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Um Xuxu na Patagônia
#1
Gostaria de dividir com voces o relato deste meu pequeno passeio pelas estepes do sul da Argentina, também conhecida como " Patagônia".

O e-book está disponível por completo aqui:

<!-- m --><a class="postlink" href="http://www.sendspace.com/file/pa1wcn">http://www.sendspace.com/file/pa1wcn</a><!-- m -->

ou aqui:

<!-- m --><a class="postlink" href="http://www.4shared.com/file/105159692/d4532e7c/Um_Xuxu_na_Patagnia.html">http://www.4shared.com/file/105159692/d ... agnia.html</a><!-- m -->


O relato está completo, sem cortes (ao contrário do relato abaixo, que possui cortes), e pretendo transformá-lo em um livro real, mas para isso preciso de R$ 25.000,00 para contratar a publicação de 1.000 livros, numa produção independente, ou esperar que alguma editora finacie a obra ... fica caro pelo fato de possuir muitas fotos, ao contrário de um livro apenas com textos.

De antemão agradeço o interesse e a paciência para lê-lo...

Um grande abraço do amigo Xuxu



Pois é, galera... voltei de meu pequeno e rápido passeio pelas
estepes do Sul da Argentina, mais conhecida por Patagônia.

Foram 30 dias na estrada e quase 10.000 Km percorridos.
Muitos amigos visitados e novos amigos conquistados...

Inicialmente peço desculpas e dou explicações aos meus irmãos que podem pensar:
"Porque o Xuxu não comentou com ninguém?
Tá se achando a estrela!!!. Poderia ter me convidado...".

Na verdade nem eu sabia ONDE eu chegaria, por onde
passaria e que dia voltaria...

Eu estava passando por problemas pessoais.
O término de um relacionamento de 3 anos, somados a 10 anos de contendas
judiciais com a mãe de minhas filhas e a insuportável falta de contato com as
mesmas tornaram a viagem uma alternativa interessante.

A minha intenção era desestressar, me afastar do mundo e de meus problemas,
e de buscar em algum lugar bem distante as forças positivas necessárias para enfrentar
e solucionar serenamente os problemas no meu retorno...

Como única certeza, a vontade de visitar meus amigos em Floripa
e em Porto Alegre... depois decidiria o resto do trajeto...

Resumindo... era uma viagem tipo "Easy-rider" - Sem Destino...
Este é outro motivo pelo qual viajei sozinho...
não queria incomodar ninguém com meus problemas pessoais e de estrada...
queria decidir o trajeto do próximo trecho apenas após sentar na moto...

Tenho um projeto de relatar as histórias completas em um livro,
mas vou adiantar algumas fotos e histórias por aqui...

Minha viagem iniciou-se no dia 11 de Janeiro de 2008, uma sexta-feira.

Como de hábito nas noites que antecedem uma viagem, não consegui dormir,
por pura ansiedade e pensando nas experiências que vivenciaria...
nas aventuras e desventuras pelas quais passaria...

Saltei da cama, inundado de adrenalina, por volta das 4:30.
Arrumei a bagagem toda em meia-hora, desci as escadas,
ajeitei-as na moto e parti, as 5:30.

Noite escura, raros carros nas ruas de Curitiba. Tomei o rumo da
BR-376, denominação dada ao trecho da BR-101 no Paraná...

Há algo de mágico nas motos... bastam apenas alguns quilômetros solitário sobre
esta abençoada máquina para que o espírito flutue suavemente no mágico mundo
da imaginação, onde tudo pode acontecer, onde seus sonhos se realizam e onde o seu
mundo torna-se ideal... Seus problemas e tristezas permanecem na origem,
onde não podem alcançar os caminhos traçados por este maravilhoso instrumento de prazer e aventura...

As poucas nuvens acinzentadas no horizonte pouco a pouco foram clareando
e tornando-se alvas como flocos de algodão, prenunciando um excelente dia para viajar.
Seco e brilhante, como deseja todo viajante...

O asfalto negro bem conservado e a brisa suave da madrugada me soava como o
chamado meloso da amante convidando-me para as delícias do amor imaturo e
inconseqüente da juventude... e tudo ali... a disposição apenas daqueles corajosos que
ousam o desafio de mudança, que não temem o desconhecido e aspiram a aventura...

Os 300 Km que separam Curitiba de Florianópolis são um oásis de prazer em meio as
péssimas rodovias federais do Brasil... ótima conservação e sinalização e NENHUM pedágio.

