06-04-2011, 02:23 PM
Dia 32 - 16/10/2010 - Moquegua-PU à La Paz-BO - 440 Km
Tive uma ótima noite de sono, acordei por volta das 08:00 hrs, dei uma ajeitada nas minhas coisas e sai em busca de um café da manhã, mas era cedo demais, com as duas horas de diferença pelo fuso horário, ainda estava tudo fechado, mas o sol já se fazia presente, aproveitei para caminhar pelas ruas tranquilas de Moquegua, vi os contrastes da praça central vazia de manhã ao contrário da noite anterior, com muita gente nas ruas.
Uma meia hora depois, encontrei um barzinho aberto e tomei um café bem meia boca, depois fui dar umas voltas no Mercado Municipal, mas não gostei, muita sujeira, em seguida ainda fui em uma Lan House mandar notícias para os amigos.
Voltei ao hotel e tinha um mecânico tentando tirar a roda da Harley do amigo francês, ainda emprestei um alicate para ele, mas a coisa estava complicada, tentei ajudar mas não estava dando certo, logo depois fui procurar um banco para tentar trocas os pesos chilenos que ainda me restavam, mas não consegui eles só trocavam dolares ou euros por soles.
Retornei ao hotel, terminei por instalar minhas bagagens na moto e pedi meu alicate de volta, o mecanico teria que se virar com as ferramentas que tinha, despedi dos novos amigos e sai de Moquegua às 11:30 hrs, em poucos quilometros já começa a subida da Cordilheira, no início com muita vegetação, que vai sumindo enquanto a estrada para serpenteando montanha acima, fui bem tranquilo, aprecisando bastante a paisagem, até voltei um pequeno trecho para tirar uma foto que achei interessante.
Menos de 50 km depois, passei por uma pequena cidade que não lembro o nome, vi um posto de gasolina, mas achei que não era necessário abastecer, conforme ia subindo, o frio ia pegando e o mal de altitude (soroche) começava a me incomodar.
Parei para colocar mais roupas, estava sol mas não esquentava, um pouco mais adiante parei em um vilarejo de nome Chilligua e "almocei" refrigerante (gaseosa) e bolacha, já havia comido isso no café da manhã, as pessoas da vila eram muito simples e tinham vergonha do forasteiro, a menina que tomava conta da vendinha mal respondia minhas perguntas e conversava com outras pessoas em uma lingua diferente do espanhol.
Um pouco mais adiante, as subidas deram uma tregua e começou o altiplano peruano, passei por rodovia em obras, a atenção teve que ser redobrada, apesar de estar bem zureta pela altitude, mais a frente, tive que parar novamente para colocar a roupa de chuva, pois o frio estava demais, aproveitei para mascar um punhado de folhas de coca, pois a dor de cabeça estava grande.
Rodei mais um pouco e o céu de fechou, ficou bem escuro, achei que iria chover, com aquele frio, se tivesse alguma precipitação seria neve e não chuva, mas não caiu nada, somente um pouco de umidade e alguns pingos aqui e outros ali.
Os quilometros foram passando e nada de cidade ou posto de gasolina, já estava ficando preocupado com a autonomia, em determinado local, vi uma pick up velha parada a beira da estrada, parei para me informar sobre combustível, bem ao lado existia algumas casas simples de barro, com cobertura de palha, o senhor que pedi informação chamou uma mulher e perguntou se ela tinha gasolina, com sua afirmativa pedi dois galões (algo em torno de 7 litros), o que seria suficiente para chegar à Bolívia. Moto abastecida e vamos para a estrada novamente.
Já bem perto de Desaguadero, presenciei uma cena bem interessante, um casamente peruano, era a beira da estrada em um pequeno vilarejo, com palco, música, muita alegria, fiquei de longe, não me aproximei, mas conversei com algumas pessoas, foi rápido mas gostei.
Desaguadero foi um caso a parte, ô cidade confusa, chegando na cidade vi algumas pessoas vendendo gasolina a beira de estrada, nem me preocupei, pensei, na Bolívia é bem mais barato, vou deixar para abastecer lá, em uma bifurcação da rodovia, peguei a direita, andei uns 3 quilometros e cheguei em uma aduana, mas me informaram que era apenas para caminhões, carros e motos deveriam ir pela outra estrada, assim eu fiz e cheguei no centro, aproveitei para tomar meu café da tarde, que foi, para variar, bolacha e refrigerante.
