23-04-2018, 08:38 AM
Foram 22 dias na estrada, quase 6 mil quilômetros rodados, poucas falhas mecânicas, muitos lugares, pessoas e histórias para compartilhar, o que passo a relatar, irá muito além de uma viagem de moto, é uma experiência de vida, de encarar os desafios com determinação e jamais desistir.
Quando soubemos que a festa do 13º Aniversário seria em São Roque-SP, buscamos a negociação de férias, pois a ideia, seria seguir viagem após o evento.
Há tempos, guardavamos a vontade de desbravar o oeste brasileiro, fazer uma imersão na cultura, clima, vegetação e compreender de perto a realidade desta região, que guarda segredos até hoje.
Desde o começo, sabiamos que não seria tarefa fácil, traçamos objetivos audaciosos, no Mato Grosso, Estrada Parque Transpantaneira e Chapada dos Guimarães, e no Mato Grosso do Sul, Estrada Parque do Pantanal Sul, ligando Miranda até Corumbá em meio ao pantanal sul e por último Bonito.
Pelas dificuldades que enfrentaríamos, optamos por não divulgar e realizar este projeto sozinhos, eu, Rejane e as Saharas.
Sobre as motos, meses antes, iniciamos um checklist para verificações e substituições de componentes importantes. Este ano, acompanhei a categoria Malle Moto do Dakar. Para quem não conhece, a categoria Malle Moto, aceita apenas 20 competidores por ano, sendo que a regra é muito simples, você, sua moto e uma caixa de ferramentas. A pilotagem, navegação e reparos mecânicos são feitos pelo competidor, e como participar de uma competição deste nível, é algo praticamente impossível, queria nesta viagem, realizar o meu Malle Moto, e assim fizemos.
30/03 - 01/04
Saímos na sexta-feira pela manhã, sentido São Roque-SP, porém como tínhamos tempo, optamos por conhecer a Estrada Parque Carlos Botelho.
E no sábado, fizemos um rápido tour pela cidade com o pessoal da Facção Rio.
![[Imagem: 9Msi0Jx.jpg]](https://i.imgur.com/9Msi0Jx.jpg)
![[Imagem: sFLm2cO.jpg]](https://i.imgur.com/sFLm2cO.jpg)
![[Imagem: LDC9U3N.jpg]](https://i.imgur.com/LDC9U3N.jpg)
![[Imagem: Xb5mXpb.jpg]](https://i.imgur.com/Xb5mXpb.jpg)
![[Imagem: SEi3tKa.jpg]](https://i.imgur.com/SEi3tKa.jpg)
![[Imagem: 3PuCeic.jpg]](https://i.imgur.com/3PuCeic.jpg)
![[Imagem: mrnTky1.jpg]](https://i.imgur.com/mrnTky1.jpg)
![[Imagem: Q4fQGv5.jpg]](https://i.imgur.com/Q4fQGv5.jpg)
01/04 - 04/04
Combinamos que deixaríamos São Roque-SP, no domingo após o café com destino a Três Lagoas-MS, visto que neste dia ganharíamos 1 hora devido o fuso horário diferente.
Optamos por acessar a Via Rondon, e a viagem transcorria sem nenhum problema. Ao parar em um ponto de apoio da rodovia, para descansar, quando voltamos para as motos, a Sahara Vermelha girava o motor de arranque, porém não pegava, revisamos alguns itens básicos, sem sucesso, tentamos pegar no tranco, também não pegou na primeira tentativa, após algum esforço e com maior velocidade, ela pegou no tranco, um comportamento bem inesperado, visto que o motor da Sahara é muito fácil de pegar no tranco, seguimos viagem por mais 200km, onde faríamos uma parada para abastecimento, na altura da cidade de Cafelândia-SP. Abastecemos e quando fomos ligar, novamente o mesmo problema, estávamos no meio da tarde, cerca de 15h, já que estávamos abrigados no posto de combustível e com espaço disponível, optamos por verificar com maior atenção o problema, efetuamos a desmontagem do motor de arranque, crendo que seria algo no mesmo, porém havíamos trocado as escovas de partida antes da viagem, tentamos pegar no tranco, sem sucesso, o relógio sem piedade, continuava seguindo, e agora já passavam das 16h, uma chuva forte chegou e depois de um tempo foi embora. Tomamos a seguinte decisão, o centro de Cafelândia-SP estava a apenas 7km, era hora de estrear nossa nova corda, amarramos as motos e com muita calma seguimos para a cidade, lá a ideia era encontrar um pernoite e ver o que poderíamos fazer.
