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Floripa - RJ - Porto Seguro - Brasília = 6.050 km
#1
Relato dessa excelente viagem realizada no começo de 2010:

22/01/2010 – Sexta Feira = Caíco – Consegui um acordo no trabalho para fazer expediente somente no período da manhã para poder iniciar a viagem de tarde. Fiquei no trabalho até às 13:30, almocei e cheguei na casa da Fran às 15h. Lá terminamos de colocar as coisas na moto e pegamos a estrada aproximadamente às 17h. Tirando a estrada com movimento entre Florianópolis e Camboriú e uma parada logo no início para colocar roupa de chuva, que aliás logo parou, a viagem estava ótima até chegarmos em Joinville. Lá começou uma chuvarada que nos acompanhou até Ctba! Pelo menos serviu para comprovarmos que a jaqueta da Zebra nova da Fran realmente é boa. No final do dia a Fran ficou um pouco nervosa pq algumas roupas dela que estavam na bagagem molharam na chuva, mas felizmente estávamos na casa da minha mãe e tinha secadora. Tomaremos mais cuidado nesse ponto daqui para frente.

FRAN – Pois é, finalmente chegou o grande dia! Depois de uma semana na espectativa começamos nossa viagem.
O Caíco chegou por volta das 15 h e saímos às 17 h, a viagem foi tranqüila (Gov. Celso Ramos/ Curitiba) pegamos chuva na região de Joinville e frio em Garuva, aliás, dificilmente pegamos tempo bom nessa região. Chegamos no destino por volta das 20:30 h, fomos recebidos super bem pela Marli (mãe do Caíco). Quando finalmente iríamos descansar, houve um estresse, descobri que 80% das minhas roupas estavam molhadas, sorte que tivemos apoio de uma secadora e estou num dia bom. Depois desse dia um pouco agitado, tudo foi encaminhado e fomos descansar.


23/01/2010 – Sábado = Caíco – Apesar de tentar sair antes das 9, saímos às 9 ... 9 para às 10 h. Agora mais acostumado com a moto pesada, me empolguei nas curvas da Regis Bittencourt e fazia-as bem deitado. Paramos para almoçar depois da serra de pista simples em SP e a chuva nos alcançou. Colocamos a roupa de chuva e seguimos sem problemas. O que chamou a atenção foi a grande quantidade de carros que estava no sentido contrário, certamente em decorrência que segunda era feriado em SP. Esperava por este motivo não ter qualquer problema em SP capital, mas acredito que passar em SP e não pegar pelo menos um pouco de congestionamento não é possível, e dessa vez não foi diferente. Escolhi a Dutra para seguir para Taubaté e a peguei muito cheia de carros e caminhões no começo, penso que pela Ayrton Senna seria melhor. Até chegar no meu destino a chuva apertou por 2 vezes reduzindo bastante a visibilidade e me forçando a rodar a menos de 60 km/h e ainda teve um trcho que havia uma forte enxurrada atravessando a pista onde passei a 20 km/h, felizmente sem problemas. Em Taubaté a chuva parou e chegamos na casa do Rodrigo e da Elisa onde fomos muito bem recebidos. Conversamos, tomamos umas geladas, comemos uma pizza e fomos dormir.

FRAN – Saímos por volta das 10 h de Curitiba, o tempo estava bom, agradável e sem chuva. A viagem até o estado de SP foi tranqüila, pegamos chuva um pouco depois da serra onde paramos para almoçar. Seguimos tranqüilos, não imaginávamos o que viria pela frente. Pegamos uma forte chuva na Dutra, inclusive um trecho em que a pista estava cheia de água!
Depois do sufoco chegamos em Taubaté mais aliviados e fomos na casa do Rodrigo e da Elisa por volta das 18:20. Foi muito legal ter conhecido o casal, simpáticos e com bom papo, fizeram nossa noite muito agradável.