Depois de abastecer o estômago, fui procurar a tal aduana, cheguei a perguntar a um policial, mas não entendi sua explicação, voltei para rodovia e percebi que estava errado, retornei a cidade e perguntei novamente, o caminho era através de uma rua com barraquinhas dos dois lados e no centro, parecia que estava atravessando uma feira livre, depois da referida rua já estão a aduana e a imigração, os tramites foram rápidos, mas fui achacado após tudo resolvido, fui chamado em uma sala e me falaram que tinha que pagar 5 soles para o município, perguntei sera era o pedágio da ponte (peaje de la puente), falaram que sim, como não estava a fim de arrumar encrenca, paguei, peguei o recibo e passei para o lado boliviano.
Na Bolívia os tramites foram um pouco mais demorados, mas também deu tudo certo, tive uma pequena dificuldade em me localizar (imigração e aduana), a moça da imigração foi bem seca, mas fui rápida, já o trabalho da aduana é mais demorado, teve que digitar todos os dados da motoca para fazer o permisso de ingresso na Bolívia, mas o cara era muito gente boa, ainda perguntou algumas coisa sobre o Brasil.
As 18:30 hrs já estava livre para seguir viagem, ainda procurei um posto de gasolina, mas não havia combustível, pelo jeito isso é uma constante para aquelas bandas, pelo preço ser bem inferior ao do Peru, o que chega é contrabandeado, por isso nem se preocupam com o abastecimento daqueles postos.
Logo saindo de Desaguadero-BO (sim, são duas cidades com o mesmo nome, Desaguadero-PU e Desaguadero-BO) fui parado em uma barreira policial, mandaram ir na base para anotar meus dados (já pensei, lá vem a cobrança de propina), mas foi tranquilo, só fizeram as anotações, eu fui tirando fotos de tudo e conversando o tempo todo, logo chegou um superior e me comprimentou, peguei meus documentos e fui embora, enquanto anotavam meus dados, algumas pessoas passaram de carro e deixam sua "contribuição" em cima da mesa.
Segui viagem, ainda tinha bastante chão até La Paz, ainda parei em mais dois postos de gasolina e nada, fui seguindo em frente, em baixa velocidade para o combustível render mais, logo cheguei em Tiwanaku e tinha combustível, mas cobraram um pouco mais caro que o normal (na Bolívia a gasolina é tabela, o mesmo preço para o país todo), não me importei, enchi o tanque e enrolei o cabo, para chegar em La Paz o mais rápido possível.
Chegando em El Alto, uma confusão generalizada, muitos ônibus e vans lotavam a rua, tudo parado, não havia espaço para passar com a moto, assim que dava uma brecha, eu passava, mas estava difícil, já era noite e eu estava muito cansado, o negócio era ter paciência e ir andando.
Eram por volta das 20:30 hrs quando estava descendo para o calderão (La Paz fica em uma cratera), chegando na parte mais central o transito louco continuava, agora eram os taxis que paravam em qualquer lugar, fechadas de monte, tinha que continuar com muita atenção e paciência, apanhei bastante para achar um hotel, o primeiro que o GPS indicou era um 5 estrelas, o preço era muito alto, continuei procurando, achei um 3 estrelas, o preço estava razoável, mas o atendente não achou a chave da garagem, encontrei outro 3 estrelas e deu tudo certo, mas o estacionamento (conveniado) ela longe, descarreguei as bagagens e um funcionário do hotel foi na minha garupa (sem capacete) até o estacionamento, voltamos conversando, ele adora motos e acompanha bastante as coisas que saem na TV sobre o Brasil.
Eu estava com o estômago nas costas, morrendo de fome e queria comer comida de verdade, mas estava difícil, tomei um banho rápido e desci para a recepção do hotel, me indicaram um restaurante brasileiro (será?) na mesma rua, um pouco mais para baixo, consegui encontrar, mas estava fechado, em frente havia um restaurante peruano, com frutos do mar, resolvi comer por ali mesmo, pois a outra opção seria comer um lanche um tanto quanto duvidoso na rua.
Comi muito bem, um pouco caro para os padrões bolivianos, mas valeu a pena, gastei o equivalente a R$ 18,30.
Voltei ao hotel e ainda usei a internet, que estava disponível para os hóspedes.
Tive uma ótima noite de sono, acordei por volta das 08:00 hrs, dei uma ajeitada nas minhas coisas e sai em busca de um café da manhã, mas era cedo demais, com as duas horas de diferença pelo fuso horário, ainda estava tudo fechado, mas o sol já se fazia presente, aproveitei para caminhar pelas ruas tranquilas de Moquegua, vi os contrastes da praça central vazia de manhã ao contrário da noite anterior, com muita gente nas ruas.
