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Atacama e Uyuni Janeiro de 2012
#27
Entao, nao consegui arrumar o carburador.
Mas o perrengue foi so em altitudes muito elevadas, sobre 4000 metros.
Fora isso a moto so engasga e gasta mais. Quando estav aperto de 4500 metros o maximo de velocidade foi 50 km hora e o cheiro de gasolina insuportavel. parecia que estava cuspindo pelo escape.

essa semana estou em santiago, com internet.
Assim vou tentar contar como foi cada dia.


No dia 1.

Sao Paulo -- Ourinhos.


Pegamos a Castelo Branco. Como alguns ja sabem, é muito boa, 4 faixas de alta velocidade.
Porem chegando a Ourinhos avistamos uma tempestade no horizonte.
Nao demorou 10 minutos para que nos pegasse.
Nunca tomei uma chuva tao forte. As rajadas de vento eram muito forte, a ponto de pararmos no acostamento para nao sair da estrada.
Foi por só 15 min, mas assuntou bem. Parecia um furacao.
Chegamos a Ourinhos de noite, e tomamos aquela cerveja para preparar o outro dia.


Dia 2

Ourinhos --- Corrientes (Argentina)


Esse era um dos dias mais cansativos e longos.
Estava previsto percorrer cerca de 1100 KM. Passando pelo Parana até Argentina.
Foi um dia de muito calor e sol, muito cansativo.
Chegamos a Foz do Iguacu em bom estado, perto das 5 horas da tarde.
Ainda tinhamos 300 km pela frente e tivemos muita dificuldade.
Alem de dirigir de noite, por rotas desconhecidas. Sofremos com a FALTA TOTAL de gasolina da Argentina. Nao sei se é so a regiao, mas NENHUM lugar aceita cartao de credito, e em cada 10 postos 1 tem combustivel. Levamos alguns litros reserva em cada moto, e por muito pouco nao ficamos no meio do nada de noite sem gasolina.
Devido a hora, meia noite, e aos problemas resolvemos mudar o objetivo do dia e dormir 100 km antes. Achamos um hotel e alugamos uma cabana para 3 pessoas. Muito bom o lugar e barato. Comemos um bife de chorizo e alguams Quilmes para relaxar.



Dia 3.

Lugar que nao sei o nome a SALTA (Argentina)

Sem duvida o dia mais dificil da viagem. Mas no termo de resistencia fisica e do material.
Era o dia no qual tinhemos 900 km de reta entre Corrientes e Salta, passando pelo Pampa del Infierno. Mais 100 km que nao fizemos no dia anterior.
Ou seja, MUITA COISA.

Sofremos ainda com a falta de combustivel na estrada, e altos precos.
Acabamos chegando a corrientes perto das 10 da manha, e entrando na estrada para Salta umas 11. Pelo que me lembro é a ruta 12 ou 16.
Essa estrada é basicamente uma reta, no fim do mundo com muito calor e vento.
Como disse meu companheiro Ronaldo, ao abrir a viseira parecia um macarico na sua cara.
Ficamos sabendo que fez cerca de 45 a 47 graus esse dia, ai ja podem imaginar o quanto dificil foi.


Apos esse periodo nao conseguimos chegar a Salta. Novamente por falta de combustivel tivemos problemas e acabamos dirigindo noite a dentro. Chegamod a uima cidade pequena cerca de 200 km de Salta com 1 hotel legal perto de 1 hora da manha.
Este dia foi muito perigoso ja que a estrada fica em meio a pastos e selvas, com muitos animais na pista.
Rodamos a 80 km por hora de noite, com muito medo de encontrar uma vaca ou outra coisa na estrada.


Dia 4.

Lugar sei la onde a Santo Antonio de los Cobres.

Esse dia foi horrivel.
Saimos da cidade com a reserva de gasolina acionada. Cada um tinha 5 litros de combustivel.
O posto da Cidade nao possuia gasolina, e nos afirmaram que havia um a 70 km. Assim fomos.
Chegamos a essa numero 2 e nada de combustivel. dividimos os 3 litros de cada para as motos e tomamos rumo ao proximo. Cerca de 100 km depois.
Como todos sabiamos eu (Sahara) fiquei n aestrada sem gasolina. Fiquei no sol quente por pelo menos 1 hora. Meu amigo de buell parou 10 km a frente.
Se nao fosse A BMW e sua incrivel economia (26 a 29 km\L) nos estariamos la ate hoje. Apos esse perrengue e tempo perdido, chegamos a Salta as 3 horas da tarde.
Abastecemos sem problemas, e comememos um biufe de Chorizo otimo.
Foi coisa rapida e ja saimos sentido a cordilheira. Passamos de 800 metros do nivel do mar, a 4200 metros em cerca de 2 horas de estrada.
Caminho maravilhoso e inesquecivel, da mesma forma que o comportamento da Sahara.
Definitivamente moto carburada nao combina com altitude.

Sentia engasgos a partir de 2000 m, e chegando a 4000 metros a moto quase nao andava.
Fechei o parafuso da mistura de marcha lenta mais de 1 volta, e a moto melhorou 50 %. Pude subir a 50 KM hora e com meus amigos rindo de mim.
La em cima, ja na cidade, uma nuvem muito preta e inumeros raios caindo. O medo tomou conta de nos, ja que iamos acampar no meio do nada, e avistamos 10 arvores, sendo que 5 cortadas ao meio pelos raios.
Nesse meio tempo achamos um Albergue na cidade de 5 ruas. Um achado incrivel. A tiazinha tem uma casa e aluga os quartos a perdidos como nos. Foi a melhor coisa dessa semana.


Dia 5

SAC -- San Pedro de Atacama.


Dia mais dificil pelos 350 Km de Ripio.
As motos sofreram muito e nos tambem. Chegamos moidos.
As paisagens sao inesqueciveis, e a dificuldade do trajeto melhoram ainda mais.
Nunca esquecerei os salares, picos nevados e dor desse dia. Recomendo a todos passar pelo passo sico.

Avistei muitos de BMW GS 800, 1200................... que vieram pelo paso Jama. De certa forma desmereco estes ja que vieram pelo asfalto e comodidade. Aposto que nem imaginam as surpresas boas do Sico.




Dia 6 e 7

San Pedro de Atacama.

Passamos muito bem na cidade. Cidade unica e interessante.
Cheia de mochileiros e gringos. Fizemos boa parte dos passeios tradicionais e demos um tempo das motos.
Recuperamos o folego e curtimos muito. Muito Lomo a lo Pobre e cerveja.



Amanha conto so outros dias. Estou cansado da viagem hoje.
Fizemos La Serena a Santiago com muito bento contra e calor.
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