24/01/2010 – Domingo = Caíco = Hoje acordamos às 7h e começamos a arrumar sem pressa as coisas para sair. O papo estava bom com o Rodrigo e a Elisa e acabamos saindo só às 9 h. Seguimos em direção ao Litoral/Ubatuba. A chuva já nos pegou na metade desse trecho. Até Paraty não tivemos problema nenhum, paramos no centro de informações na entrada da cidade, visualizamos o mapa dos pontos turísticos e fomos conhecer o centro histórico. Foi bem legal rodar nas ruas centenárias de Paraty. O ruim foi caminhar levando capacetes, jaqueta e mala do tanque. Depois de rodar mais um pouco pela cidade, na hora que estávamos saindo o Cleto ligou querendo nos encontrão, mas como havia alguma estrada ainda pela frente disse que iria rodar. Na estrada nos cruzamos, mas devido a chuva e o horário, cumprimentei e segui viagem. Bem, seguindo viagem peguei a maior chuva da minha vida de moto, vi inúmeros carros e motos desistindo de continuar viagem, diversas enxurradas, tronco de árvore interditando metade da pista e um trecho que era tanta lama passando com a enxurrada pela pista que formou um obstáculo, como se fosse uma lombada de terra, muito escorregadia (felizmente consegui transpor em baixa velocidade). Parei para abastecer num posto muito bizarro e continuei a viagem com chuva até próximo ao acesso da Av. Brasil no RJ. No início dessa avenida liguei o GPS e segui suas indicações. Uma curiosidade é que no meio da Av. Brasil, eu rodando pela direita, um carro me ultrapassou e o carona fez um gesto ofensivo sem nenhuma razão aparente, cada maluco... O GPS me mandou pegar a saída para Santíssimo, rumo a casa do JC, muito embora as placas indicassem que a saída para Bangu fosse a próxima. Como havia chegado até a casa do Rodrigo sem problemas no dia anterior, segui as indicações do aparelho. Entrei na favela Vila Aliança, cheia de ruelas e quebradas e com a moto chamando muito a atenção. Com a ajuda do GPS estava seguindo o rumo proposto bem, até chegar em um cruzamento em que a indicação era para virara a esquerda, porém quando virei ele acusou que errei o caminho e recalculou a rota sugerindo que continuasse em frente no caminho errado. Após passar por 2 esquinas com ruas bloqueadas com entulhos e o local não parecer dos mais amigáveis, dei meia volta e fiquei bastante preocupado de onde tinha me metido. Ao voltar ao mesmo cruzamento que tinha errado, a rapaziada que estava na esquina começou a gesticular e gritar indicando o caminho certo, que era eu ter continuado reto por mais uns 15 metros para então virar a esquerda, até teve um casal de moto (ninguém, além de mim, usava capacete naquela região) que parou ao meu lado para dar indicação. Depois desse grande susto, o GPS me guiou até a porta da casa do JC. Ufa, que primeira impressão do RJ. Fui novamente muito bem recebido pela família do JC, Jana, Sara e Cíntia (Esse pessoal dos SaharaManíacos é 1.000!), descarreguei a moto, tomei banho, comemos uma pizza, o Henrique apareceu para dar um alo e encerrei as atividades do dia.

FRAN – Acordamos por volta das 7 h, arrumamos as coisas, tomamos café, conversamos um pouco mais com a Elisa e o Rodrigo e saímos às 9h. A viagem a princípio foi tranqüila, visitamos Paraty, foi muito legal, a cidade é bem bonita, pena que tivemos que carregas as jaquetas e os capacetes durante o passeio, já que na moto não possuía espaço e não queríamos deixar as coisas em cima dela dando sopa. Saindo de Paraty começamos a pegar chuva, conhecemos Angra dos Reis e a Usina Nuclear, muito legal por sinal, nesse dia pegamos uma chuva muito forte, não dava para enxergar quase nada, além da pista inundada, o Caíco realmente foi um ótimo piloto, com certeza se superou. Nesse trajeto paramos para abastecer num posto muito bizarro entre as cidades de Angra dos Reis e Mongaratiba, nossa ... tinha muita gente lá, muitos praianos que estavam esperando o ônibus, aquela confusão, criança chorando, música péssima de fundo, mulheres rindo alto e homens com cara de maluco, acredito que foi pior que a chuva que pegamos. Passando o sufoco, chegamos ao Rio de janeiro e logo entramos em outro sufoco, paramos na favela Vila Aliança, um grande susto para os principiantes. Mas com proteção divina chegamos vivos na casa do JC e fomos recebidos muito bem por ele e sua família, inclusive o Henrique com a criançada também nos prestigiou.

