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Projeto Ushuaia - Workshop RS1 Bombou - Fotos pg 19
A Relação...
Na preparação desta viagem pensei muito no que fazer em relação a corrente, coroa e pinhão para a XT 660 R, visto que em TODOS os relatos sobre grandes viagens com a 66 o problema com a transmissão é evidente.
A relação original (que vem com a moto zero) é excelente, mas seu preço é absurdo (na faixa de R$ 1.400,00), a DID VD selado é muito boa, mas já vi muitos relatos que também não aguenta, o pinhão (tanto o original, como o VAZ e o Rifel) dificilmente chegam aos 20.000 km, a corrente com emenda até tem uma durabilidade razoável, mas a emenda dificilmente roda mais que 8.000 km (dica do saudoso amigo Elias Maluco).
Com tantas coisas a ponderam, resolvi comprar um kit completo de relação (corrente CIC com retentor e emenda e pinhão e coroa Rifel), comprei mais um pinhão novo (também Rifel) para dar uma sobrevida a relação que estava na minha moto (corrente CIC Gold com retentor e emenda) e também troquei a emenda de corrente por uma nova (que já tinha comprado no ano passado para a outra XT que tive).
A corrente que estava na minha moto, apesar de já ter dois roletes estourados (onde é colocada a emenda), estava em muito bom estado, tanto é que só foi necessitar de regulagem em Buenos Aires-AR, mais de 2.000 km depois que saí de casa, mas na próxima regulagem (700 km depois) ela já estava bem deteriorada, com muitos roletes estourados e fazendo bastante barulho, mas mantinha regulada e bem lubrificada.
Uns 450 km mais da frente, depois de regular e lubrificar a corrente, percebi que ela estava um pouco folgada, só fiz a lubrificação e segui em frente, pensando em regulá-la na próxima parada, foi o primeiro erro que penso ter cometido em relação a corrente, pois após rodar uns 20 km ela pulou para dentro da coroa, rapidamente freei forte e apertei a embreagem, mas quando estava quase parando a corrente travou e estourou.
Gastei por volta de uma hora para fazer a substituição, coloquei a corrente nova e a coroa nova, mas não consegui substituir o pinhão, pois a porca estava muito apertada e eu só dispunha de um alicate de pressão para tentar soltá-la, como tinha colocado o pinhão novo antes de sair de casa, concluí que não seria necessário sua substituição.
Com o novo kit, fui tranquilo até Ushuaia-AR (mas, seguindo o conselho do amigo Alexandre Bauru, comprei outra corrente DID sem retentor e com emenda em Rio Gallegos-AR para ter outra de reserva), passei pelo Glaciar Perito Moreno, enfrentei 1.030 km de rípio e tudo tranquilo, só ficando atento a regulagem e lubrificação.
Quanto estava próximo de El Bolson, em uma subida muito forte e longa, resolvi acelerar forte, estava a uns 140 km/h e o esforço para a corrente foi demais, pois a moto estava muito pesada e velocidade muito alta (e ainda tinha um pouco de vento contra), dessa forma estourou a emenda original da corrente.
Fiz uma rápida colocação da emenda, mas na pressa (já estava escurecendo e caindo alguns pingos de uma garoa moderada) acabei pegando a emenda usada (que tinha usado corrente anterior e substitui antes de sair de casa), gastei apenas uns 20 minutos e segui para El Bolson.
Tudo tranquilo dali para frente, passei por Bariloche-AR, subi a Cordilheira, fui para o Chile, subi a Cordilheira novamente e, quando fui sair de Mendoza-AR, regulei e lubrifiquei a corrente e percebi que havia dois roletes estourados, segui em frente e uns 300 km mais adiante estourou a emenda, em uma reta, sem grande esforço aparente, rapidamente fiz a substituição da emenda e coloquei a última que tinha comigo.
Em Rio Cuarto-AR até atrasei um pouco minha partida, para comprar mais duas emendas para alguma eventualidade, segui tranquilo, sempre atento a regulagem e lubrificação, entre no Brasil por Uruguaiana-RS, passei por Santa Maria-RS e fui a Bento Gonçalves-RS.
No dia seguinte, mais uma regulagem e lubrificação e a corrente já estava chegando ao final da regulagem, segui em velocidade muito alta para Curitiba-PR, pois só pude sair de Bento Gonçalves-RS às 14:00 hrs e não queria chegar muito tarde, fiz 650 km em 7 horas, com serra e muitos caminhões pela estrada e, faltando 20 km para chegar no centro de Curitiba a corrente veio a arrebentar, vim diminuindo rapidamente a velocidade e procurei um local com mais iluminação para proceder o reparo, daí percebi que havia um posto de gasolina logo à baixo, não vi a corrente da moto e achei que tinha caído na estrada, vim atento para ver se a encontrava e, quando cheguei no Posto, vi que ela estava na moto, enrolada no pinhão e na balança da moto.
Percebi que um dos lados da corrente tinha estourado bastante, mas estava disposto a retirar o elo arrebentado, já encurtando a corrente e seguiria com ela mesmo, tentei remover o pino "na porrada", mas não estava saindo, lembrei que no posto havia borracharia e deveria haver esmeril, fui até lá e gastei toda a cabeça do pino e voltei para tentar tirá-lo novamente, daí percebi que o outro lado da corrente também não estava legal, concluí que não valia a pena insistir com ela e instalei rapidamente a corrente que eu tinha reserva.
Fui tranquilo até Curitiba e vim até em casa sem problemas, não necessitando nem de regulagem nem de lubrificação.
Agora ainda não decidi se fico com esta corrente ou faço a substituição, pois a coroa e o pinhão estão bem desgastados.
No geral, foi mais ou menos isso, Corrente CIC Gold com retentor e emenda, rodou comigo 12.500 km, Corrente CIC Normal com retentor e emenda, rodou 10.300 km com os agravantes de muito peso, Cordilheiras e 1.030 km de ripio e corrente DID sem retentor e emenda, rodou 450 km.
MOTO:
Mobi 81; DT180 83; XLX250 85; Dakar 88; XLX250 85; Elefantre 89; DT200 95; XT600 97; Falc 00; Biz 99; NX200 99; Torn 02; XR 200 96; Tenere 600 90; Torn 06; XT66 08; Falc 06; Torn 05; Fazer250 05; XT66 05; Falc 01; Falc 08; XT66 08; G650GS 10; F800GS 10
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