira não existe, não vi nenhuma por perto, felizmente
o povo que a freqüenta é civilizado e não suja a cachoeira. A descida é complicada pois
tem um morro que desce e tem umas valetas laterais e pedra solta por tudo que é
canto então as pessoas deixam o carro em cima do morro e descem a pé, nós descemos
de moto, já que se está no inferno, abrace o capeta, fomos derrapando o que podia e não
podia nas motocas e subimos cavoucando mais que um trator esteira. É uma seqüência
de cachoeiras para ver todas você tem que entrar literalmente no meio do mato e seguir
pelas trilhas, que não tem indicação alguma, você mesmo se acha e faz as trilhas pelo
barulho da água, o local é lindo de se ver, tiramos muitas fotos e fizemos vídeos, vale
a pena ir para ver, não creio que seja possível tomar banho pois a água é gelada demais
e os locais de banho são um tanto restritos devido a força das águas e das quedas.

Cachoeira dos Venâncios:


Cachoeira dos Venâncios:


Cachoeira dos Venâncios:


Cachoeira dos Venâncios:


Cachoeira dos Venâncios -
Saímos da cachoeira dos Venâncios e começamos a ir para casa, estrada de chão,
Xuxu estava novamente endemonhado começou a enrolar o cabo, 80, 100, 120, 130km/h
na amarelona e eu andando a 100, 110 vendo ele se distanciar não conseguia
acreditar no que eu via, um cara que um dia antes não sabia nem a cor da terra,
já estava voando nas estradas de chão, aquela cena me deu um prazer tremendo
e uma alegria imnsurável, eu realmente havia despertado o monstro dentro deste
leguminoso.
Terminada esta parte do passeio, voltamos a pousada, Xuxu ficou
na internet e eu fui registrar o por do sol simplesmente maravilhoso.

Por do Sol:


Cansados e com sono, resolvemos fazer um pequeno fogo ao lado de nossa barraca
para ver se esquentava um pouco. Xuxu pediu a Roberta um pouco de lenha e ela
prontamente cedeu com aquele sorriso imenso estampado no rosto, Xuxu foi a
cozinha e pegou a lenha que precisava (lenha grossa de lareira), subtraiu também uma
garrafa de álcool e uma caixa gigantesca de fósforos, isso sem o conhecimento
de Beta (estamos ficando íntimos), pegamos a lenha e colocamos a barraca ao
lado da churrasqueira, juntamos o sapé, grimpa, aqueles galhos de araucária para
iniciar o fogo, colocamos álcool e VRUMMMMM Fogo em Roma.... O fogo foi tão violento
e nós tão burros que se o vento virasse iria todo mundo dormir na barraca do
Gugu passando frio. Depois deste incêndio momentâneo, o fogo apagou, começamos
então a pegar todas as grimpas do terreno, este treco espinha muito, tem pontas
afiadíssimas, mas queima muito facilmente e produz uma brasa boa. Depois de
infinitos carregamentos de grimpa conseguimos acender o fogo só que o lazarento
do fogo deu tanto trabalho que estávamos exaustos e nem curtimos o fogaréu, já fomos dormir.

El Fuego:


No dia seguinte, outro café da manhã e comemos mais que no dia anterior pois
estávamos frustrados com o passeio a cavalo, então comemos o que dava e o que não dava,
até uma tripa de salame levamos para casa, muito bom por sinal. Saímos cedo
de Cambará do Sul, o tempo estava fechando e seguimos rumo a São Francisco de
Paula aonde nos informamos e pegamos a Rota das Barragens, só estrada de chão,
fomos a Barragem Blang, paramos para tirar fotos e apreciar a paisagem,
na nossa saída, o meu amigo Xuxu me prega outra peça, quase outra versão submarina da XT.
Na saída da barragem tem 2 vertedouros, aqueles canos imensos que são abertos
para escoamento da água, um deles estava aberto, conseqüentemente molhou a ponte
de madeira que estava na frente, Xuxu vem apreciando a paisagem e na ponte de
madeira ele da uma escorregada, não sei qual das rodas escorregou e ele grudou no freio
o que fez a moto derrapar e ele se segurar no corrimão da pontezinha. Se não tivesse
o corrimão salvador eu teria que pegar a motoca do outro lado da ponte pois o poço
era fundo e a água passava com força, para nossa sorte foi somente um susto e
repassado do mesmo saímos em direção a segunda barragem a Barragem do Salto.