25/01/2010 – Segunda = Caíco – Hoje de manhã o Henrique apareceu com sua Drag Star. Fomos eu e a Fran de DL, o JC de Sahara e ele em comboio até sua casa para pegarmos seu carro e iniciarmos o turismo pela cidade. Optamos por usar o carro para facilitar as indicações dos pontos que conheceríamos, o que acho que foi uma decisão muito acertada. O Henrique puxou o comboio feito um louco, costurando o trânsito com sua grande custom e eu preocupado para não perdê-lo de vista. O JC fechava a fila. Após pegar o carro, rumamos para as praias do Recreio, Barra, Copacabana, Ipanema, batemos foto ao lado do Carlos Drummond, bonde do Pão de Açúcar, SDU, São Contado e Piscinão de Ramos. Voltamos para casa debaixo de uma forte chuva e decidimos deixar as motos na casa do Henrique mesmo. A noite foi de um bom papo, janta e cama.

Fran – Hoje finalmente conhecemos as maravilhas do Rio. Com o piloto Henrique, o co-piloto JC, passeamos de carro pela cidade. Ah ... não posso esquecer do Lucas, que é uma graça! O passeio foi muito bom, conhecemos as belíssimas praias, como também a estrutura arquitetônica da cidade. Nossos companheiros realmente foram muito atenciosos e pacientes conosco, os agradeço muito. Chegamos por volta das 18:30 na casa do JC. Conversamos um pouco, comemos e fomos dormir.

26/01/2010 – Terça – Caíco. O JC precisava trabalhar hj e infelizmente não nos acompanharia na volta pela cidade. O Henrique apareceu pela manhã de carro e fomos eu, a Fran, a Jana, a Sara, a Cintia e o Lucas passear. Conheci o centro da cidade, o Maracanã e o Cristo Redentor. Puxa, o RJ realmente é uma cidade linda. Tirando aquele episódio da minha chegada, não me senti inseguro em nenhum momento. Muito embora, pelo o que entendi do funcionamento da cidade, tu tens que saber onde e quando passar pelos lugares, pois não se pode marcar bobeira por lá. No final da tarde busquei a moto junto com o JC, mais papo e fui dormir. Tentarei sair cedo amanhã.

FRAN – Acordamos, tomamos café e voltamos para a rotina de turista, hj no “Tur” pela cidade o carro foi cheio, parecia uma van, hehe. Conhecemos o Maracanã, o Cristo e outros lugares lindos, foi muito legal a companhia de todos e principalmente da Jana que conhece o Rio como a palma da sua mão, passei um pouco mal nas curvas até chegar ao Cristo, mas valeu muito a pena!

27/01/2010 – Quarta – Caíco. Ontem fomos dormir depois das 1h da manhã e coloquei o despertador para às 6 h. Quando tocou nos dei de presente 30 min a mais de sono. Fechamos as malas, tomamos café e pegamos a estrada por volta das 8 h. O JC nos acompanhou até o acesso da Av. Brasil. Antes da Ponte Rio-Niterói enfrentei um congestionamento chato. Passado o contratempo segui a 101 rumo ao norte. Não sabia que esse trecho no RJ era pedagiado, pelo menos a estrada está bem sinalizada. Gostei da paisagem no sul e no centro do ES, com as montanhas da Serra do Mar. Pena que estava com pressa e não fui pelo caminho do litoral e tive que recusar o convite do Jeff de entrar em Vila Velha. Uma curiosidade nesse dia foi um cara com uma DragStar que encontrei na estrada. Sempre ouvi falar que essa moto era “xoxa” e que não andava muito. Vinha em um ritmo bom de viagem, 130/140 km/h quando o alcancei. Ultrapassei, fiquei um tempo em sua frente, depois o cara me passou, começou a abrir e não o encontrei mais... Isso em subidas e ultrapassagens de caminhão. Ta certo que não estava TÃO rápido assim e ainda carregado, mas uma moto fraca não mantém 140 km/h na subida e não fazia ultrapassagens daquela forma... Impressionou-me positivamente. Cheguei em Linhares e após visitar alguns hotéis, escolhi o Hotel Treviso, que ofereceu o melhor custo benefício por R$ 95,00.

FRAN – Acordamos às 6:30 mas saímos por volta das 7:45, a Jana e o JC nos acompanhou até a Av. principal, e seguimos viagem. Passamos pela imensa ponte Rio-Niterói, foi muito legal. Finalmente não pegamos chuva, hoje o dia estava lindo e cumprimos o planejado até Linhares com tranqüilidade, apesar de estarmos cansados. Encontramos um hotel legal e encerramos o dia com pizza.

