Projeto Ushuaia - Workshop RS1 Bombou - Fotos pg 19

[Paulinho (In Memorian)]

Parabéns Nelson...deu frutos a sua viagem...valeu!

[nelsonbad32]

Beleza Galera.

Depois de um longo e tenebroso inverno, volto a mexer com as coisas da viagem (e já planejando as próximas).

Segue as primeiras vídeos montagens.

Dia 01 - Ibiúna-SP à Bento Gonçalves-RS - 1.050 km
Kansas - Carry On My Wayward Son
[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=-zt87741v-4&feature=channel[/youtube]

Dia 02 - Bento Gonçalves-RS à Chuí-RS - 700 km
Quiet Riot - Bang Your Head
[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=_ODIc5c1qXw&feature=related[/youtube]

Dia 03 - Chuí-RS à Buenos Aires-AR - 600 km
Metallica - Wherever I May Roam
50 Cent - Disco Inferno
[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=SqlDjeTAk9w&feature=related[/youtube]

Dia 04 - Buenos Aires-AR à Bahia Blanca-AR - 740 km
Metallica - Enter Sandman
[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=enGrgC6L7d8&feature=related[/youtube]

Dia 05 - Bahia Blanca-AR à Trelew-AR - 770 km
Tito and the Tarantulas - Strange Face of Love
[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=u_A6Jhab0nw&feature=channel[/youtube]

Em breve retomo os relatos.

[nelsonbad32]

Dia 09 - 28/11/2009 - Ushuaia-AR - 100 Km
Saída: 09:45 hrs - Chegada: 00:00 hrs - Pôr do Sol: Não Sei

Tirei o dia para passear e foi um dia bem cheio, acordei por volta de 08:00 hrs e tomei o café da manhã no Hostel. O ambiente é ótimo, parece uma torre de babel, gente de todos os lugares do mundo, falando vários idiomas, as únicas dificuldades eram tomadas (poucas e muita gente para carregar bateria de camera, gps, etc) e banheiro, durante a noite tirei um carregador da tomada, que já estava com a bateria carregada e coloquei a minha, quando acordei, já tinham tirado a minha e colocado outra e o banho, procurei tomar bem cedo (por volta das 06:00 hrs) para evitar os congestinamentos da parte da manhã.

Café tomado e roupas de frio colocadas (dentro do Hostel a temperatura é bem agradável, devido a calefação), saí para pegar a motoca e percebi uns pontos brancos nos protetores de punho, olhei para o céu e estava nevando, a alegria foi enorme, era bem pouco, mas para quem nunca viu, era uma coisa fantástica.

Saí para procurar uma oficina que tivesse um paquímetro (na Argetina calibre), para medir a profundidade dos pneus para a planilha da Rinaldi, tive um pouco de dificuldade para achar, mas pessoas são muito educadas e se esforçam bastante para ajudar, achei uma loja grande de máquinas, que vendia quadriciclos, moto-serras, etc e a dificuldade foi explicar o que eu queria, com boa vontade de ambas as partes e bastante paciência consegui o que eu precisava, próximo da loja tinha uma Falcon bem equipada (baús, bolha, etc), fiquei observando-a e logo chegou o dono, conversamos um pouco sobre viagens e sobre o Encontro de Motos que ocorreria a noite.

Em seguida fui para o Glaciar Martial, e quanto mais eu subia, mas maravilhado ficava, o tempo estava bem nublado e, enquanto subia, a neblina foi aumentando e logo começou a nevar, fraco no ínicio e ficando cada vez mais forte, foi uma sensação incrível, durante a subida vi alguns pontos com neve acumulada, tirei algumas fotos, mas eu queria ainda mais.

Desci do Glaciar e fui para um posto de gasolina abastecer e dar um trato na motoca, troquei o filtro de ar, regulei e lubrifiquei a corrente, coloquei um parafuso no suporte da pedaleira traseira direita que se soltou na estrada e tomei um lanche na loja de conveniência, e o vento não dava trégua, tinha que ficar bem atento as coisas para não sairem voando.

Com a motoca abastecida e revisada, fui até uma casa de cambio, pois queria trocar alguns pesos argentinos por pesos chilenos, pois iria abastecer em Cerro Sombrero na volta e não queria ser explorado novamente por usar moeda argentina. Na fila da casa de cambio encontrei com a Victoria, que havia conhecido no Hostel e ela me mostrou as fotos que tinha tirado no Glaciar Martial, lugares muito mais bonitos do que eu tinha ido, decidi ir novamente para lá, com as informações que ela me passou.