Barragens:


Barragens:


Barragens:


Barragens:


Paisagens incríveis e indescritíveis, passada a segunda barragem fomos rumo a
Canela por estrada de chão até um pedaço e como não conhecíamos a região tivemos
que pegar asfalto, mas existe uma outra estrada de terra que chega em Canela,
só descobrimos depois. Passamos o roteiro tradicional Gramado e Canela e descemos novamente sentido 3 Coroas.

Foto de Turista:


Foto de Turista:


Chegando a 3 Coroas nos dirigimos ao parque da laranjeiras, local aonde iríamos fazer
o outro passeio, agora o Rafting. Entramos no parque que por sinal é um lugar muito bem
estruturado, esperamos o nosso guia, enquanto esperávamos tomamos um litro de
coca gelada, e nosso guia chegou, Ênio e mais 2 camaradas. Conversamos
uma meia hora e fomos para o centro de instrução do Rafting, chegando lá Xuxu perguntou
se algum deles tinha manteiga de cacau para os lábios que estavam ressecados,
foi então que mais uma parte cômica desta aventura aconteceu, André, um dos caras
que veio com Ênio, disse a Xuxu que o protetor solar Sundown Kids era bom para os
lábios, Xuxu no desespero de lambusar seus lábios, não perdeu tempo,
encheu a mão de Filtro solar Kids, e mandou ver.

Foto Rafting André e Xuxu:


Foto Rafting Candango:


Foto Rafting:


Foto Rafting – Xuxu, Ênio e Candango:


Terminado a crise de risos, nós recebemos os equipamentos para a descida,
recebemos as instruções, colocamos o bote na Rural e fomos só nós 2 no bote.
O instrutor nos falou que a possibilidade de o bote virar com 2 pessoas era muito
maior do que com o bote cheio, então teríamos que remar muito para manter ele na linha,
e lá fomos. Vimos botes lotados de gente com 8 pessoas e o instrutor, mas nós 2
valentes guerreiros seguimos corredeiras acima e abaixo somente com 2 remos,
nos divertimos a doidado, fizemos surfing de bote, descemos corredeiras, remamos como
gente grande, digo até que nos divertimos mais que os outros botes cheios de
gente, foi tão divertido que um grupo de 3 falcons de Porto Alegre que estava observando
o passeio já quis fazer um passeio só de observar o nosso juntamente com Ênio.
No fim do passeio nós compramos um CD com as fotos e viemos para casa felizes
e contentes, molhados, cansados, queimados de sol, com os braços doendo mas o sorriso na orelha.

Foto Rafting:


Foto Rafting:


Foto Rafting:


Foto Rafting:


Foto Rafting:


Foto Rafting:


Foto Rafting:


Chegando a Novo Hamburgo, nos deparamos com uma rodovia tomada por pardais,
radares fixos, móveis, polícia com radar, um inferno, então não pudemos enrolar o cabo,
tivemos que nos conter na faixa dos 100km/h. Chegando a Canoas pegamos um
engarrafamento daqueles de SP, um trânsito caótico, como o Xuxu é muito delicado
ainda para estas coisas e a sua moto ainda está muito silenciosa, eu tomei a frente
e fui abrindo o corredor, moto barulhenta, dando tiros no escape, e buzinando,
até os motoboys saiam da frente, não perdoava nada e nem ninguém, e quando eu
via algum babaca no celular no meio do engarrafamento aí mesmo que eu acelerava
na janela do cara, para ensurdecer. Xuxu vinha logo atrás pegando somente a
parte boa, o corredor aberto e os motoristas atordoados pela zoada feita por mim.
Chegamos a toca do Elvis (<!-- m --><a class="postlink" href="http://www.seguirviagem.com.br">http://www.seguirviagem.com.br</a><!-- m -->) fomos mega ultra bem
recebidos como sempre, e com aquele café da tarde para ninguém botar defeito.

Este foi o fim desta viagem. Aguardem o relato da
Serra do Vinho e Chimarrão no Inferno.