28/01/2010 – Quinta – Caíco. A distância a ser vencida hj era de aproximadamente 451 km, sendo assim não tivemos a menor pressa de sair e só pegamos a estrada às 10 h. Como o dia anterior, hj estava um calorão. Paramos diversas vezes para tirar as jaquetas e pegar um arzinho e descansar. Teve umas 3 vezes que precisamos parar na rodovia por causa de obras de manutenção e sempre procurava ficar numa sombra de caminhão ou ônibus para não torrar no sol. Uma das vezes parei ao lado de um caminhão que transportava frango vivo e a Fran ficou agoniada, não queria nem olhar para os animais. O pior era quando passava um caminhão no sentido contrário que levantava penas e um mau cheiro em nossa direção. Dessa vez preferimos esperar no sol do que ali. Um fato relevante de hj foi que no ES já havia sido tirado da pista umas 3 vezes por carros e caminhões que calculavam mal as ultrapassagens, então tinha que ir para o acostamento para evitar um acidente. Hj um caminhão estava ultrapassando outro numa curva sem nenhuma visibilidade e numa parte sem acostamento! Freei forte, a Fran fechou os olhos e se agarrou em mim. Se fosse necessário jogaria a moto para fora da pista para não bater de frente com a carreta, mas foi possível passar os 3 veículos em 2 faixas de rolamento. Foi um momento tenso. Passado esse susto, vi mais uma vez um caminhão realizar uma ultrapassagem em curva cega, mas dessa vez foi no mesmo sentido que trafegava. A impressão que tive foi que as rodovias da BA são bastante perigosas. Chegamos em Porto Seguro e o GPS nos levou direto para nosso hotel já reservado (Hotel Estalagem), tivemos a boa notícia que havíamos ganhado mais uma hora do dia, pq aqui não tem horário de verão. Ao abrir a porta do nosso quarto a recepcionista quebrou a fechadura e tivemos que esperar o conserto, pois ficamos receosos de passear pela cidade com nossas coisas no quarto aberto. Esperamos na piscina do hotel... que chato!!! Arrumada a fechadura, jantamos e fomos conhecer a passarela do álcool à pé. O hotel ficava umas 4 quadras da passarela. Até lá não vimos quase ninguém nas ruas, inclusive a Fran ficou com um pouco de receio, mas ao chegar na passarela parece que toda cidade estava lá! Vários turistas, inclusive gringos. Tomei 2 capetas em lugares diferentes. O 1º estava bem mais ou menos, inclusive quando parei na segunda barraca pensei em pedir uma caipirinha, mas o cara me atendeu muito bem e me convenceu a experimentar a bebida capeta que ele preparava. Realmente dava um banho no qual tinha tomado por primeiro. Depois passeamos mais um pouco e voltamos para o hotel para dormir.

FRAN – Passamos a noite anterior muito bem, descansamos bastante e saímos por volta das 10 h de hj. Com muito calor e um dia lindo com céu azul e nuvens branquinhas com jeito de algodão. Viajamos admirando as belezas que encontrávamos entre os estados de ES e BA. As rodovias eram perigosas, tomei vários sustos durante o trajeto, momentos em que fechava os olhos tentando evitar o pior. Tirando o calor, acredito que a viagem foi boa, estávamos tranqüilos já que hoje o percurso foi menor. Paramos algumas vezes para tomar uma bebida para hidratar e também para tirar a roupa sufocante e dar uma relaxada. Chegando ao estado da BA foi muito visível perceber as necessidades sociais que o povo sofre, as casas feitas de barro foi um grande marco. Finalmente chegamos em Porto Seguro, paramos para bater uma foto da placa de entrada da cidade e por pouco não perdi meu capacete... Sim... Coloquei o capacete no retrovisor, não encaixou direito, caiu e rolou para o meio da pista. Na hora passou um ônibus que buzinou e por pouco não atropelou meu capacete. Mas enfim, não aconteceu nada e fomos direto para a pousada. Tivemos alguns problemas com a fechadura do quarto, mas foram resolvidos. Mais tarde fomos à Passarela do Álcool, localizada num calçadão, com barraquinhas, músicas, artistas de rua, e muitos turistas. O Caíco bebeu 2 capetas e felizmente passou bem. O passeio foi agradável, caminhamos pelas ruas da cidade, mas dava medo, não tinha muita iluminação e nem policiamento, pelo menos chegamos inteiros na pousada e fomos dormir.

