Esse "No Estaleiro" foi ideia minha - assim como o "In Memorian" - justamente para podermos acompanhar e nos solidarizar, mesmo à distância com as doenças, os tombos e outros perrengues dos amigos.
Por isso estou abrindo este tópico.
Aqui, longe das grandes cidades a gente fica sem saber do dia a dia. Esse vírus malévolo deve estar afetando nossa povo também. Por isso gostaria de propor dividirmos essas informações. Quem infectou, quem sarou, quem vacinou, o que pensam a respeito etc?
Vou contar para os amigos como vai minha quarentena.
Tive com a esposa uma conversa esclarecida. Eu defendia quarentena radical, mas ela preferiu ficar no apartamento para atender suas irmãs, idosas também.
Fui pra casa de Jacaraípe e me instalei. Ficar totalmente sozinho não é prá qualquer um. Precisa prática rsrs.
Eu não tenho a menor chance com esse covid.
Asma, rinite alérgica, bronquite crônica, sinusite, alergia ao frio, fumante por 25 anos, má formação cardíaca, bebi todas, comi todas portanto obeso; além de ser proprietário de uma coleção completa de hérnias, que adoram se arrebentar nas tosses.
Ah! Ainda septuagenário...
"Instalar" é modo de dizer. A casa estava só com uma cama. Passei três meses fabricando móveis e instalações. Tudo com material velho do quintal ou que catei na rua. Bem ao estilo sobrevivencialismo ?.
Completou a mobília, um tanquinho, um fogareiro elétrico, um PC e um celular. Sem TV, sem ar condicionado nem ventilador, internet só do celular, um ferro passar roupas. Ah, sim uma deliciosa Sahara, uma combalida NX e uma Kombi esperando vaga na UTI.
Isso foi há um ano e um mês.
Faço compras a cada 6 meses no atacado. A alimentação também é sobrevivencialista, com viés de viajante kombero. Já vou praticando.
Só pra completar o quadro, minha cozinha tem uma panelinha com tampa, um copo comum, uma colher, uma colherzinha, uma faca e um garfo, uma peneirinha de chá. Além do fogareiro de uma boca, um aquecedor "rabo-quente". Detesto lavar louças.
O café da manhã é solúvel com creme de leite e achocolatado com bolacha maizena. Nada de pão, leite, manteiga ou outros.
Faço o almoço e janta juntos na panelinha. Lentilha - que não exige geladeira tanto quanto o feijão, já durou uma semana comigo - com arroz, partes iguais. A proteína vem de salsicha e atum em lata. Às vezes um chá com cream cracker e margarina a tarde.
Sem geladeira, micro-ondas, fryair, liquidificador etc.
Domingo, pra ouvir o Fla no radinho (celular), faço uma pipoca.
Além das visitas da minha mulher a cada 20 dias, tenho uma psiquiatra que mora comigo: a Kombi e sua restauração. Sem essa "diversão" não acredito que aguentaria esse isolamento.
Talvez abro um tópico sobre a evolução da Kombi prá vocês acompanhar.
É isso aí, gente boa. Abraço.
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Obs.: Levei um bom tempo desenvolvendo esse "sistema" sobrevivencialista, para as viagens mais radicais de moto. Se for pensar em algo parecido é bom se informar bastante a respeito de nutrição, preparo de alimentos etc. Além disso leva-se um tampo na prática até o metabolismo se adaptar. Essa coisa de flora e fauna intestinal, alergias, disfunções orgânicas, enzimas e outros aspectos. Corpo humano é muito complexo e de equilíbrio delicado.
Jeff, só um palpite... edite os vídeos para não ficar "cansativo".
Vc diz o que vai fazer, filma fazendo uns 30 segundos e depois já passa para outra coisa, fazendo de novo a gravação de vc falando o que fará e começando os serviços... e assim por diante.
É uma observação no sentido para os vídeos não ficarem cansativos. Esse que vc postou tem 5 minutos de vc "lixando" a lataria, depois mais vários minutos tirando a massa com taiadeira.