Neste meio tempo, mandei um áudio para meu chefe de oficina e mestre em mecânica, alguns conhecem ele por Áureo! Expliquei o havia feito de testes, e prontamente ele sugeriu algumas verificações que não havia pensado inicialmente, e lembrou que tínhamos uma grande vantagem, estávamos com duas motos iguais, para encontrar o problema, seria muito mais fácil, pois poderíamos testar os componentes. A noite chegou e com ela a chuva voltou, deixamos para a manhã seguinte, nada como uma boa noite de sono.
Na manhã seguinte, o sol apareceu e conseguimos iniciar os trabalhos, desmontamos as motos e para resumir, o problema estava no cachimbo de vela, a Sahara Vermelha, voltou com o persistente vazamento na tampa do cabeçote, e o óleo quente, acabou por comprometer o funcionamento, encontramos uma loja de peças, compramos uma cachimbo novo e a moto funcionou. Montamos tudo, tomamos um café e rumamos para Três Lagoas-MS, um trecho pequeno, mas combinamos que iriamos avaliar o funcionamento, e caso tivéssemos mais algum problema, abortaríamos a viagem.
Chegamos em Três Lagoas-MS sem nenhum problema, mantivemos a viagem, com tempo disponível, encontramos um sapateiro que prontamente costurou o brasão em nossos coletes, desta forma, seguiríamos viagem com o colete completo.
Na terça-feira, rumamos para Sonora-MS, na divisa com Mato Grosso, e na quarta-feira, rumamos para Poconé-MT, uma das portas de entrada para o Pantanal em Mato Grosso, porém antes passamos por incontáveis fazendas, maquinários a todo vapor, a temida serra para chegar em Cuiabá-MT, e a chuva (tchuva) chegando (tchegando), como diria o cuiabano, pegamos o anel viário debaixo de muita chuva, contornando a capital e seguindo com intervalos de chuva até Poconé-MT.
![[Imagem: FVa9wsB.jpg]](https://i.imgur.com/FVa9wsB.jpg)
![[Imagem: C7CLo8G.jpg]](https://i.imgur.com/C7CLo8G.jpg)
![[Imagem: qfpXchD.jpg]](https://i.imgur.com/qfpXchD.jpg)
![[Imagem: Rq6FOY2.jpg]](https://i.imgur.com/Rq6FOY2.jpg)
![[Imagem: tyjcN1g.jpg]](https://i.imgur.com/tyjcN1g.jpg)
![[Imagem: ecggr8v.jpg]](https://i.imgur.com/ecggr8v.jpg)
![[Imagem: Yt9j0ow.jpg]](https://i.imgur.com/Yt9j0ow.jpg)
![[Imagem: U0OVrPo.jpg]](https://i.imgur.com/U0OVrPo.jpg)
![[Imagem: gi3tlKc.jpg]](https://i.imgur.com/gi3tlKc.jpg)
Para situar geograficamente
Quando soubemos que a festa do 13º Aniversário seria em São Roque-SP, buscamos a negociação de férias, pois a ideia, seria seguir viagem após o evento.
Há tempos, guardavamos a vontade de desbravar o oeste brasileiro, fazer uma imersão na cultura, clima, vegetação e compreender de perto a realidade desta região, que guarda segredos até hoje.
Desde o começo, sabiamos que não seria tarefa fácil, traçamos objetivos audaciosos, no Mato Grosso, Estrada Parque Transpantaneira e Chapada dos Guimarães, e no Mato Grosso do Sul, Estrada Parque do Pantanal Sul, ligando Miranda até Corumbá em meio ao pantanal sul e por último Bonito.
Pelas dificuldades que enfrentaríamos, optamos por não divulgar e realizar este projeto sozinhos, eu, Rejane e as Saharas.
Sobre as motos, meses antes, iniciamos um checklist para verificações e substituições de componentes importantes. Este ano, acompanhei a categoria Malle Moto do Dakar. Para quem não conhece, a categoria Malle Moto, aceita apenas 20 competidores por ano, sendo que a regra é muito simples, você, sua moto e uma caixa de ferramentas. A pilotagem, navegação e reparos mecânicos são feitos pelo competidor, e como participar de uma competição deste nível, é algo praticamente impossível, queria nesta viagem, realizar o meu Malle Moto, e assim fizemos.