Abraços

Candango XT660
Xuxu da Malmita – XT660
Elvis e Jaque – DR800

[Adriano]

Candango e Xuxu, bela viagem, de cair o queixo. Parabéns ! 8)

Um abraço

[xuxudamalmita]

Maravilhoso relato, MEU GRANDE AMIGO CandanGAY... pelo jeito, o teu alucinante pique de vitaminado com mistura de Prozac, rebite de anfetamina e chá de coca não é apena sobre o banco da motoca, mas no teclado também... hehehehe.. depois de um dia inteiro de barro, areia, sol escaldante e alguns tombos... este sequelado ainda ficava até altas horas da madrugada escrevendo as linhas acima... rsrsrsrs.

Mas resumindo a história... foram 4 passeios diferentes dentro desta viagem ao sul, sempre previlegiando estradas vicinais de terra, oNde a natureza se mostra com mais força e o prazer de viajar é maior:

1.Cachoeira do Chuvisqueirinho - Cidade de Riozinho - Serra Gaúcha.

2.Campos de cima da serra gaúcha - Cambará do Sul, Cânion Fortaleza, cachoeiras, travessia de rios, etc - todo o lado norte/nordeste da serra gaúcha - 3 dias

3.Serra gaúcha - Muçum, Cotiporã, Bento Gonçalves, Garibaldi, ou seja, a famigerada Rota do Vinho, compreendendo muita estrada de terra, viaduto 13 (o mais alto do Brasil), cachoeiras, rios, lindas paisagens de serra, chuva, etc - todo o lado noroeste/oeste da serra gaúcha - 2 dias

4.Estrada do inferno / Volta da Lagoa dos Patos - Mostardas, Tavares, Rio Grande, Pelotas - Muita, mas muita areia, de todo o tipo, bancos de areia, areia movediça, areia dura, areia mole e logicamente areia na boca, areia na bunda, areia até dentro da orelha e outro locais menos nobres... heheheheh - e muito barro, terra, resumindo... conheci o meu limite, com um tombo cinematográfico, mas não conheci o limite da XT... - 3 dias

Aguardem que este Gardenal em forma de gente vai contar com detalhes e F-O-T-O-S...

[Renato Corrêa]

Parabéns!! Bela aventura.. Realmente da água na boca e na moto.rsrsrs...Brincadeira.

Abraços............

[Martinez]

Caramba, o Candango não era de escrever muito por aqui,
e repentinamente faz um relato desses, espero que apareça
mais vezes... hehehe

Esse Canyon Fortaleza, a Pedra do Segredo, e todo o resto
são roteiros imperdíveis. Poderiam ter chamado os amigos né :twisted:

Abração aos Xtzentos.
Martinez

[Nelson MG]

Parabéns aos dois malucos pelo belo passeio e, ao Candango, pelo detalhado e gostoso relato.

[Candango]

Renato, Adriano, Martinez e Nelson....

Não foi por falta de convite, chamamos todos os que conhecíamos a nossa volta,
mas eles nao puderam ir por seus motivos pessoais e familiares e financeiros e afins....

O passeio vale a pena fazer, é legal demais, tem muito mais foto mas deixei
apenas uma aperitivo para o DVD que vai ser confeccionado logo em breve.

Com relacao a postagens, eu estou meio sumido da internet, devido a varios fatores,
um deles é que estou na estrada a uns 4 meses e viajando sempre
tem se pouco tempo para fazer relatos e afins.

Agora que voltei a tomar gosto pela coisa, vou fazer o próximo relato da Serra Gaúcha
- Região do Vinho - vou comecar agora mesmo, e depois tem o relato
da Estrada do Inferno, esta foi a mais alucinante de todas.. kkkkkkkkkkkkkkkkkk ]



Abracs

[SevenBSB]

é isso ai Candangueti!!!!!

[Candango]

kkkkkkkkkkkkkkk Seven ate aqui vc esta? sai pra la chulé...kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

tem mais algum forum que eu tenha que estar pra ver teus relatos? auhuahuauhaha

Abracs

[Adriano]

Caro Candango, atualmente rodo pouco, não tanto quanto gostaria. . Mas quem sabe um dia eu apareço nas fotos de seus relatos. hock:

Um abraço