29/01/2010 – Sexta – Caíco. Depois de tomarmos café, incorporamos o espírito bahiano e voltamos para o quarto para dormir mais um tiquinho. Umas 11:30 pegamos a moto e fomos conhecer a região. Primeiro paramos no memorial do descobrimento, onde se encontra uma réplica em tamanho real de uma nau dos portugueses. Após seguimos ao norte para conhecer as praias de Curuípe, Taperapuan e Coroa Vermelha. Em Belmonte seguimos as placas para o centro histórico. Lá fomos abordados por um guia mirim que falava muito rápido, praticamente nem respirava. Quando ele veio oferecer o serviço a Fran não entendeu uma palavra que ele disse, mas resolvi contratá-lo. O guri era uma figura, sabia todas as falas decoradas e deu informações satisfatórias. Voltando para o centro de Porto Seguro, almoçamos no SubWay e fomos conhecer outro centro histórico. Já na entrada um guia tentou passar a perna em mim cobrando o dobro do valor do estacionamento. Como tinha visto uma placa com os valores, paguei o valor certo e dessa vez não contratei nenhum guia. Completado o passeio voltamos ao hotel para aproveitar mais um pouco a piscina e decidimos dormir cedo para tentar completar a longa programação do dia posterior, que era chegar até Montes Claros – MG, apesar de termos sidos convidados para a festa que aconteceria na Ilha do Aquário.

FRAN – Tiramos a manhã de hoje para descansar, por volta das 11 hs nos arrumamos e saímos para conhecer a cidade. Tiramos foto numa praça que tem uma estátua de uma índia, depois fomos até o memorial do descobrimento. Indo em direção às praias do norte, conhecemos algumas das mais famosas praias da região, dentre essa fica localizado o “Toa Toa”. Para quem gosta de agito e axé deve ser um paraíso, mas para quem não gosta, não preciso nem comentar ... Durante a tarde visitamos a cidade histórica de Santa Cruz de Cabrália onde conhecemos o Daniel, um guia mirim hiperativo, falava pelos cotovelos, mas muito atencioso, enfim, terminamos o dia com um bom banho de piscina, arrumamos as coisas e fomos dormir.

30/01/2010 – Sábado – Caíco. Hoje o dia foi longo. Apesar de termos acordado às 7:15, tomado café às 7:45, pagado o hotel e iniciado a viagem às 8:30, no horário de MG já eram 9:30, por causa do inexistente horário de verão na BA. Segui na 101 sentido Norte para pegar a saída à MG pela cidade Salto da Divisa. Dei muita sorte de parar num posto a 100 m da saída que deveria seguir e que não havia nenhuma indicação. Certamente passaria reto! Passando Salto da Divisa começou nosso trajeto em estrada de chão, algo que costumo colocar no planejamento das viagens mais longas, para ter a emoção de um off road também. Foram 80 km. Os primeiros km rodei com um pouco de receio e devagar. Depois que me acostumei, desenvolvia 80 km/h nas retas e 60 km/h nas curvas não fechadas. Neste trecho perdi cerca de 1 hora ajudando um casal de motociclistas que tiveram a corrente de sua CG estourada e não tinham nem o kit original de ferramentas em sua 125 cc. Em Almenara paramos para almoçar na churrascaria Boi na Brasa, onde perdemos mais 1:30h, pois o almoço demorou bastante. Nesta cidade abasteci e descobri que a moto sentiu um pouco o ritmo que imprimi na estrada de chão: o protetor de corrente quebrou um dos suportes. Arranquei-o e coloquei na bagagem para acionar a garantia quando chegasse em casa. De Almenara passamos por: Jequitinhonha (um dos lugares mais quentes da viagem), Itaobim, Itinga, Araçuaí e Salinas em ótimas estradas, pista simples, mas muito pouco movimento, estava agradabilíssimo pilotar, até passarmos Salinas e entrarmos na BR 251 sentido Montes Claros. A partir daí foram muitos caminhões e a pista tinha vários defeitos. Apesar de todos os atrasos, decidimos parar só em Montes Claros e cumprir o planejado no dia para podermos chegar em Brasília no outro dia, conforme combinamos com minha prima. Chegamos às 22h. ficamos 12:30 h viajando e rodamos 763 km. Achamos facilmente o hotel que tinha pesquisado na net com ajuda do celular, GPS, smartphone, tudo junto e misturado Nokia 5800. Comemos na pizzaria ao lado do hotel e fomos dormir às 00:30 h.

