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Um Xuxu na Patagônia
#7
Agradeço os comentários do Raul, Nelsão, Túlio, Piske e Marião...
vocês também são especiais para o MG...

Serei mais breve nos comentários para não cansar meus amigos...

Continuando...

No dia seguinte no Chuí acordei cedo e fui providenciar
a tal da Carta Verde...

Foto 26: Carta Verde
[Imagem: PICT1052A_CartaVerde.jpg]


Após peregrinar por vários locais, telefonar e conversar com muitas pessoas,
finalmente consigo achar o único local que faz a carta verde no Chuí: era a mesma
garagem indicada pela primeira placa na entrada da cidade!

Há várias opções e o custo depende de quantos dias
o viajante permenecerá no exterior.

Era por volta das 10:00 quando iniciei minha viagem "internacional". Fui para a estrada
e fiz a tradicional foto sob o portal da "República Oriental del Uruguay"

Foto 27: Um xuxu no Uruguai.
[Imagem: PICT1056.jpg]



Voltei correndo para a moto e encontro uma motocicleta Transalp linda ao lado da minha...
Claro que aproveitei para a tirar foto e conversar com o proprietário que, gentilmente ofereceu
sua ajuda em Buenos Aires ressaltando as palavras: "Para qualquer coisa".

Foto 28: Transalp na aduana uruguaia.
[Imagem: PICT1057.jpg]

Finalmente a estrada!

As estradas uruguais sào bem melhores que as brasileiras. Nota-se logo de início um asfalto
esbranquiçado com inúmeras manchas de piche pretas e finas, mas longas e aleatóriamente
distribuídas no piso, como pequenas cobras negras. Claro indício que a manutenção é séria
e regularmente feita. Realmente não há buracos e nem ondulações. Todas as estradas do
Uruguai por onde passei são seguras e uma delícia de pilotar…

Em um determinado trecho, noto que a “ruta” (rodovia), sem nenhum aviso, dobra a
sua largura, torna-se imensa e percebo umas marcações estranhas no asfalto, que
nunca havia visto no Brasil. Após 2 km entendo o objetivo: é uma pista emergencial de pouso de aeronaves!

No primeira “estacion de servicio” (posto de gasolina) paro para abastecer e perguntar
a distância para o próximo posto. Esta pergunta aos “playeros” (frentistas) ficou
tradicional ao longo de toda a viagem, pois a XT possui tanque com capacidade para
apenas 15 litros e uma autonomia variando de 220 km até 360 km, dependendo da tocada,
pequena para quem se propõe a atravessar longos trechos de desertos e estepes da Patagônia.
Tal fato me preocupava, mas certamente não era suficiente para me fazer desistir.

Neste mesmo posto, tenho a agradável surpresa de cruzar o caminho com um grupo de
brasileiros, já voltando do Uruguai para o Brasil. Alguns adesivos trocados, comentários
sobre as estradas e ponho-me novamente na estrada.

Foto 30: Brasileiros voltando
[Imagem: PICT1060.jpg]

Mais algumas centenas de quilômetros e poucas cidades. O ronco forte do motor da XT
ressoando sob minhas pernas me davam a segurança de uma viagem tranquila.
Sabia que ela não me deixaria na mão.

Região de muitos campos abertos de gado e poucas plantações, quase nenhuma árvore.
O relevo do Uruguai é semelhante ao relevo dos pampas gaúchos. Pequenas e suaves
elevações fazem a viagem agradável e a estrada com grandes retas e pequenas curvas.
Ótima para um passeio tranquilo.

Poucos caminhões neste trecho inicial me dào a certeza de estar em outro país,
pois quase não há transporte de cargas indo ou voltando do Brasil.

Passo por um acidente com um caminhão carregado de toras de madeira e logo penso no
pesadelo recorrente de todo viajante de ser atigido por tais toras.

Foto 31: Acidente com um caminhão de madeira.
[Imagem: PICT1061.jpg]



Ao me aproximar da cidade de La Paloma, olho para a direita e me surpreendo com
o que vejo: um ferro-velho de automóveis antigos, da década de 20 até a década de 70.
Deveria haver mais de 200 raridades automobilísticas enferrujando a céu aberto.

Foto 32: Cemitério de automóveis antigos no Uruguai.
[Imagem: PICT1062.jpg]

Foto 33: Outra raridade exposta no cemitério.
[Imagem: PICT1063.jpg]

Por volta das 19:00 chego ao famoso balneário de Punta del Leste, que recebeu este
nome por situar-se em uma península, que nada mais é que uma ponta do continente
que se projeta em direção ao mar.

Cidade bonita e limpa, o que mais me chamou a atenção foi a paradoxal exploração imobiliária
deste badalado balneário, pois prédios e mansões lindas e suntuosas são ornamentadas
com grandes áreas de jardins floridos. A grande maioria destes imóveis a beira-mar ostenta
um grande gramado muito bem cuidado, demonstrando que, apesar do alto valor imobiliário,
a preocupação com a beleza lúdica da natureza está presente na cultura do uruguaio. Bem
diferente dos balneários brasileiros, onde qualquer metro quadrado é disputado
para uma barraca de sanduíche ou côco verde.

Foto 34: Orla marítma em Punta del Leste
[Imagem: PICT1075.jpg]

Foto 35: Praia do balneário de Punta del Leste.
[Imagem: PICT1070.jpg]

Foto 36: Uma das mansões a beira-mar em Punta del Leste
[Imagem: PICT1067.jpg]

Foto 37: Por do sol em Punta del Leste
[Imagem: PICT1073.jpg]

Foto 38: Escultura na praia de Punta del Leste
[Imagem: PICT1085.jpg]

Foto 39: Um pedaço do Brasil em Punta del Leste
[Imagem: PICT1087.jpg]

Foto 40: No caminho para Montevidéu, um maravilhoso pôr-do-sol
[Imagem: PICT1091.jpg]

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Continuo depois... ufffaaaa!!!
[Imagem: bannerprimeiroencontroSul.jpg]
Smile Herrar é o mano Smile Meu mundo não tem fronteiras, só horizontes Smile Viagem é como a vida: curto cada momento e não tenho pressa de chegar ao fim.
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