mott Escreveu:E um detale, nos anos 80 a honda mandou uma circular p/ as revendas, dizendo que a troca do oleo en td as moto deve ser feita a cada 800Km, pelo motivo do oleo evaporar do motor( coisa e não acontece c/ oleos, na realidade é devido ao oleo Mobil no Brasil ser recondicionado e de pessima qualidade). particularmente só uso o Catrol GP que no Brasil é un dos poucos oleos que não são recondicionado. oleo p/ mi é 1000, 1500 ja troco, p/ nun da problema.
abs
Olá Mott... onde achou essas informações?
Se realmente o Mobil for rerrefinado isso o torna ainda melhor.
Não usamos o termo "recondicionar" o óleo porque na verdade ele passa por um processo físico-químico onde são extraídos os compostos degradados do óleo lubrificante usado, transformando-o em óleo mineral básico
rerrefinado. Isso quer dizer que fica com características melhor mesmo do que o óleo de primeiro refino. Por questões econômicas os óleos de primeiro refino acabam chegando no mercado com alguns componentes indesejáveis.
Isso não é "achismo" meu... já comprovei em laboratório.
Quem tiver paciência veja o processo abaixo... já acompanhei e é muito interessante:
DESIDRATAÇÃO
O descarregamento é efetuado através de uma caixa receptora, onde o óleo lubrificante usado passa por um processo de peneiramento e de filtração para retenção de particulados sólidos de maior dimensão. A desidratação se inicia com um pré-aquecimento do óleo até 80ºC antes de ser enviando aos desidratadores.
Nos desidratadores, que atuam com trocadores de calor externos em circulação forçada, o óleo é desidratado a 180ºC numa operação em batelada.
A água e os compostos orgânicos leves evaporados são condensados e separados em um balão separador de fases.
Os compostos orgânicos leves são reaproveitados no processo e a água é enviada para tratamento na Estação de Tratamento de Efluentes (ETE).
DESTILAÇÃO FLASH
O óleo desidratado é bombeado para os fornos pré-destiladores, onde é aquecido até uma temperatura de 280ºC. Após o forno, o óleo entra no sistema de vasos de flasheamento a autovácuo (20 mbar), onde são separadas as frações leves do óleo usado, obtendo os óleos neutros médios e leves e óleos spindles. Estes tipos de óleos são elementos constituintes para a formulação de óleos lubrificantes acabados, anti-espumantes, etc.
Para que possam ser utilizadas, essas frações precisam de um tratamento final que é efetuado através das seguintes etapas: Tratamento Químico, Neutralização/Clarificação e Filtração.
DESASFALTAMENTO
O óleo neutro médio é bombeado para os fornos pré-evaporadores, onde é aquecido a uma temperatura de 380ºC. Após o aquecimento, é enviado para os evaporadores de película, onde em autovácuo (1 mbar) separa-se a fração asfáltica do óleo.
TRATAMENTO QUÍMICO
O óleo proveniente da destilação e do desasfaltamento possui ainda uma fração de componentes degradados. Para extraí-los, efetua-se um tratamento químico com a aplicação de uma quantidade de ácido sulfúrico onde, através do processo de aglomeração e decantação dos componentes, obtêm-se o composto ácido.
O óleo ácido obtido pelo processo de decantação é direcionado para a etapa de neutralização e clarificação.
O composto ácido recebe um tratamento adequado através dos processos de lavagem com água, neutralização e desidratação, transformando-se em combustível pesado para fornos de alta temperatura.
A água ácida gerada do processo de lavagem do composto ácido é neutralizada com a cal hidratada, transformando-se em gesso para corretivo de solo (gesso agrícola).
NEUTRALIZAÇÃO / CLARIFICAÇÃO
Após o tratamento químico, o óleo ácido é bombeado para os reatores de clarificação e neutralização onde é adicionada a terra fuller e a cal que, através de um processo de adsorção, removem os compostos degradados remanescentes, adequando a cor e a acidez do óleo básico rerrefinado.
FILTRAÇÃO
A mistura óleo/terra fuller/cal passa por filtros-prensa para separar a terra e a cal. O composto sólido obtido após a filtração é empregado em indústrias cerâmicas e cimenteiras.
Após a filtração dos particulados de maior dimensão, o óleo passa por filtros especiais para eliminar os particulados remanescentes. No final do processo é obtido o óleo básico mineral rerrefinado, que apresenta as mesmas características do óleo mineral básico refinado. Posteriormente a estas etapas, o óleo é armazenado em tanques aéreos.
As especificações de viscosidade, densidade, cor, ponto de fulgor, acidez, corrosão, cinzas, teor de água e materiais particulados, são analisadas pelo Laboratório para garantir a rastreabilidade de todos os lotes pelo controle de qualidade