FRAN – Acordamos, tomamos café e seguimos viagem. Pegamos um dia quente e a região de MG foi a mais sofrida. Durante o caminho de terra que pegamos encontramos um casal em uma CG que nos abordaram pedindo ajuda, já que a corrente tinha estragado, tudo bem... Paramos ajudamos o casal que nos agradeceu e pediu para tirar fotos nossa e da moto como recordação. Seguimos mais um pouco e paramos para almoçar na churrascaria “Boi na Brasa”, um estabelecimento desconhecido, com certeza, pela vigilância sanitária. Começando com o banheiro que não tinha porta, nem papel, nem assento, além de estar entupido e com um sabão amarelo todo gosmento na pia, era realmente um Toillet de primeiríssima. Esperamos um tempão pela comida em companhia da moscarada e de alguns caras bêbados que ficavam falando besteira, inclusive o Caíco pediu informação a eles e causou confusão e quase briga de garrafa, hehehe... Os caras fizeram um agito, mal conseguiam se entender e discutiram a respeito de qual seria o melhor caminho até Montes Claros. Enfim chegou a comida, parecia até amigável para quem estava com fome, mas quando chegou o feijão tropeiro com torresmo cheio de pêlos de porco foi de fechar os olhos. Rodamos e rodamos e depois de mais de 12 horas de viajem chegamos a Montes Claros. Procuramos o hotel, tomamos um merecido banho, comemos e fomos dormir.

31/01/10 – Domingo – Caíco. Depois do dia de ontem não saímos cedo. Estávamos na estrada só às 11:15. Hoje confesso que voei baixo nas boas estradas que pegamos até Brasília. Rodei 700 km em 7h e 8 min, incluindo uma parada rápida para almoçar em João Pinheiro. Havia a opção de fazer um caminho 70 km mais curto com uma parte de estrada de chão, mas ao questionar um motorista de ônibus, este me indicou ir só pelo asfalto, o que por fim foi a melhor escolha. Em Brasília ainda deu para assistir ao jogo do FLAFLU e dar uma volta pela cidade antes de dormir. Amanhã sairemos para bater fotos.

FRAN – Saímos por volta das 11 horas, o tempo estava mais agradável, a viagem foi tranqüila, admirando um céu formidável e a vegetação diferenciada. Chegamos em Brasília por volta das 18:20, rodamos um pouco pela cidade e fomos dormir.

01/02/2010 – Segunda – Caíco. Hoje fizemos um tour pela cidade. Graças ao nosso passeio de carro, ontem, com nossos anfitriões, tive uma boa base para me localizar na cidade e não me perdi nenhuma vez. Fomos no “eixinho” que engloba a esplanada dos ministérios, congresso e praça dos 3 poderes. Subimos no restaurante no 10 andar do anexo II da câmara, após, na torre de TV, no memorial JK, passamos pela ponte JK e à noite andei pela primeira na vida de metro. O dia foi muito divertido e proveitoso.
P.s. Deu um problema na memória da minha câmera e felizmente não perdi nenhuma foto nem vídeo, mas precisei passar tudo para CD para poder formatar a memória.

FRAN – Superando minhas expectativas achei a cidade muito bonita e bem organizada, hoje conhecemos os principais pontos turísticos de Brasília como Congresso, a ponte JK e Palácio da Alvorada, a torre de Tv entre outros. Foi muito legal nosso passeio pela Capital Federal, vale muito a pena conhecer. Durante a noite fomos andar de metrô, muito divertido. Enfim voltamos para casa e fomos descansar para encarar o outro dia bem.

02/02/2010 – Terça – Caíco/Fran. Começamos nossa volta. Hoje rodamos 900 km em 10 h e 30 min, de Brasília a Limera. Tivemos um pouco de trabalho para encontrar um hotel com vagas e a um preço humano.