Agora sim, me esbaldei na neve, tirei muitas fotos, nevou com força, não tinha vontade de sair mais de lá, me sentia uma criança, só faltou fazer o boneco de neve.

Mas ainda tinha bastante coisa para conhecer, desci a montanha e fui até a Bahia Lapataia, que fica no Parque Nacional Tierra del Fuego (entrada 50 pesos argentinos) e o final da Ruta 3, na volta ainda passei na estação de Trem do Fin del Mundo.

Voltando ao Hostel, encontrei novamente com a Vic, que logo iria embora, sua condução já estava agendada, abri o vinho Miolo que havia ganho do amigo Fusoya e tomamos na sua despedida, ela só tomou um copo e eu matei a garrafa. rsrsrsrsrs

Acompanhei-a até o ponto que pegaria a van até Rio Grande e ficamos conversando até a mesma chegar, depois fui procurar uma fita silver tape para comprar, para seguir o conselho do amigo Jorge de Azul, que era enrolar essa fita na mangueira de água da XT, para dar uma proteção extra contra as pedras, nos trechos de rípio que iria percorrer, fui em umas 3 lojas até que encontrei, durante a procura, encontrei com um grupo de motociclistas de Rio Gallegos que tinham vindo para o Encontro Internacional, conversamos um pouco e ficamos de nos encontrar mais a noite, durante o evento.

Retornando ao Hostel fui convidado por novos amigos para jantar um típico jantar Israelita, que eles estavam fazendo na cozinha do Hostel, aceitei com alegria, mas não tinha o que oferecer, dessa forma peguei a última garrafinha de wisky que tinha comprado no Buquebus, entre o Uruguai e Argentina, e tomamos durante o jantar (na verdade, só deram umas bicadinhas, matei a garrafinha também).

O jantar estava ótimo e a conversa também apesar dos problemas com o idioma, o Ofek conhecia um pouco de português e de espanhol, a Yarden só um pouco de espanhol e a Lital e a Shoham somente hebreu, dessa forma conversávamos em espanhol e a Yarden ia fazendo a tradução simultanea para as meninas e o Ofek me perguntava algumas coisas em portugues, que eu respondia em portugues e em espanhol para a Yarden poder entender, tudo muito louco, mas muito divertido.

O papo estava tão bom que esqueci do encontro, já era 22:00 hrs (21:00 hrs no horário argentino), lembrei do encontro, despedi dos amigos e coloquei minhas roupas de frio, segui para lá, apanhei um pouco para chegar ao local do evento, mas deu tudo certo, não quis tomar nem uma cerveja pois já estava meio chapado devido ao vinho e ao wisky, consegui conversar um pouco com dois brasileiro de Florianópolis que foram para o evento, um de V-Strom DL 1000 e outro de BMW 1200 GS, também tirei algumas fotos com a galera de Rio Gallegos e fiquei até o final do evento, saindo de lá quase às 01:00 hrs e fui direto para o Hostel.

[nelsonbad32]

[Nelson MG]

Xará.

Beleza de postagem. Muito legal seu relato e fotos.

Um grande abraço.

[nelsonbad32]

Nelson MG Escreveu:Xará.

Beleza de postagem. Muito legal seu relato e fotos.

Um grande abraço.

Beleza Xará.

Ainda não li sobre sua viagem para o Amazonas, pois quero pegá-la com calma e ler tudo.

Tô na maior correria por aqui, estou preparando a viagem para o nordeste e quero terminar essas relatos antes de viajar (já deveria ter feito a muito tempo).

Abração.

[nelsonbad32]

Dia 10 - 29/11/2009 - Ushuaia-AR à Esperanza-AR - 740 km
Saída: 07:15 hrs - Chegada: 20:43 hrs - Pôr do Sol: Nublado

Apesar da noite ter sido longa e ter ido dormir bem tarde, acordei por volta das 06:00 hrs, arrumei rapidamente minhas coisas e caprichei nas roupas de frio, deixei para tomar café na estrada.

Aproveitei para tirar algumas fotos no orla e o frio estava intenso, mas as paisagens lindíssimas.

Toquei direto até o Paso Garilbaldi e parei para tirar algumas fotos, o frio estava demais, mas prossegui daquele jeito mesmo.

Não aguentando mais de frio, parei em Tolhuim para tomar um café e colocar mais equipamentos, a loja de conveniência tinha calefação, então rapidamente me aqueci.

Chegando em Rio Grande, procurei o amigo Guilhermo do Clube XT 600, procurei primeiro a concessionária de carros que ele trabalha, mas estava fechada, tentei ligar no seu celular do posto de gasolina que tem em frente, mas não consegui, expliquei minha situação para a atendendo da loja de conveniência e ela ligou do seu celular pessoal para o Guilhermo e rapidamente ele chegou.