30/03 - 01/04
Saímos na sexta-feira pela manhã, sentido São Roque-SP, porém como tínhamos tempo, optamos por conhecer a Estrada Parque Carlos Botelho.
E no sábado, fizemos um rápido tour pela cidade com o pessoal da Facção Rio.
![[Imagem: 9Msi0Jx.jpg]](https://i.imgur.com/9Msi0Jx.jpg)
![[Imagem: sFLm2cO.jpg]](https://i.imgur.com/sFLm2cO.jpg)
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![[Imagem: Q4fQGv5.jpg]](https://i.imgur.com/Q4fQGv5.jpg)
01/04 - 04/04
Combinamos que deixaríamos São Roque-SP, no domingo após o café com destino a Três Lagoas-MS, visto que neste dia ganharíamos 1 hora devido o fuso horário diferente.
Optamos por acessar a Via Rondon, e a viagem transcorria sem nenhum problema. Ao parar em um ponto de apoio da rodovia, para descansar, quando voltamos para as motos, a Sahara Vermelha girava o motor de arranque, porém não pegava, revisamos alguns itens básicos, sem sucesso, tentamos pegar no tranco, também não pegou na primeira tentativa, após algum esforço e com maior velocidade, ela pegou no tranco, um comportamento bem inesperado, visto que o motor da Sahara é muito fácil de pegar no tranco, seguimos viagem por mais 200km, onde faríamos uma parada para abastecimento, na altura da cidade de Cafelândia-SP. Abastecemos e quando fomos ligar, novamente o mesmo problema, estávamos no meio da tarde, cerca de 15h, já que estávamos abrigados no posto de combustível e com espaço disponível, optamos por verificar com maior atenção o problema, efetuamos a desmontagem do motor de arranque, crendo que seria algo no mesmo, porém havíamos trocado as escovas de partida antes da viagem, tentamos pegar no tranco, sem sucesso, o relógio sem piedade, continuava seguindo, e agora já passavam das 16h, uma chuva forte chegou e depois de um tempo foi embora. Tomamos a seguinte decisão, o centro de Cafelândia-SP estava a apenas 7km, era hora de estrear nossa nova corda, amarramos as motos e com muita calma seguimos para a cidade, lá a ideia era encontrar um pernoite e ver o que poderíamos fazer.
Neste meio tempo, mandei um áudio para meu chefe de oficina e mestre em mecânica, alguns conhecem ele por Áureo! Expliquei o havia feito de testes, e prontamente ele sugeriu algumas verificações que não havia pensado inicialmente, e lembrou que tínhamos uma grande vantagem, estávamos com duas motos iguais, para encontrar o problema, seria muito mais fácil, pois poderíamos testar os componentes. A noite chegou e com ela a chuva voltou, deixamos para a manhã seguinte, nada como uma boa noite de sono.
Na manhã seguinte, o sol apareceu e conseguimos iniciar os trabalhos, desmontamos as motos e para resumir, o problema estava no cachimbo de vela, a Sahara Vermelha, voltou com o persistente vazamento na tampa do cabeçote, e o óleo quente, acabou por comprometer o funcionamento, encontramos uma loja de peças, compramos uma cachimbo novo e a moto funcionou. Montamos tudo, tomamos um café e rumamos para Três Lagoas-MS, um trecho pequeno, mas combinamos que iriamos avaliar o funcionamento, e caso tivéssemos mais algum problema, abortaríamos a viagem.
Chegamos em Três Lagoas-MS sem nenhum problema, mantivemos a viagem, com tempo disponível, encontramos um sapateiro que prontamente costurou o brasão em nossos coletes, desta forma, seguiríamos viagem com o colete completo.
Na terça-feira, rumamos para Sonora-MS, na divisa com Mato Grosso, e na quarta-feira, rumamos para Poconé-MT, uma das portas de entrada para o Pantanal em Mato Grosso, porém antes passamos por incontáveis fazendas, maquinários a todo vapor, a temida serra para chegar em Cuiabá-MT, e a chuva (tchuva) chegando (tchegando), como diria o cuiabano, pegamos o anel viário debaixo de muita chuva, contornando a capital e seguindo com intervalos de chuva até Poconé-MT.
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Para situar geograficamente
![[Imagem: MtyxmB5.png]](https://i.imgur.com/MtyxmB5.png)