03/02/2010 – Quarta – Caíco/Fran. Mais 744 km hoje até Gaspar no sítio do meu pai, nenhum fato de grande relevância hj, além do sentimento de entrar no nosso Estado e sentir que já estamos quase em casa depois dessa ótima viagem. Em contato telefônico, marquei uma revisão para minha moto na MOTO CAFÉ em Blumenau, a qual faz esse tipo de serviço em nome da Suzuki para quinta feira. Daqui, o trecho até Florianópolis não tem nada de mais, motivo pelo qual termino aqui esse já grande relato.

TOTAL RODADO: 6.050 km

Caíco – Mais uma vez, pude fazer o que gosto, que é viajar de moto e ainda com a cara companhia da minha namorada Francielly, que torna meus momentos e minha vida especiais. Deixo aqui meu sincero muito obrigado a ela e espero que tenhamos ainda muita história para contar juntos.
Obrigado também a todos que nos leram até aqui e puderam acompanhar um pouco do que foi esse passeio.

Fran – Essa viagem tem um forte significado para mim, já que foi o maior percurso que rodei em uma moto... Venci medos, barreiras, preconceitos, e como recompensa ganhei muitas experiências.
Agradeço ao Caíco que sempre me apóia, me transmite segurança e confiança. Além disso se mostrou um grande companheiro e amigo, fazendo com que a viagem se tornasse muito mais agradável. Espero que tenhamos novas aventuras e muitas histórias para vivenciar, já que os melhores momentos da minha vida são os que compartilho com ele.
Por fim deixo um grande agradeço a todos que participaram da nossa viagem direta ou indiretamente, irão ficar na minha memória.



Considerações Finais:

A viagem foi planejada com o intuito de rodar de moto até a região nordeste do país, já que esta era a única região que o Caíco ainda não tinha explorado em duas rodas. Porém esta nos propiciou conhecer belos lugares, diferentes culturas... destacando Paraty, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Brasília. Isso porque moramos num país que nos possibilita vivenciar contrastes sem sair de suas fronteiras.
Por fim, gostaríamos de agradecer o grupo SaharaManíacos, em especial ao Rodrigo, Elisa, Jc, Jana e Henrique que prestaram relevante suporte para realização da nossa viagem.
Também cabe o agradecimento aos nossos familiares que apesar da distância mandavam-nos apoio e incentivo.
Esperamos que este relato sirva de estimula para aqueles que desejam viajar e se aventurar em duas rodas, mesmo se for sozinho, pois não se deve deixar de realizar seus planos por receio de empreendê-los em apenas uma moto.


Algumas FOTOS:

Preparados para a viagem!
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Uma das melhores coisas da vida ... CURVAS!
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E dá-lhe chuva no início da DUTRA.
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Conhecendo Paraty
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Usinas Nucleares de Angra
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E chegamos no Rio de Janeiro
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Meus guias
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Não poderia faltar um papo com meu xará Carlos
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Piscinão de Ramos
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Não poderia faltar esta foto
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Entrada do Maraca
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CAVEIRÃO
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Viadutos sobrepostos ... interessante obra de engenharia
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Caminhão de frango a caminho de Porto Seguro
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Obras na pista e sol na moleira
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Aqui nasceu o Brasil
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VIVA!
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Quem foi que estacionou esta Nau aqui?
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Operando o Morteiro 120mm da época
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Um representante dos índios da época
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Terceira igreja do país
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Guia estriquinado
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Praia Coroa Vermelha
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Reboleixon
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E a Fran não queria mais ir embora!
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Passarela do Álcool
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Vai um capeta aí?
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Relaxando na piscina
[Imagem: IMGP6238.jpg]

Em breve mais FOTOS ...
Minha Sahara não é a moto mais econômica, não é a mais bonita e muito menos a mais rápida,
porém a tenho desde zero e no dia 11-4-2009 completou 100.000 km comigo,
sem nunca ter me deixado na estrada com qualquer problema mecânico.
Isso a faz a melhor moto do mundo para mim.
Responder
#2
Caico1983 Escreveu:Um representante dos índios da época
[Imagem: IMG_5998-1.jpg]

EU ACHO QUE NÃO SE TRATA DE UM BOM ESPÉCIME DA ÉPOCA.... 8) 8) 8) 8) NÃO ESTÁ MUITO BRANQUINHO NÃO?????? rsrs
SaharaMANÍACOS, prazer em viajar.
Moto não tem idade, tem dono. Honda NX 350 Sahara/99
Não basta ter sahara, tem que ser maníaco!!!
[Imagem: cachoeiracopy.jpg]
Responder
#3
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Grande Caico... parabéns a vc e a Fran... belo passeio.