Uma meia hora depois, encontrei um barzinho aberto e tomei um café bem meia boca, depois fui dar umas voltas no Mercado Municipal, mas não gostei, muita sujeira, em seguida ainda fui em uma Lan House mandar notícias para os amigos.
Voltei ao hotel e tinha um mecânico tentando tirar a roda da Harley do amigo francês, ainda emprestei um alicate para ele, mas a coisa estava complicada, tentei ajudar mas não estava dando certo, logo depois fui procurar um banco para tentar trocas os pesos chilenos que ainda me restavam, mas não consegui eles só trocavam dolares ou euros por soles.
Retornei ao hotel, terminei por instalar minhas bagagens na moto e pedi meu alicate de volta, o mecanico teria que se virar com as ferramentas que tinha, despedi dos novos amigos e sai de Moquegua às 11:30 hrs, em poucos quilometros já começa a subida da Cordilheira, no início com muita vegetação, que vai sumindo enquanto a estrada para serpenteando montanha acima, fui bem tranquilo, aprecisando bastante a paisagem, até voltei um pequeno trecho para tirar uma foto que achei interessante.
Menos de 50 km depois, passei por uma pequena cidade que não lembro o nome, vi um posto de gasolina, mas achei que não era necessário abastecer, conforme ia subindo, o frio ia pegando e o mal de altitude (soroche) começava a me incomodar.
Parei para colocar mais roupas, estava sol mas não esquentava, um pouco mais adiante parei em um vilarejo de nome Chilligua e "almocei" refrigerante (gaseosa) e bolacha, já havia comido isso no café da manhã, as pessoas da vila eram muito simples e tinham vergonha do forasteiro, a menina que tomava conta da vendinha mal respondia minhas perguntas e conversava com outras pessoas em uma lingua diferente do espanhol.
Um pouco mais adiante, as subidas deram uma tregua e começou o altiplano peruano, passei por rodovia em obras, a atenção teve que ser redobrada, apesar de estar bem zureta pela altitude, mais a frente, tive que parar novamente para colocar a roupa de chuva, pois o frio estava demais, aproveitei para mascar um punhado de folhas de coca, pois a dor de cabeça estava grande.
Rodei mais um pouco e o céu de fechou, ficou bem escuro, achei que iria chover, com aquele frio, se tivesse alguma precipitação seria neve e não chuva, mas não caiu nada, somente um pouco de umidade e alguns pingos aqui e outros ali.
Os quilometros foram passando e nada de cidade ou posto de gasolina, já estava ficando preocupado com a autonomia, em determinado local, vi uma pick up velha parada a beira da estrada, parei para me informar sobre combustível, bem ao lado existia algumas casas simples de barro, com cobertura de palha, o senhor que pedi informação chamou uma mulher e perguntou se ela tinha gasolina, com sua afirmativa pedi dois galões (algo em torno de 7 litros), o que seria suficiente para chegar à Bolívia. Moto abastecida e vamos para a estrada novamente.
Já bem perto de Desaguadero, presenciei uma cena bem interessante, um casamente peruano, era a beira da estrada em um pequeno vilarejo, com palco, música, muita alegria, fiquei de longe, não me aproximei, mas conversei com algumas pessoas, foi rápido mas gostei.
Desaguadero foi um caso a parte, ô cidade confusa, chegando na cidade vi algumas pessoas vendendo gasolina a beira de estrada, nem me preocupei, pensei, na Bolívia é bem mais barato, vou deixar para abastecer lá, em uma bifurcação da rodovia, peguei a direita, andei uns 3 quilometros e cheguei em uma aduana, mas me informaram que era apenas para caminhões, carros e motos deveriam ir pela outra estrada, assim eu fiz e cheguei no centro, aproveitei para tomar meu café da tarde, que foi, para variar, bolacha e refrigerante.
Depois de abastecer o estômago, fui procurar a tal aduana, cheguei a perguntar a um policial, mas não entendi sua explicação, voltei para rodovia e percebi que estava errado, retornei a cidade e perguntei novamente, o caminho era através de uma rua com barraquinhas dos dois lados e no centro, parecia que estava atravessando uma feira livre, depois da referida rua já estão a aduana e a imigração, os tramites foram rápidos, mas fui achacado após tudo resolvido, fui chamado em uma sala e me falaram que tinha que pagar 5 soles para o município, perguntei sera era o pedágio da ponte (peaje de la puente), falaram que sim, como não estava a fim de arrumar encrenca, paguei, peguei o recibo e passei para o lado boliviano.