Chego a Floripa e logo ligo para meu grande amigo Veco Cordeiro que se surpreende
mas me recebe como um verdadeiro irmão em seu lindo apartamento na praia de Canasvieiras.
Veco e sua esposa de coração Alice formam aqueles casais que julgamos perfeitos:
maduros e espalhando felicidade... tanto que não resisti a tentação de permanecer por 3 dias em suas companhias...


Foto 1: Xuxu, sobrinho do Veco, Alice, Veco e Renatão no apartamento do Veco/Alice
[Imagem: PICT0928.jpg]

Aproveitei a segunda feira para passar o dia com meu grande amigo e companheiro Valdir,
de Curitiba, que também possui casa em Florianópolis. Piloto de parapente,
velejador, ótimo parceiro de aventuras e melhor ainda de tênis de campo.
Existem pessoas nas quais voce se inspira como exemplo de vida... O Valdir sempre me ensinou,
talvez inconscientemente, que a calma a paciência são instrumentos básicos para
se alcançar o prazer de viver e, consequentemente, a felicidade.

Foto 1B: Valdir curtindo a vida e sua lancha no Ribeirão da ilha, em Florianópolis:
[Imagem: DSCF0421.jpg]


Felicidade. Palavra muito ouvida mas pouco compreendida. Raros são aqueles que podem
dizer que a conquistaram. Felicidade não se encontra, não se compra, não se descobre.
Apenas se conquista, com muita sabedoria e dedicação ao próximo. Felicidade é um
estado de espírito onde tem-se uma clareza solar de que o bem a tudo vence...
de que o ódio e o rancor não conseguem se aproximar... O mundo pode cair sobre
sua cabeça que, mesmo assim se estará feliz...

A motocicleta e as emoções que ela permite certamente encurtam o árduo caminho
para que os puros de coração possam experimentar este nobre sentimento...
pois abrem o coração do viajante para fazer novos amigos, absorver novas culturas
e perceber a insignificância de nossos problemas perante a estupenda grandiosidade da natureza e da vida...

Parti de Florianópolis rumo ao sul, continuando na BR-101. Após a capital de Santa Catarina,
porém, a rodovia encontra-se em obras e quase todo em pista simples, mão dupla,
pavimento mal conservado, forçando-me a redobrar os cuidados.

Faço uma parada na cidade de Jaguaruna, onde re-encontrei outro grande amigo,
Renatão, companheiro de encontros de motociclismo e uma
figuraça experiente de estradas e com muitas histórias para contar.

Foto2: Renatão e Xuxu em Jaguaruna.
[Imagem: PICT0930.jpg]


Parto para Porto Alegre, 300 Km após, dos quais os últimos 100 km me impressionaram
pela qualidade da rodovia. A Free-way é uma rodovia moderna, extremamente
bem conservada e mantida por concessionária privada e consequentemente
pedagiada. Mas sua ótima qualidade apenas conheço semelhante nas auto-estradas
que se originam na cidade de São Paulo, como a Imigrantes, Bandeirante,
Ayrton Senna e Castello Branco. Três pistas de cada lado tornam a viagem tranquila
e até monótona, pela alta segurança e pelas retas intermináveis.

Ligo para meu grande amigo Elvis, que me recebe com a sua costumeira alegria contagiante e carisma pessoal.

Foto3: Elvis e Xuxu na recepção em Porto Alegre
[Imagem: PICT0931.jpg]

Foto 4: Uma das Saharas do Elvis.
[Imagem: PICT0936.jpg]

Foram 7 dias em Porto Alegre, maravilhosamente bem recebidos por toda a família
deste gaudério que não sabe mais o que fazer para agradar os amigos...
festas, churrascos, encontros com os amigos.

Foto 5: Encontro no QG dos sahara-maníacos de Porto Alegre:
[Imagem: PICT0971.jpg]

Foto 6: Órion, o maníaco que tatuou a moto no braço.
[Imagem: PICT0973.jpg]

Foto 7: Onde está o sticker dos maníacos no QG de Porto Alegre?
[Imagem: PICT0968.jpg]

Nos 30 dias de viagem, a temperatura permaneceu elevada.

Foto 8: Alguém acredita? 33 graus em Porto Alegre.
[Imagem: PICT0956.jpg]

Em um passeio ao centro da cidade, andamos a tarde toda,
visitamos o tradicional mercado público...