Conversamos um pouco e recoloquei um parafuso que tinha se soltado na motoca (nem lembro onde), o clima estava frio e o vento muito forte, mas tinha que seguir em frente, ainda tinha muito para rodar.

Motoca abastecida e sigo rapidamente até San Sebastian-AR, abasteço novamente e faço os tramites de saída da Argentina, logo entro no Chile e decido almoçar pois a fome está apertando e ainda estava muito longe de Cerro Sombrero-CH.

Pago a conta em pesos chilenos e sigo em frente, o vento não me amedronta, apesar de forte, parece que não estava tanto quanto na vinda, o tempo sempre nublado, mas não choveu.

Chego em Cerro Sombrero-CH e encontro com uma galera de BMW abastecendo as motocas, tento uma comunicação mas, pelo jeito, eram alemães com motos alugadas e não eram muito amistosos (também não entendi nada que falaram), ainda passei em frente ao hotel que estavam hospedados para tirar algumas fotos das motocas.

Segui até a balsa que faz o transbordo do Estreito de Magalhães e estava um grupo de argentinos idosos, que faziam parte de uma excursão de ônibus, um senhor veio falar comigo, perguntando se meu sobrenome era Rinaldi (devido aos adesivos na moto), pois o sobrenome dele era Rinaldi, expliquei que era a marca dos pneus (cobiertas), que era um fabricante brasileiro, etc, depois, durante a travessia, selecionei alguns adesivos que ainda tinha da Rinaldi e lhe presentei, foi uma passagem muito agradável.

Mais um pouco de estrada de concreto no Chile e chego a aduana integrada Chile-Argentina (Paso Austral), mais burocracia e estou liberado, sigo para Rio Gallegos e paro para abastecer e comer um lanche, já são 19:30 hrs e ainda está claro, estou bem cansado mas decido andar mais um pouco, a garrafa pet que levava e tinha sido útil na vinda estava vazia e aproveite para enchê-la, para alguma necessidade, mas já estava ciente que seria impossível chegar até El Calafate-AR naquele dia.

Passo por Guer Aike-AR e sigo para Esperanza-AR, perco a garrafa Pet com gasolina no caminho, paro para abastecer e decido ficar por ali, junto ao posto de gasolina (estacion de serviço) tem um hotel simples, mas com calefação, me deixaram guardar a motoca no corredor do hotel, mas a cidade mesmo nem cheguei a visitar, me informaram que não tinha nem internet nem telefone, jantei um pedaço de pizza e um pedaço de torta, com uma Quilmes de litro e fui dormir por volta das 23:30 hrs.

[nelsonbad32]

[pastor_edu]

Meu amigo, o Brasil pode ser o melhor pais do mundo (eu que moro aqui, acredito nisso) mas, que a Argentina e seu povo também é de tirar o chapeu, ah, isso sim! Eu gosto muito de viajar pela Argentina. Agora, fiquei triste com essa foto do campo minado, quase posso jurar que essa placa deve estar do lado chileno, o "nazista" Exercito do Chile é um dos unicos no mundo que ainda usa minas, que sao proibidas pelas convençoes internacionais. Na fronteira Chile-Perú, é a mesma coisa, lá me deparei com esse entrave, do lado chileno não dá pra dar um role pelas areias...a gente pode explodir :x

[nelsonbad32]

pastor_edu Escreveu:Meu amigo, o Brasil pode ser o melhor pais do mundo (eu que moro aqui, acredito nisso) mas, que a Argentina e seu povo também é de tirar o chapeu, ah, isso sim! Eu gosto muito de viajar pela Argentina. Agora, fiquei triste com essa foto do campo minado, quase posso jurar que essa placa deve estar do lado chileno, o "nazista" Exercito do Chile é um dos unicos no mundo que ainda usa minas, que sao proibidas pelas convençoes internacionais. Na fronteira Chile-Perú, é a mesma coisa, lá me deparei com esse entrave, do lado chileno não dá pra dar um role pelas areias...a gente pode explodir :x

Beleza Pastor_Edu.

Vc tem razão, esse "campo minado" é em território chileno, bem no acesso para o transbordo do Estreito de Magalhães (ainda bem que de moto não paguei para ir ou vir).

Também acho um absurdo esses campos minados, que fazem mais vítimas civis do que militares, um grande exemplo disso é o nosso país irmão Angola (que também teve colonização portuguesa).

Mas é isso, seguimos em frente, logo vem mais relatos por aí.

Abraços.