Na Bolívia os tramites foram um pouco mais demorados, mas também deu tudo certo, tive uma pequena dificuldade em me localizar (imigração e aduana), a moça da imigração foi bem seca, mas fui rápida, já o trabalho da aduana é mais demorado, teve que digitar todos os dados da motoca para fazer o permisso de ingresso na Bolívia, mas o cara era muito gente boa, ainda perguntou algumas coisa sobre o Brasil.
As 18:30 hrs já estava livre para seguir viagem, ainda procurei um posto de gasolina, mas não havia combustível, pelo jeito isso é uma constante para aquelas bandas, pelo preço ser bem inferior ao do Peru, o que chega é contrabandeado, por isso nem se preocupam com o abastecimento daqueles postos.
Logo saindo de Desaguadero-BO (sim, são duas cidades com o mesmo nome, Desaguadero-PU e Desaguadero-BO) fui parado em uma barreira policial, mandaram ir na base para anotar meus dados (já pensei, lá vem a cobrança de propina), mas foi tranquilo, só fizeram as anotações, eu fui tirando fotos de tudo e conversando o tempo todo, logo chegou um superior e me comprimentou, peguei meus documentos e fui embora, enquanto anotavam meus dados, algumas pessoas passaram de carro e deixam sua "contribuição" em cima da mesa.
Segui viagem, ainda tinha bastante chão até La Paz, ainda parei em mais dois postos de gasolina e nada, fui seguindo em frente, em baixa velocidade para o combustível render mais, logo cheguei em Tiwanaku e tinha combustível, mas cobraram um pouco mais caro que o normal (na Bolívia a gasolina é tabela, o mesmo preço para o país todo), não me importei, enchi o tanque e enrolei o cabo, para chegar em La Paz o mais rápido possível.
Chegando em El Alto, uma confusão generalizada, muitos ônibus e vans lotavam a rua, tudo parado, não havia espaço para passar com a moto, assim que dava uma brecha, eu passava, mas estava difícil, já era noite e eu estava muito cansado, o negócio era ter paciência e ir andando.
Eram por volta das 20:30 hrs quando estava descendo para o calderão (La Paz fica em uma cratera), chegando na parte mais central o transito louco continuava, agora eram os taxis que paravam em qualquer lugar, fechadas de monte, tinha que continuar com muita atenção e paciência, apanhei bastante para achar um hotel, o primeiro que o GPS indicou era um 5 estrelas, o preço era muito alto, continuei procurando, achei um 3 estrelas, o preço estava razoável, mas o atendente não achou a chave da garagem, encontrei outro 3 estrelas e deu tudo certo, mas o estacionamento (conveniado) ela longe, descarreguei as bagagens e um funcionário do hotel foi na minha garupa (sem capacete) até o estacionamento, voltamos conversando, ele adora motos e acompanha bastante as coisas que saem na TV sobre o Brasil.
Eu estava com o estômago nas costas, morrendo de fome e queria comer comida de verdade, mas estava difícil, tomei um banho rápido e desci para a recepção do hotel, me indicaram um restaurante brasileiro (será?) na mesma rua, um pouco mais para baixo, consegui encontrar, mas estava fechado, em frente havia um restaurante peruano, com frutos do mar, resolvi comer por ali mesmo, pois a outra opção seria comer um lanche um tanto quanto duvidoso na rua.
Comi muito bem, um pouco caro para os padrões bolivianos, mas valeu a pena, gastei o equivalente a R$ 18,30.
Voltei ao hotel e ainda usei a internet, que estava disponível para os hóspedes.
MOTO:
Mobi 81; DT180 83; XLX250 85; Dakar 88; XLX250 85; Elefantre 89; DT200 95; XT600 97; Falc 00; Biz 99; NX200 99; Torn 02; XR 200 96; Tenere 600 90; Torn 06; XT66 08; Falc 06; Torn 05; Fazer250 05; XT66 05; Falc 01; Falc 08; XT66 08; G650GS 10; F800GS 10
Mobi 81; DT180 83; XLX250 85; Dakar 88; XLX250 85; Elefantre 89; DT200 95; XT600 97; Falc 00; Biz 99; NX200 99; Torn 02; XR 200 96; Tenere 600 90; Torn 06; XT66 08; Falc 06; Torn 05; Fazer250 05; XT66 05; Falc 01; Falc 08; XT66 08; G650GS 10; F800GS 10