Foto 8: Elvis encontrou 2 de seus amores no mercado municipal.
[Imagem: PICT0950.jpg]

Outro dia, o maníaco Leonardo (Lhalon) me levou para conhecer o famoso Museu
do Automóvel da ULBRA. Maravilhosa exposição de centenas de carros, motos e objetos antigos,
que encontraram aqui um local digno para as pessoas relembrarem ou conhecerem o passado da tecnologia.

Foto 9: Museu do Automóvel da ULBRA
[Imagem: PICT0977.jpg]


Foto 10: Motocicleta Honda CG:
[Imagem: PICT0999.jpg]

Foto 11: Ferrari:
[Imagem: PICT0997.jpg]

Foto 12: Motocicleta BMW:
[Imagem: PICT0995.jpg]

Foto 13: Carro mais antigo do RS:
[Imagem: PICT0994.jpg]

Foto 14: Antiga Honda GoldWing:
[Imagem: PICT0990.jpg]


Final de semana, o polarizador Elvis chama a galera toda para um encontro em sua
casa de praia em Nova Tramandaí, onde comparecem 15 maníacos.

Foto 15: Maniacos em mais um dos inúmeros encontros promovidos pelo Elvis
[Imagem: PICT1031.jpg]


Foto 16: Churrasco na casa de praia do Elvis.
[Imagem: PICT1029.jpg]

Foto 17: Novo banco da Sassa do Tiago (T-Rex)
[Imagem: PICT1036.jpg]

Foto 18: Colocando o protetor de motor na moto do Ed. Era só uma desculpa para
ele ficar mais um tempo e encontrar a gauchada que estava vindo de Porto Alegre...
[Imagem: PICT1005.jpg]

Foto 19: Foto oficial dos maníacos gaúchos
[Imagem: PICT1015.jpg]

Foto 20: Saharas alinhadas: um colírio para os olhos...
[Imagem: PICT1026.jpg]


Mas tudo que é bom dura pouco e devemos seguir viagem... Depois das habituais manutenções
na moto, acordo cedo, despeço-me de todos e parto para o Sul, via Pelotas, com destino a Chuí...

Foto 21: XT preparada para um novo dia de viagem
[Imagem: PICT1089.jpg]


Chego a Pelotas, onde aproveito para trocar o óleo da XT e telefonar para dois amigos.
Mas o tempo é curto e a vontade de conhecer o "estrangeiro" é grande e sigo logo em direção ao Chuí.

A estrada que liga Pelotas ao extremo sul do Brasil corta uma região semi-desértica,
com 120 km sem posto de combustível e sem nada que lembre a civilização.
Por 15 km, corta-se a Reserva Biológica do Taim, importante criadouro de centenas
de espécies animais e vegetais, alguns ameaçados de extinção.

Pássaros fazem vôos rasantes acompanhando o percurso da motocicleta, curiosos para descobrir quem seria este ser lépido, amarelo e barulhento que ousa perturbar a tranquilidade deste lindo e lúdico cenário da natureza...

Encontro um cágado (espécie de tartaruga) cruzando a rodovia
e um sentimento de protetor da natureza invade o meu ser:

Foto 22: Parando o trânsito para a passagem do cágado.
[Imagem: PICT1041.jpg]



Chego ao Chuí ao anoitecer, cansado e esfomeado. Já na primeira rotatória visualizo uma placa de um local que faz a Carta Verde

Foto 22A: Placa do local que faz a carta Verde, logo na entrada da cidade de Chuí.
[Imagem: PICT1052.jpg]


Olho para a esquerda e me deparo com o primeiro
local que me oferece uma cama quentinha e um banho reconfortante:

Foto 23: Motel no Chuí... Reparem na bandeirinha de ocupado... heheheh
[Imagem: PICT1051.jpg]


Foto 24: Portal do Uruguai: aqui começa minha viagem internacional
[Imagem: PICT1050.jpg]

No dia seguinte, pausa para tirar a Carta-Verde e conhecer as
duas cidades irmãs separadas pelo canteiro central:

Foto 25: Fazendo amigos... eu estou no Brasil e o amigo motociclista está no Uruguai. Sua moto está atrás.
[Imagem: PICT1054.jpg]


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Galera... estou cansado de escrever e postar...
depois eu continuo com a história
fotográfica de minha saga pelos desertos da Patagônia...
[Imagem: bannerprimeiroencontroSul.jpg]
Smile Herrar é o mano Smile Meu mundo não tem fronteiras, só horizontes Smile Viagem é como a vida: curto cada momento e não tenho pressa de chegar ao fim.
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