Porto Seguro é bãããããão... fui pra lá em 95, na viagem de formatura de uma ex... o delícia. Alugamos um bug e seguraaaa, rodamos a região de cabo a rabo. Passarela do alcool ninguém segurava, era um capeta atras de outro... eita bebedeira dos infernos!!! :twisted:

Fran, o Tôa Tôa na época que fomos tava começando com os axés... foi no inicio da dança da garrafa... era só essa "música" que tocava, impossível ouvir outra coisa, sacanagem. Até acharmos a praia de Trancoso, em que se ouvia muito rock dos bons... quase ficamos o tempo inteiro por Arraial d'Ajuda e Trancoso...

Caico... estamos esperando as outras fotos... Wink

Abraçooooooooooooooooooooooooooooooo

.
[Imagem: ZX2wgtg.jpg][Imagem: RSyQlcl.jpg] [Imagem: 36JJt6z.jpg] [Imagem: cehfaUi.jpg]
Responder
#4
Belas fotos Caico e Fran...nada mal passear de VStronguinha por esse tal de Rio de Janeiro... Wink
Responder
#5
MAIS FOTOS!

Seguindo rumo ao DF
[Imagem: IMG_6029-2.jpg]

Olha aí JC, é de grande utilidade levar o camelbag
[Imagem: IMGP6242.jpg]

Prestando ajuda
[Imagem: IMGP6249.jpg]

A Fran tratou de achar uma sombrinha
[Imagem: IMG_6030.jpg]

Mais uma parada na estrada
[Imagem: IMGP6259.jpg]

Atrás dessa fila é que não vou ficar
[Imagem: IMGP6099.jpg]

Uma parada para descanso e almoço junto aos irmãos de estrada
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Chegando no DF
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Nossa Capital Federal
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E na volta, pegou fogo na Kombi
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De volta ao meu Estado
[Imagem: 01022010015x61.jpg]
Minha Sahara não é a moto mais econômica, não é a mais bonita e muito menos a mais rápida,
porém a tenho desde zero e no dia 11-4-2009 completou 100.000 km comigo,
sem nunca ter me deixado na estrada com qualquer problema mecânico.
Isso a faz a melhor moto do mundo para mim.
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#6
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Valeu Caico... mas tu tá muito "econômico" com as fotos... tem mais não?? Tu sabe que a gente gosta de viajar junto... Wink

.
[Imagem: ZX2wgtg.jpg][Imagem: RSyQlcl.jpg] [Imagem: 36JJt6z.jpg] [Imagem: cehfaUi.jpg]
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#7
Caico&Fran bela viagem, o trajeto sugestivo, as estradas da Bahia e Mg são perigosas mesmo. É isso Caico você viaja e nós o acompanhamos nos relatos. Wink Big Grin

Um abraço
A sua imagem no avatar facilita o reconhecimento.
E nomes impronunciáveis... Nem pensar. Queremos ser lembrados pelos amigos.
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#8
Vídeos da viagem!

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=dpnadMCBYDk[/youtube]

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=SDe7lEPCwVs[/youtube]
Minha Sahara não é a moto mais econômica, não é a mais bonita e muito menos a mais rápida,
porém a tenho desde zero e no dia 11-4-2009 completou 100.000 km comigo,
sem nunca ter me deixado na estrada com qualquer problema mecânico.
Isso a faz a melhor moto do mundo para mim.
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#9
Maneiro os videos Caico.
Temos que dar os parabéns para a Fran, filmar naquelas ruas de pedra com a cãmera na posição certa não é fácil não. Big Grin
Como vc conseguiu fazer a animação do seu percurso apresentado no início do filme?
SaharaMANÍACOS, prazer em viajar.
Moto não tem idade, tem dono. Honda NX 350 Sahara/99
Não basta ter sahara, tem que ser maníaco!!!
[Imagem: cachoeiracopy.jpg]
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#10
Caíco, excelente relato e viagem!!!
No segundo semestre tô pensando em dar uma passada em Abrolhos prá mergulhar e provavelmente darei uma esticada a Porto Seguro.
Me tira uma dúvida...
Esse capacete modular que vc tá usando é de que marca??
Nunca pensei em fazer uma viagem longa com um modular, mas me animei quando vi seu relato.
Um abraço
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